quarta-feira, 25 de abril de 2012

MISITÉRIO DA SAÚDE CRIA CENTROS DE ATENDIMENTO AOS PACIENTES COM AVC E LIBERA GRATUITAMENTE NO SISTEMA A DISTRIBUIÇÃO DO TROMBOLÍTICO ALTEPLASE.


A portaria nº.664/2012 do Ministério da Saúde, publicada no dia 13 de abril passado, que estabelece um protocolo de assistência ao paciente com AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico e hemorrágico, transforma-se em um grande passo em benefício das pessoas acometidas por essa patologia.
    As ações referentes á portaria 664, tornam-se reforçadas pela Portaria nº. 665/2012 que prevê a criação de Centros de Tratamentos de Urgência, classificados em três tipos dependendo do porte e capacidade de atendimento.
    Uma grande conquista se sobrepõe às demais, é inserção, de forma gratuita aos pacientes, do medicamento trombolítico ALTEPLASE e o fornecimento de Serviço especializado ás vítimas de AVC. O Alteplase possui um preço altíssimo no mercado que inviabilizava sua utilização para uma grande parcela da população, com uma média de custo de R$ 3.500,00 por dose.
    Veja a matéria publicada no Portal Saúde do SUS.
slrm

FONTE:http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/4790/162/ministerio-amplia-assistencia-a-pacientes-com-avc.html 

Data de Cadastro: 13/04/2012 as 09:40:24 alterado em 16/04/2012 as 12:14:45
URGÊNCIA

Ministério amplia assistência a pacientes com AVC

Publicado novo protocolo que prevê assistência integral aos pacientes com a doença, inclusive o fornecimento do trombolítico alteplase nos serviços do SUS
O Ministério da Saúde vai ampliar a assistência às vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), que passarão a ter assistência integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foi publicada, nesta sexta-feira (13), a portaria 664/2012, que estabelece novo protocolo de assistência ao paciente com AVC isquêmico e hemorrágico. Entre as novidades, está a incorporação do trombolítico alteplase e o fornecimento de serviços habilitados para assistência às vítimas de AVC.
A Portaria n° 665/2012 prevê a criação dos Centros de Atendimento de Urgência, classificados em três tipos, dependendo do porte e capacidade de atendimento. Estes centros desempenharão um papel de referência no tratamento aos pacientes com AVC. A criação dos centros será articulada entre governo federal, estados e municípios.
“O nosso esforço é ampliar a rede de atenção básica, de prevenção e de tratamento com o objetivo de reduzir casos e óbitos. A linha de cuidado do AVC é uma das nossas prioridades e a incorporação tecnológica de qualquer procedimento ou medicamentos tem padrões para ser realizada”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A meta do Ministério da Saúde é fortalecer a política de atenção a vítimas de AVC. O propósito é assegurar a todos os brasileiros que tenham um hospital de referência para o seu atendimento. “É este conjunto de ações, estruturação e incorporação de medicamento, que irá ampliar a assistência e melhorar o atendimento no SUS”, ressalta o ministro Padilha.
VANTAGENS DO TROMBOLÍTICO – O uso do alteplase, somente em casos de AVC isquêmico agudo, consiste na aplicação de uma medicação por via endovenosa, que percorre a circulação até chegar ao vaso sanguíneo cerebral que está obstruído por um coágulo. Esta medicação desfaz o coágulo, desentupindo a circulação e normalizando o fluxo sanguíneo que chega ao cérebro.
O medicamento será fornecido pelos hospitais habilitados e ajudará a reduzir os riscos de sequelas e de mortalidade. O alteplase diminui em 31% o risco de sequelas do AVC, isso significa a recuperação do quadro neurológico de mais pacientes comparando com aqueles que não recebem o tratamento com alteplase.
O atendimento em Unidade de AVC com o uso do alteplase poderá reduzir em até 18% a mortalidade e 29% a chance do paciente ficar dependente de outra pessoa para as atividades diárias.
INVESTIMENTOS – Até 2014, serão investidos R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas de AVC. Do total de recursos, R$ 370 milhões vão financiar leitos hospitalares. Serão criados 1.225 novos leitos nos 151 municípios onde se localizam os 231 pronto-socorros, responsáveis pelo atendimento de urgência e emergência especializado em AVC. A abertura dos novos leitos será definida entre o governo federal, juntamente com estados e municípios. Outra parcela, R$ 96 milhões, será aplicada na oferta do tratamento com o uso de alteplase.
REDE – O AVC é uma das mais importantes causas de mortes no mundo. Popularmente conhecido como derrame, a doença atinge 16 milhões de pessoas no mundo a cada ano. Destes, seis milhões morrem. Para enfrentar a epidemia silenciosa que ocorre no mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes para a prevenção e tratamento da doença, com o objetivo de colocar o tema em destaque na agenda global de saúde.
No Brasil, em 2011, foram realizadas 172.298 internações por em AVC (isquêmico e hemorrágico). Em 2010, foram registrados 99.159 óbitos por AVC. De acordo com o documento, a Linha do Cuidado do AVC deve incluir, necessariamente, a rede básica de saúde, SAMU, unidades hospitalares de emergência e leitos de retaguarda, reabilitação ambulatorial, ambulatório especializado, programas de atenção domiciliar, entre outros aspectos.
Por Neyfla Garcia, da Agência Saúde.
Atendimento à Imprensa
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MINISTÉRIO DA SAÚDE PRETENDE VACINAR 30 MILHÕES DE PESSOAS CONTRA GRIPE.

                  Matéria publicada no site do Ministério da saúde em 24 de abril de 2012, anuncia início de Campanha de Vacinação contra gripe que vis imunizar 80% de população alvo, que compreende idosos, gestantes, crianças entre seis meses e dois anos de idade, profissionais de saúde e indígenas, num total de 30,1 milhões de pessoas. 
                  Fonte: Portal da Saúde/ MS -SUS.
slrm.

