quinta-feira, 21 de julho de 2011

PESQUISA MOSTRA AÇÃO DELETÉRIA DE RESÍDUO DE CHUMBO RETIDO NO ORGANISMO DE POLICIAIS VÍTIMAS DE CONFRONTO.

EFEITOS DOS RESÍDUOS DE CHUMBO NO CORPO HUMANO – PESQUISA.

                Em pesquisa interessante publicada em 13 de junho de 2011 no site da FIOCRUZ
(http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=template%5Ffiocruz&infoid=5998&sid=112 ), relata-se a condição de risco á saúde que correm, no caso, policiais militares, e também outros, assim como civis, quando por serem alvejados em confrontos com marginais, mantêm em seu organismo resíduos de chumbo; e a correlação entre a localização desses projéteis e o nível de vascularização da área atingida.
         O trabalho foi apresentado por  Marcio Luís Soares Bezerra, em sua dissertação de mestrado em Saúde Pública na ENSP/FIOCRUZ.  O trabalho, que tem como tema A exposição ao chumbo de militares alvejados por arma de fogo e foi orientado pela pesquisadora Maria de Fátima Ramos Moreira e pelo professor Eduardo Borba Neves, mostra a correlação entre a localização dos projéteis nos corpos dos policiais e os níveis de vascularização das regiões atingidas, cujos efeitos no organismo podem causar também aumentos significativos nos sintomas neurológicos dos expostos.
         O chumbo é um dos elementos mais comuns no meio ambiente, principalmente por conta das inúmeras atividades industriais que favorecem a sua distribuição, podendo penetrar no organismo por meio da inalação, ingestão e por via dérmica. Os efeitos tóxicos deste metal sobre os homens e animais afetam praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo, ocasionando a hiperatividade, perda da coordenação motora ou de memória, entre outros. 'A exposição excessiva e prolongada ao chumbo pode levar a doenças renais progressivas e irreversíveis', alerta o pesquisador em sua dissertação.(*)
         De acordo com a pesquisa, o constituinte metálico de munições e granadas militares é basicamente o chumbo, uma vez que suas propriedades - dentre as quais a ductilidade e a fácil associação com outros minerais polimetálicos, como zinco, cobre e ferro - permitem melhor desempenho mecânico e físico do produto final. 'Sujeitos alvejados por munição de arma de fogo e que possuem projétil ou fragmentos alojados em seus corpos apresentam uma fonte endógena de chumbo. Já policiais militares que frequentemente passam por situações de fogo cruzado estão mais suscetíveis a serem alvejados e, dependendo da situação, acabam permanecendo com projéteis alojados nos seus organismos', destaca Marcio Luís Soares Bezerra.
         Com o apoio da Diretoria Geral de Saúde (DGS) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), o estudo comparou os níveis de chumbo no sangue de 15 policiais alvejados por armas de fogo com um grupo controle, formado por aqueles que não relataram contato ocupacional ou acidental com o metal. Através de questionário de pesquisa e análise biológica de materiais, a pesquisa atenta para a principal medida a ser tomada no caso de policiais com munição e/ou fragmentos alojados em seus corpos, ou seja, a retirada destes, uma vez que esta permanência pode prejudicar os diversos sistemas do corpo, especialmente o neurológico.(*)
         O autor formula equações que predizem a quantidade de chumbo que pode ser mensurada em exame de sangue dos policiais atingidos por disparos de arma de fogo e com resíduos no interior do organismo, recomendando mais estudos sobre o assunto, já que pode concluir que a contaminação por chumbo é uma realidade no ambiente de trabalho desses profissionais, tanto quanto de outros profissionais da área de Segurança Pública.
         Alerta para os riscos potenciais do Chumbo no organismo e incentiva ações de saúde que venham a prevenir ou reduzir os fatores de contaminação por esse metal, contribuindo para a preservação da saúde e qualidade de vida nos quadros policiais, além de reduzir os custos relativos ao tratamento daqueles afetados.
Fonte: FIOCRUZ, Publicação de 13 de junho de 2011.
ENSP, publicada em 10/06/2011 - Isabela Martins .
NOTA:
  1. Os grifos e a formatação atual do texto é de minha autoria, procurando manter fidelidade ao publicado em seu aspecto mais relevante.
  2. Considero extremamente relevante esse trabalho tendo em vista que as conseqüências de intoxicação por chumbo são bastante graves, especialmente no que corresponde a sua ação deletéria sobre o sistema nervoso, podendo levar o indivíduo ao total absenteísmo no trabalho e a altos custo de tratamento no sistema público de saúde.
  3. Como homeopata não poderia deixar de relatar aqui importantes estudos e pesquisas feitas sobre a patogenesia do chumbo, conhecido na homeopatia como “Plumbum metallicum” e que juntamente com outros medicamentos como:  “cobaltum” e o “Cuprum metallicum” podem prestar grande auxílio aos indivíduos que estejam sofrendo ação tóxica desse elemento, por incorporação de fragmentos no organismo, ou exposição permanente.
Slrm.

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