Data de Cadastro: 24/04/2012 as 12:34:45 alterado em 24/04/2012 as 18:28:09
PREVENÇÃO

SUS dá início à campanha de vacinação contra a gripe

Meta do Ministério da Saúde é imunizar 80% do público-alvo, que é de 30,1 milhões de pessoas. Em 2011, mortalidade por influenza H1N1 teve queda de 64,1%.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, apresentaram, nesta terça-feira (24), a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. Em sua 14ª edição, a ação visa imunizar 80% do público-alvo de 30,1 milhões de pessoas, entre idosos, gestantes, crianças entre seis meses e dois anos de idade, profissionais de saúde e indígenas.

Em 2011, quando foram incluídos gestantes, crianças e indígenas no público-alvo, houve redução de 64,1% nas mortes por agravamento da gripe H1N1 – foram 53 óbitos, contra 148 no ano anterior. Já o número de casos graves notificados teve redução de 44% - de 9.383 para 5.230. A campanha imunizou 25,134 milhões de pessoas – 84,1% do público total de 29,918 milhões.
Segundo o ministro Padilha, “duas medidas - a ampliação do público-alvo da campanha e o maior acesso ao medicamento – possibilitaram a redução, cada vez maior, dos casos graves e dos óbitos pelo vírus da gripe”. No ano passado, o Ministério da Saúde estendeu a distribuição do antiviral oseltamivir a todas as pessoas de grupos vulneráveis que apresentam síndrome gripal.
Entre 5 e 25 de maio, 65 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) estarão preparados para imunizar a população. No próximo dia 5, acontecerá o Dia D de mobilização nacional, com postos funcionando das 8h às 17h. A campanha será realizada em parceria do Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de todo o país.  Seu principal objetivo é reduzir a mortalidade, as complicações e as internações que ocorrem em consequência das infecções pelo vírus da influenza nesta população.
A vacina protege contra os três principais vírus que circulam no hemisfério Sul, entre eles o da influenza A (H1N1), como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). “A vacinação é a consolidação da proteção dos novos grupos incluídos no ano passado. A vacina se destina a proteger os públicos mais vulneráveis, para evitar a forma mais grave e os óbitos”, explicou Barbosa.
Para a campanha, o Ministério da Saúde distribuiu 31,1 milhões de doses da vacina e repassou R$ 24,7 milhões do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais e municipais. Estes recursos serão usados para custear a infraestrutura das campanhas, a aquisição de seringas e agulhas, o deslocamento das equipes e o material informativo distribuído. Cerca de 240 mil profissionais do SUS estarão envolvidos na ação, que também contará com 27 mil veículos.
Das doses distribuídas neste ano, 96% foram produzidas no Brasil. “Isso é fruto da transferência de tecnologia e a capacitação dos nossos laboratórios públicos para que o Brasil seja cada vez mais soberano na produção das vacinas e ser tornar um polo de exportação”, disse Padilha.
Como a vacina deste ano tem a mesma composição da distribuída no ano passado, pais e responsáveis devem estar atentos para a vacinação de crianças de seis meses e dois anos de idade. As que tomaram a vacina no ano passado devem tomar apenas uma dose neste ano. Já as que se vacinarão pela primeira vez precisam receber duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas. De acordo com Padilha, “no Brasil, a adesão à campanha é consistente porque as pessoas reconhecem a imunização como algo que pode melhorar a sua qualidade de vida”.
POPULAÇÃO PRISIONAL – Pela primeira vez, as cerca de 500 mil pessoas que estão cumprindo pena em presídios também estarão cobertas pela campanha. A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário, executado em parceria entre os ministérios da Saúde e da Justiça.
Um de seus objetivos é garantir o direito à saúde dos presidiários, população que está mais vulnerável a doenças respiratórias e pulmonares, devido às condições de habitação e confinamento.
“Acreditamos que ao proteger a população prisional, que tem altíssimo contágio, bloqueamos a cadeia de transmissão para familiares, visitantes e profissionais que fazem atendimento a estas pessoas”, avalia Padilha.
A escolha dos grupos a serem vacinados é definida com base em estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
REAÇÕES - A vacina não é recomendável para quem tem alergia à proteína do ovo – usada na sua fabricação – ou para quem teve reações adversas a doses anteriores. Em casos de doenças agudas e febris ou de pacientes com doenças neurológicas, é aconselhavél a busca de avaliação médica.  Quem pretende doar sangue deve aguardar 48 horas após a dose para realizar a doação.
A Organização Mundial da Saúde estima que existe no mundo cerca de 1,2 bilhão de pessoas com risco elevado de contrair gripe com complicações, sendo 385 milhões de idosos acima de 65 anos de idade, 140 milhões de crianças, e 700 milhões de crianças e adultos com doenças crônicas. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e 39% a 75% a mortalidade global. Entre os residentes em lares de idosos, a vacinação pode diminuir em 60% o risco de pneumonia e em cerca de 50% a 68% o risco global de hospitalização, respectivamente.

Tabela 1. Campanha de vacinação contra influenza 2012
UF
População alvo
Meta
Nº de doses
Valor repassado
RO
201.197
160.958
221.320
325.427,21
AC
109.839
87.871
120.820
175.501,90
AM
575.851
460.681
633.440
924.039,33
RR
103.984
83.187
114.380
166.500,20
PA
981.116
784.892
1.079.230
1.585.528,37
AP
82.397
65.918
90.640
133.527,52
TO
202.028
161.622
222.230
325.293,02
NORTE
2.256.412
1.805.129
2.482.060
3.635.817,55
MA
962.633
770.106
1.058.900
1.546.613,07
PI
487.684
390.147
536.450
427.989,31
CE
1.312.299
1.049.839
1.443.530
1.150.889,77
RN
484.283
387.426
532.710
424.650,73
PB
636.506
509.205
700.160
559.304,73
PE
1.378.588
1.102.870
1.516.450
1.209.307,77
AL
452.909
362.327
498.200
403.278,21
SE
294.579
235.663
324.040
259.529,62
BA
2.157.933
1.726.346
2.373.730
1.890.908,60
NORDESTE
8.167.412
6.533.930
8.984.170
7.872.471,81
MG
3.088.981
2.471.185
3.397.880
2.696.927,91
ES
526.586
421.269
579.250
461.358,38
RJ
2.773.556
2.218.844
3.050.910
2.418.412,84
SP
6.826.932
5.461.545
7.509.630
3.452.005,25
SUDESTE
13.216.055
10.572.844
14.537.670
9.028.704,38
PR
1.658.765
1.327.012
1.824.640
838.899,75
SC
915.644
732.515
1.007.210
463.122,31
RS
1.918.606
1.534.885
2.110.470
965.070,91
SUL
4.493.014
3.594.411
4.942.320
2.267.092,97
MS
426.995
341.596
469.700
373.807,49
MT
425.074
340.059
467.580
680.264,03
GO
835.771
668.617
919.350
733.587,58
DF
322.525
258.020
354.780
164.962,83
C.OESTE
2.010.364
1.608.291
2.211.410
1.952.621,93
BRASIL
30.143.256
24.114.605
33.157.630
24.756.709
 Fonte: CGPNI/SVS/MS

Por Mauren Rojahn e Amanda Costa, da Agência Saúde
Mais informações – 3315-2351/3580/

fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/4887/162/sus-da-inicio-a-campanha%3Cbr%3E-de-vacinacao-contra-a-gripe.html 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Projeto de Lei que obriga a presença de cirurgiões-dentistas em UTI é aprovado

O Projeto de Lei de autoria do deputado Neilton Mulim, que torna obrigatória a presença de cirurgiões-dentistas nas UTI foi aprovado no último dia 18 em Brasília por unanimidade na Comissão de Seguridade Social e Família. Alguns hospitais já contam com esse profissional contratado.Um dos mais antigos no Brasil é a Santa Casa de Barretos, que há oito anos mantém esse profissional atuando na UTI, sob a coordenação da Dra. Teresa Morais, também presidente do Departamento de Odontologia da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

De acordo com a Presidente da Comissão de Odontologia Hospitalar do CROMG, Dra. Maria Thereza F. Martinhs, “nós, cirurgiões-dentistas, temos a obrigação de levar conhecimentos que romovam a saúde bucal em ambientes altamente contaminados, como é o caso de hospitais, particularmente em Unidades de Terapia Intensivas (UTI´s). A necessidade de uma equipe multidisciplinar para acompanhamento da evolução clínica de pessoas que se encontram internadas deve ser destacada com medida prioritária em um hospital. Esse atendimento diferenciado deve oferecer inclusive higiene bucal adequada e tratamento odontológico, em virtude da estreita relação entre doenças bucais e infecções, sobretudo as respiratórias. Tal ligação se deve à presença de determinadas bactérias na boca e faringe, que podem levar o
indivíduo a uma pneumonia, complicando seu estado de saúde e trazendo conseqüências indesejáveis como prolongamento de sua internação e até mesmo, óbito. Considero um marco na trajetória da Odontologia Hospitalar a aprovação do PL 2.776 uma vez que está sendo analisado pelos deputados federais desde 2008. Apesar de todos estes anos e da expectativa pela sua aprovação, podemos comemorar que a democracia prevaleceu acima de outros interesses”.

Fonte: Conselho Regional de Odontologia - BH/MG
http://www.cromg.org.br/  

sábado, 21 de abril de 2012

ACUPUNTURA NÃO PODE SER EXCLUSIVIDADE MÉDICA.


Sintenrj Sind Terapeutas Naturistas
CNS faz recomendação sobre exercício da acupuntura

Nesta semana, o Conselho Nacional de Saúde recomendou aos gestores e prestadores de serviços de saúde que observem o caráter multiprofissional em todos os níveis de assistência na implementação de políticas ou programas de saúde referentes às práticas integrativas e complementares, como a acupuntura. “Na prática, não apenas médicos podem exercer a acupuntura. A contratação de forma multiprofissional é preconizada pela Politica Nacional de Praticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde”, lembra o conselheiro nacional de saúde Wilen Heil e Silva, do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO).

Para zelar pelo direito do usuário da saúde de acesso aos serviços envolvendo práticas integrativas e complementares, o CNS também recomendou aos conselhos estaduais e municipais de saúde que tomem as providências cabíveis para fazer valer a politica nacional.

A utilização da acupuntura no Brasil, nos últimos 26 anos, enquanto recurso terapêutico, além de seguir a legislação sanitária, é regulamentada e fiscalizada pelos conselhos profissionais (autarquias federais). Esses conselhos reconhecem a prática e a respectiva especialização profissional, nas quais são estabelecidos, por meio de resoluções específicas, critérios para garantir à população um tratamento ético e responsável. Com isso, esta prática está respaldada com segurança e eficácia. Ao recomendar que essas informações sejam amplamente divulgadas, também com o apoio das secretarias de saúde estaduais e municipais, o CNS pretende informar corretamente a população sobre o caráter multiprofissional da acupuntura e assim ampliar o acesso da população a esta prática.

Acesse aqui a legislação e as recomendações anteriores sobre as práticas integrativas

Decreto Presidencial n.o 5.753 de 12 de abril de 2006 que referenda a acupuntura como patrimonio cultural intangivel da humanidade pela UNESCO em 17 de outubro de 2003

Portaria MS nº 971 de 3 de maio de 2006, que aprova a Política Nacional de PráticasIntegrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde

Recomendação do CNS nº 027, de 15 de outubro de 2009

Recomendação do CNS n. o 010 de 11 de agosto de 2011

Recomendação do CNS n. o 012 de 11 de agosto de 2011
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Equipe de Comunicação do CNS
Fone: (61) 3315-3576/3179
Fax: (61) 3315-2414/3927
e-mail: cns@saude.gov.br
Site: www.conselho.saude.gov.br
Conselho Nacional de Saúde - "Efetivando o Controle Social". Esplanada dos Ministérios, Bloco “G” - Edifício Anexo, Ala “B” - 1º andar - Sala 103B - 70058-900 - Brasília, DF


É exatamente isso!  A classe médica que até 1980 não só não reconhecia como desacreditava e ironizava os efeitos da acupuntura, sendo inclusive responsável por mandar prender alguns mestres que foram os introdutores desse ensino no Brasil, agora por reserva de mercado, quer arvorar-se de única competente para a realização da prática, sob o estigma pernicioso o ato Médico. A acupuntura, uma da técnicas de tratamento da Medicina Tradicional Chinesa, não se baseia sob nenhum aspecto nos métodos semiológicos da medicina convencional. Muito ao contrário, sua visão fundamenta-se na integração do indivíduo com a natureza, na observação desses elementos e na forma como a energia (chi) percorre organismo e seus bloqueios que promovem alterações e levam á doença. Seu diagnóstico não é embasado na patologia celular, mas na disfunção dos movimentos dessa energia pelos canais de meridianos (que os médicos inclusive teimavam e ainda teimam, em afirmar não existir).a inserção de agulhas é apenas uma de suas técnicas e existem outras que não podem estar sujeitas à mesma norma. No mais, se assim for,somente médico poderá aplicar uma injeção, ou efetuar uma punção em veia, etc. Que o Conselho de Medicina legisle para os médicos e deixe os demais Conselhos cuidar dos seus. As práticas integrativas são hoje uma realidade e essa é a única causa de todo esse incomodo e reboliço. Cabe ao governo e em último caso à justiça cuidar para que os profissionais qualificados possam exercer com dignidade sua profissão, evitando o corporativismo e protecionismo a uma classe que deseja ser dona da verdade, da ciência e da vida.
SLRM

quarta-feira, 18 de abril de 2012

PODE A TERRA SER AFETADA POR UMA GRANDE EXPLOSÃO SOLAR?

Matéria publicada hoje no periódico francês Le Mond, na área científica, de autoria de Pierre Barthélémy, faz um alerta sobre a possibilidade de descargas eletromagnéticas de grande intensidade, provocadas por explosões solares de grande magnitude que os cientistas estariam comparando aos efeitos de um tsunami.
         Segundo a matéria, a última descarga de magnitude considerável ocorrida em março de 1989,  teria sido suficiente para provocar transtornos no sistema elétrico do Canadá  e teve uma descarga na atmosfera da terra de aproximadamente 26 bilhões de Kw/h, equivalente a 5% de toda eletricidade da França durante um ano.
         O alerta principal refere-se á fragilidade dos sistemas elétricos e eletrônicos da terra, que poderiam ser danificados por tempo indeterminado se providências não forem tomadas visão á proteção de redes e softwares.
         Os prejuízos de um evento de tal magnitude seriam sentidos principalmente em todos os sistemas de comunicação, elétricos e eletrônicos, afetando satélites, redes de comunicação, televisões, rádios, computadores, satélites, entre outros. Os prejuízos seriam incalculáveis segundo os cientistas e o mundo levaria grande tempo para recuperar-se, além da imensa perda financeira que isso causaria a todo sistema mundial.
         Torçamos então para que não aconteça ou que o mundo se conscientize e tome as medidas necessárias para minimizar uma possível catástrofe que a ciência já antecipadamente anuncia.
slrm
         Veja a matéria traduzida :


ESTAMOS PRONTOS PARA UM TSUNAMI SOLAR?
18 De abril de 2012

Como existe uma temporada de furacões no Caribe e nos Estados Unidos, há uma temporada com tempestades solares, associados com os exemplos de ciclo de nossa estrela, que sobe ao máximo todos os onze anos. O ciclo de número 24 deve atingir seu pico máximo em 2013, segundo previsão dos astrônomos. Depois de três anos (2006-2008) de calma transição, a atividade solar sobe suavemente, atingindo maior poder, com sinais mias violentos gravados nos últimos meses. Ilustrado na foto que abre este post, a última data do evento 16 de Abril. É médio prurido associado a uma protuberância grande que eventualmente pode estourar como uma bolha de sabão e envia parte de sua área de conteúdo. Um vídeo (rápido porque tomou algumas horas) é visível abaixo:

Essa bolha, maior do que o planeta gigante Júpiter, no entanto não foi tão má. Em qualquer caso,  inferior a ejeção de massa coronal (EMC) de Março, que enviou seu conteúdo de partículas carregadas eletricamente direto na terra. É comum que o sol ejete após uma explosão  mais de uns bilhões de toneladas de partículas a uma velocidade de centenas ou mesmo milhares de quilômetros por segundo. Felizmente para nós, o campo magnético do planeta protege-nos, desviando em grande parte este plasma. Mas não é bem assim. A magnetosfera não é hermética, as partículas podem entrar e descer até onde estão os pólos norte e Sul . Durante Março, atmosfera superior recebeu energia de 26 bilhões quilowatt horas, equivalente 5% da eletricidade consumida na França durante um ano inteiro! Grande parte desta energia foi devolvida ao espaço e nenhum dano foi acusado.

Este não é o caso de todos os EMC. Assim, em Março de 1989, três dias depois de deixar o sol, uma enorme nuvem de partículas, como um véu, bateu na magnetosfera da terra. Auroras boreais foram produzidas do Norte até o Texas. E, acima de tudo, correntes elétricas induzidas pela tempestade magnética explodiu um após outro os sistemas de segurança da rede elétrica de Quebec, deixando aproximadamente 6 milhões de pessoas sem energia elétrica, por nove horas,  no inverno canadense. Os custos são salgados: entre reparos na rede elétrica, e confecção de proteções adicionais, que sobrecarregam  os problemas da economia local, gerando um gasto de US $ 2 bilhões. Corolário do incidente: as agências espaciais perderam temporariamente o contacto com centenas de satélites.

De acordo com os astrônomos, após esse evento em 1989, outra  tempestade solar dessa magnitude teria ocorrido a uns cem trinta anos antes. No início de setembro de 1859, auroras que não se poderia qualificar de boreal surgiram desde as Antilhas / Caribe até Venezuela. Na época as redes elétricas não existiam, portanto, não havia risco deste lado. Por outro lado, correntes induzidas fizeram uma feliz viagem pelas  linhas de telégrafo, fazendo faíscas de emergência para os pólos e enviando choques elétricos aos empregados. No total, as conseqüências da EMC, em meados do século XIX eram limitadas. Se ocorresse hoje o mesmo fenômeno, teria um impacto muito mais dramático. Em cento e cinquenta anos, redes de todos os tipos foram construídas. Não só um evento como esse traria baixa aos sistemas de alimentação por várias semanas ou mesmo vários meses, mas também atacaria gasodutos e oleodutos, acelerando sua oxidação, indo destruir provavelmente muitos satélites e componentes eletrônicos de vários dispositivos, além de cortar temporariamente comunicações rádio e quaisquer tipos de geolocalização. Este último ponto não é insignificante, porque, como o famoso meu irmão no mundo, Yves Eudes, em um artigo recente, sistemas de GPS agora desempenham um papel fundamental em muitas atividades: em terra, transporte aéreo, marítimo, gerenciamento de contêiner, orientação de máquinas agrícolas, eletrônicas e até mesmo bancos de comunicações, utilizando satélites como relógio universal, afetando o sistema de financeiro em todo mundo em  centésimos de segundo. Um recente relatório americano estima que para os Estados Unidos sozinho, tal tsunami solar poderia custar a bagatela de 2 000 bilhões, ou 20 vezes o equivalente aos custos do furacão Katrina. O país levaria de quatro a dez anos para se recuperar de danos dessa ordem.

Por quê? Porque não estamos preparados, explica na sua essência, em um comentário publicado nesta quarta-feira, 18 de Abril, na natureza, Mike Hapgood, que dirige a Unidade de Pesquisa e Investigação sobre o ambiente de espaço no Laboratório Rutherford Appleton, um laboratório de investigação britânica. Para esta pesquisa, nossa dependência da rede elétrica nos torna mais vulneráveis do que nunca, porque não está configurada para suportar uma EMC. O principal é que muitos dos sistemas elétricos ameaçados não são projetados para suportar eventos como esses que temos visto ao longo dos últimos 40 anos. Por exemplo, agora são necessários novos transformadores capazes de suportar as condições sofridas em 1989. O terremoto e tsunami japonês do ano passado mostram que há perigos e devemos estar preparados para eventos como esses ocorridos nas últimas décadas. Devemos também estar preparados para tempestades espaciais como nunca vista num espaço de mil anos.

Da mesma forma que com o desenvolvimento da Meteorologia, organizamos alertas de trovoadas, tempestades, furacões, enchentes ou avalanches, devemos investir no tempo espaço. Isso começa, explica Mike Hapgood, pelo melhor conhecimento dos riscos e fenômenos. No entanto, se estudos de satélite do sol são cada vez mais fornecidos, eles só abrangem o período recente. Os dados da   ionosfera existem apenas nos  últimos  80 e esses campos magnéticos têm mais de 170 anos. Há dados que existem somente no papel, e faltam ser digitalizados. Mike Hapgood imagina que se poderia, via web, distribuir esta tarefa imensa entre muitos voluntários, assim como o projeto Solar Stormwatch solicita aos usuários Shell Solar que decodifiquem seus filmes de incidentes solares tomados por satélites, transformando-os em instruções simples. Outra tarefa, incumbida dessa  vez  100% aos cientistas: melhor modelo da EMC, para entender como elas viajam no meio interplanetário e como elas injetam sua energia na atmosfera. Para Mike Hapgood os modelos existentes são comparáveis aos da climatologia há meio século atrás. Por último, o mais simples e o mais complicado (porque o mais caro), deve-se reforçar a proteção dos hardwares e redes, simplesmente porque nossa sociedade tornou-se mais vulnerável e mais dependente desses sistemas. Seus pontos fracos são nossas fraquezas.  
Fonte :  Pierre Barthélémy (@PasseurSciences sur Twitter)
(crédito /foto/vídeo) : NASA/GSFC/SDO.
http://passeurdesciences.blog.lemonde.fr/2012/04/18/sommes-nous-prets-a-affronter-un-tsunami-solaire/

Base aliada tenta agilizar formação da CPMI do Cachoeira | Jornal Correio do Brasil

 A CPI do Cachoeira, não atingirá apenas a oposição como parece desejar o governo e sua representante Ideli Salvatti (PT). Essa manobra que em parte poderia facilitar e criar uma cortina de fumaça sobre o julgamento do "mensalão" , pode acabar ao contrário do desejado, atingindo mais ainda o próprio PT e seus aliados, já que as relações com Carlinhos Cachoeira não são de hoje e também se ligam a integrantes do mensalão. Veremos no vai dar.
slrm

Base aliada tenta agilizar formação da CPMI do Cachoeira | Jornal Correio do Brasil

segunda-feira, 16 de abril de 2012

AUDIOTECA PARA DEFICIENTES VISUAIS. DIVULGUE!

AUDIOTECA PARA DEFICIENTES VISUAIS. DIVULGUE!


Para seu conhecimento e divulgação, dentro de suas possibilidades!  
Pensando nos que não vêem, segue abaixo um serviço:

Audioteca Sal e Luz

Venho  divulgar o trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e que corre o risco de acabar.
A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros).

Mas o que é isto?
São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

Nos ajude divulgando!!!

Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho, DIVULGUE!!!
Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125 - Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade.
Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura.

Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...

Ajudem-nos. Divulguem!

Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz.
Rua Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm

A Audioteca não precisa de Dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO! Então conto com a ajuda de vocês: repassem! Eles enviam para as pessoas de graça, sem nenhum custo. É um belo trabalho! Quem puder fazer com que a Audioteca chegue à mídia, por favor fique à vontade. É tudo do que eles precisam.






sábado, 14 de abril de 2012

IMAGEM DE ANIMAIS AMPLIFICA ATIVIDADE ELÉTRICA DA AMÍGDALA NO HEMISFÉRIO CEREBRAL DIREITO.


          Matéria publicada na revista Scientific American, Mente –Cérebro, nº. 230, ano XIX, www.mentecerebro.com.br, dão conta de pesquisa realizada pelo Instituto Allen de Ciências do Cérebro em Washington – EUA, coordenada pelo neurocientista Christof koch,e publicada na revista científica Nature, mostrando uma atividade elétrica aumentada significativamente na região da amígdala, quando fotos de animais são apresentadas aos observadores da pesquisa. O estudo mostra ainda que não há diferença na atividade elétrica da amígdala em relação ao animal apresentado ser pequeno, manso ou feroz, aparência inofensiva ou carnívoro de grande porte.
         O inusitado da pesquisa é que pela primeira vez que se detecta esse tipo de atividade elétrica específica para animais na amígdala e que não ocorre em outras áreas cerebrais.
         O estudo, segundo o pesquisador, foi desenvolvido para pessoas com epilepsia que apresentam hiperatividade em algumas regiões neurais e cuja área da amígdala, do hemisfério direito do cérebro, foi ativada frente à mostra de imagens de animais.
 
           A causa específica dessa resposta ainda não foi esclarecida, mas o pesquisador acredita ser de origem evolucionária, já que a amígdala é ligada à percepção de ameaça.
         Segundo Koch é a primeira vez que se detecta assimetria hemisférica em relação a uma estrutura cerebral específica.
Slrm.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

DEVE A CRENÇA DIVINA SER SUBSTITUÍDA POR UMA CIÊNCIA DA MORALIDADE?

A discussão entre o bem e mal sempre esteve presente na sociedade, principalmente entre os filósofos, cientistas, religiosos e todos aqueles que buscam compreender a natureza humana e o porquê da vida neste planeta.
            Conceituações á parte, esse assunto caminha sempre para o debate sobre a dualidade da vida, sobre os aspectos da polaridade do mundo em que vivemos, mas essencialmente, sobre a criação da vida, do por que dessa criação e obviamente termina sempre na discussão dos aspectos da divindade.
           A crença em um Deus ou em muitos deuses como na antiguidade, sempre foram objeto de acalorados debates. Nesse sentido as religiões ganharam destaque em especial por incorporarem imagens arquetípicas do pensamento humano e terminaram gerando uma diversidade de dogmas que influenciaram e influenciam os mais diversos sistemas sociais.
            Se o homem busca ser feliz, encontrar essa felicidade na divindade é transferi-la para uma época futura em um paraíso distante do meio terreno. Se a felicidade pode ser encontrada através da razão, do conhecimento e da ciência, essa deveria trabalhar o ser humano para compreensão de sua real dimensão no planeta, livre de crença religiosa e de dogmas, mas centrada num princípio ético-moral, portanto uma ciência da moralidade, capaz de trazer satisfação plena ao humano enquanto vivente nesse mundo.
            É dentro desse conceito da liberdade de pensar e ver o mundo sem o paradigma religioso, que tentamos entender as posições do neurocientista e filósofo americano Sam Harris, que aborda a busca da felicidade humana em uma forma de ver o mundo sem uma crença em divindades, mas baseada numa filosofia de moral científica.
"Na ciência não existem dogmas. Qualquer afirmação pode ser contestada de maneira sensata e honesta" Sam Harris.
            Em matéria publicada no caderno de ciência do site da Revista veja, em 01/janeiro/2011, por Marco Túlio Pires, ele traz suas contundentes e polêmicas afirmações, que merecem nossa reflexão. Vejam abaixo o texto como publicado.
Slrm.


"Não acreditar em Deus é um atalho para a felicidade"

Em novo livro, o filósofo e neurocientista americano Sam Harris propõe a criação de uma 'ciência da moralidade' para acabar de uma vez por todas com a influência da religião.

"A tolerância à intolerância nada mais é do que covardia"

Quando o filósofo americano Sam Harris soube que o atentado ao World Trade Center em Nova York (Estados Unidos), no dia 11 de setembro de 2001, teve motivações religiosas, a briga passou a ser pessoal. Harris publicou em 2004 o livro A Morte da Fé (Companhia das Letras) — uma brutal investida contra as religiões, segundo ele, responsáveis pelo sofrimento desnecessário de milhões. Para Harris, os únicos anjos que deveríamos invocar são a ‘razão’, a ‘honestidade’ e o ‘amor’.
Ao entrar de cabeça em um assunto tão delicado, o filósofo de 43 anos conquistou uma legião de inimigos e deu início a uma espécie de combate literário. Em resposta à repercussão de seu primeiro livro, que levou à publicação de livros-resposta sob as perspectivas muçulmana, católica e outras, os ataques de Harris à fé religiosa continuaram em 2006, com o lançamento do livro Carta a Uma Nação Cristã (Companhia das Letras).
Criado em um lar secular, que nunca discutiu a existência de Deus e nunca criticou outras religiões, Harris recebeu o título de Doutor em Neurociência em 2009 pela Universidade da Califórnia (Estados Unidos). A pesquisa de doutorado serviu como base para seu terceiro livro, lançado em outubro de 2010: The Moral Landscape (sem edição brasileira). Nele, Harris conquista novos inimigos, dessa vez cientistas.
Agora, Harris tenta utilizar a razão e a investigação científica para resolver problemas morais, sugerindo a criação do que ele chama de "ciência da moralidade". Ele afirma que o bem-estar humano está relacionado a estados mentais mensuráveis pela neurociência e, por isso, seria possível investigar a felicidade humana sob essa ótica — algo com que a maioria dos cientistas está longe de concordar.
A ciência da moralidade substituiria a religião no papel de dizer o que é bom ou mau. Esse ‘novo ateísmo’ rendeu a Harris e outros três autores proeminentes — Daniel Dennet, Richard Dawkins e Christopher Hitchens — o título de 'Cavaleiros do Apocalipse'
Por que a moralidade e as definições do bem e do mal não deveriam ser deixadas para a religião?
 O problema com relação à Religião é que ela dissocia as questões do bem e do mal da questão do bem-estar. Por isso, a religião ignora o sofrimento em certas situações, e em outras chega a incentivá-lo. Deixe-me dar um exemplo. Ao se opor aos métodos contraceptivos, a doutrina da Igreja Católica causa sofrimento. É coerente com seus dogmas, embora eles levem crianças a nascerem na pobreza extrema e pessoas a serem infectadas pela aids, por fazerem sexo sem camisinha. Através das eras, os dogmas contribuíram para a miséria humana de maneira tremenda e desnecessária.
Nem toda moralidade é baseada em religião. Existe uma longa tradição de pensamento moral secular por meio da filosofia. O que há de errado com essa tradição?
 Não há nada de errado com ela a não ser o fato de que a maior parte das discussões filosóficas seculares são confusas e irrelevantes para as questões importantes na vida humana. Deveria ser consenso o apreço ao bem-estar humano. Se alguma coisa é má, é porque ela causa um grande e desnecessário sofrimento ou impede a felicidade das pessoas. Se alguma coisa é boa, é porque ela faz o contrário. Mas existem filósofos seculares batendo cabeça em debates entediantes, dizendo que não podemos falar de verdade moral. Segundo eles, cada cultura deve ser livre para inventar seus ideais morais sem ser perturbado por outros. Isso é loucura. Hoje reconhecemos que a escravidão, que era praticada por muitas culturas, era fonte de sofrimento. Nesse caso, deixamos para trás o relativismo. Por que não podemos fazer o mesmo em outros casos?
Você parece sugerir que a tolerância a outros credos não é uma virtude, como a maioria pensa. Por quê?
 É um posicionamento inicial muito bom. A tolerância é a inclinação para evitar conflito com outras pessoas. É como queremos que a maioria se comporte a maior parte do tempo quando se depara com diferenças culturais. Mas quando as diferenças se tornam extremas e a disparidade na sabedoria moral se torna incrivelmente óbvia, então, a tolerância não é mais uma opção. A tolerância à intolerância nada mais é do que covardia. Não podemos tolerar uma jihad global. A ideia de que se pode chegar ao paraíso explodindo pessoas inocentes não é um arranjo tolerável. Temos que combater essas coisas por meio da intolerância às pessoas que estão comprometidas com essa ideologia. Não acredito que seria possível sentar à mesa com, por exemplo, Osama Bin Laden e convencê-lo que a forma como ele enxerga o mundo é errada.
Por que a ciência deveria ditar o que é certo e o que é errado?
Temos que reconhecer que as questões morais possuem respostas corretas. Se o bem-estar humano surge a partir de certas causas, inclusive neurológicas, quer dizer que existem formas certas e erradas para procurar a felicidade e evitar a infelicidade. E se as respostas corretas existem, elas podem ser investigadas pela ciência. Chamo de ciência o nosso melhor esforço em fazer afirmativas honestas sobre a natureza do mundo, tendo como base a razão e as evidências.
O que é a ciência da moralidade e o que ela quer conquistar?
É a ciência da mente humana e das variáveis que afetam a nossa experiência do mundo para o bem ou para o mal. Ela pretende discutir, por exemplo, o que acontece com mulheres e garotas que são forçadas a utilizarem a burca [vestimenta muçulmana que cobre todo o corpo da mulher]. São efeitos neurológicos, psicológicos, sociológicos que afetam o bem-estar dos seres humanos. Com a burca, sabemos que é ruim para as mulheres e para a sociedade. Se metade de uma sociedade é forçada a ser analfabeta e economicamente improdutiva, mas ter quantos filhos conseguir, fica óbvio que essa é uma estratégia ruim para construir uma população que prospera. O objetivo é entender o bem-estar humano. Assim como queremos fazer convergir os princípios do conhecimento, queremos que as pessoas sejam racionais, que avaliem as evidências, que sejam intelectualmente honestas e que não sejam guiadas por ilusões. A Ciência da Moralidade pretende aumentar as possibilidades da felicidade humana.
O senhor afirma que há um muro dividindo a ciência e a moralidade. No que ele consiste?
 Existem razões boas e ruins para a existência desse muro. A boa é que os cientistas reconhecem que os elementos relevantes ao bem-estar humano são extremamente complicados. Sabemos muito pouco sobre o cérebro, por exemplo, para entender todos os aspectos da mente humana. A ciência espera um dia responder essas questões e isso é muito bom. A razão ruim é que muitos cientistas foram confundidos pela filosofia a pensar que a ciência é um espaço sem valores. E a moralidade está, por definição, na seara dos valores. Esse muro não será destruído enquanto não admitirmos que a moralidade está relacionada à experiência humana, que por sua vez está relacionada com o cérebro e com a forma pela qual o universo se apresenta. Ou seja, por elementos que podem ser investigados pela ciência.
Quais avanços científicos lhe fazem pensar que, agora, a moralidade pode ser tratada a partir do ponto de vista do laboratório?
 Temos condição de dizer quando uma pessoa está olhando para um rosto, ou uma casa, ou um animal, ou quais palavras ela está pensando dentro de uma lista. Esse nível cru de diferenciação de estados mentais está definitivamente ao alcance da ciência. Sabemos quando uma pessoa está sentindo medo ou amor. Por causa disso podemos, em princípio, pegar uma pessoa que diz não ser racista, colocá-la em um medidor e verificar se ela está falando a verdade. Não apenas isso, podemos descobrir se ela está mentindo para si mesma ou para as outras pessoas. A tecnologia já chegou a esse nível, mas não conseguimos ler a mente das pessoas com detalhes. É possível que futuramente possamos descobrir coisas sobre a nossa subjetividade de que não temos consciência, utilizando experimentos científicos. E isso tudo se relaciona ao bem-estar humano e o modo como as pessoas ficam felizes e como poderemos viver juntos para maximizar a possibilidade de ter vidas que valham a pena.
Por que deveríamos confiar a educação dos nossos filhos aos valores científicos?
Os cientistas não se transformariam, com o tempo, em algo como padres, mas com uma ‘batina’ diferente? Cientistas não são padres. Os médicos, por exemplo, agem sob o pensamento da medicina, que, como fonte de autoridade, não se tornou arrogante ou limitou a liberdade das pessoas de maneira assustadora. É uma disciplina que está concentrada em entender a vida humana e minimizar o sofrimento físico. Seu médico nunca vai até você ‘pregar’ sobre os preceitos da ciência, você vai até ele quando precisa. Pais que se deixam guiar por dogmas religiosos não dão remédios aos filhos e os deixam morrer. Na ciência não existem dogmas. Qualquer afirmação pode ser contestada de maneira sensata e honesta.
O que dizer dos experimentos neurológicos que sugerem que a crença religiosa está embutida nos nossos cérebros?
 Não acho que a crença religiosa esteja embutida no cérebro humano. Mas digamos que esteja. Façamos um paralelo com a bruxaria. Pode ser que a crença em bruxaria estivesse embutida em nossos cérebros. A bruxaria matou muitos seres humanos, assim como a religião. Todas as culturas tradicionais acreditaram em algum momento em bruxas e no poder de magia e, na verdade, a crença na reza possui um conceito semelhante. Algumas pessoas dizem que sempre acreditaremos em bruxas, que a saúde humana será afetada pela 'magia' de vizinhos. Na África, muitas pessoas realmente acreditam em bruxaria e isso é terrível porque causa sofrimento desnecessário. Quando não se entende porque as pessoas ficam doentes, ou porque as crianças morrem antes dos três anos, você está num estado de ignorância que a crença em bruxaria está suprindo uma necessidade de maneira nociva. Superamos isso no mundo desenvolvido por causa do avanço da Ciência. Sabemos como a agricultura é afetada, por exemplo. Entendemos os fenômenos meteorológicos e a biologia das plantas. Não é algo que a religião resolve, e sim a ciência. Mas costumava ser assim. A crença na regência de um deus sobre a lavoura era universal.
As pessoas deveriam parar de acreditar em Deus?
Se eu acho que as pessoas deveriam parar de acreditar no Deus da Bíblia? Com certeza. Da mesma forma que as pessoas pararam de acreditar em Zeus, em Thor e milhares de deuses mortos. O Deus da Bíblia tem exatamente o mesmo status desses deuses mortos. É um acidente histórico estarmos falando dele e não de Zeus. Poderíamos estar vivendo num mundo onde os suicidas muçulmanos se explodiriam por causa de ideias dos deuses do Monte Olimpo. A diferença entre xiitas e sunitas muçulmanos é a mesma diferença entre seguidores de Apolo e seguidores de Dionísio.
O senhor sempre foi ateu?
Nunca me considerei um ateu, nem mesmo ao escrever meu primeiro livro. Todos somos ateus em relação a Zeus e Thor. Eu era um ateu em relação a eles e ao deus de Abraão. Mas nunca me considerei um ateu, como a maioria das pessoas não se considera pagã em relação aos deuses do Monte Olimpo. Foi no 11 de setembro de 2001, dia do atentado ao World Trade Center em Nova York, que senti que criticar a religião publicamente havia se tornado uma necessidade moral e intelectual. Antes disso eu era apenas um descrente. Eu nunca havia lido livros ateus, ou tivera qualquer conexão com a comunidade ateísta. O ateísmo não é um conceito que considere interessante ou útil. Temos que falar sobre razão, evidências, verdade, honestidade intelectual — todas essas coisas são virtudes que nos deram a ciência e todo tipo de comportamento pacífico e cooperativo. Não é preciso dizer que você é contra algo para advogar em favor da honestidade intelectual. Foi justamente isso que destruiu os dogmas religiosos.
O senhor cresceu em um ambiente religioso?
Cresci em um ambiente completamente secular, mas não havia crítica às religiões ou discussões sobre ateísmo, existência de Deus etc. Quando era adolescente, fiquei muito interessado em religiões e experiências religiosas. Coisas como meditação, por exemplo. Aos vinte, comecei a estudar espiritualidade e misticismo. Ainda me interesso por essas coisas, mas acho que, para experimentar, não precisamos acreditar em nada que não possua evidencias suficientes.

Como o senhor se sente em ser rotulado como um dos ‘Quatro Cavaleiros do Apocalipse’?
 Estou muito feliz com a companhia! É uma honra. A associação não me desagrada de forma alguma. Acho que os quatro lucraram por terem sido reunidos e tratados como uma pessoa de quatro cabeças. Em alguns momentos é um desserviço porque nossos argumentos não são exatamente os mesmos e não acreditamos nas mesmas coisas em todos os pontos. Mas tem sido útil sob o ponto de vista das publicações e admiro muito os outros cavaleiros  — os considero mentores e amigos. A parte do apocalipse tem um efeito cômico.
Se o senhor tivesse a chance de se encontrar com o Papa para um longo e honesto bate-papo, qual seria sua primeira pergunta?
 Gostaria de falar imediatamente sobre o escândalo do estupro infantil dentro da Igreja Católica. Acho que o Papa é culpável por tudo que aconteceu. A evidência nesse momento sugere que ele estava entre as pessoas que conseguiram fazer prolongar o sofrimento de crianças por muitos anos. Acho que ele trabalhou ativamente para proteger a Igreja do constrangimento e no processo conseguiu garantir que os estupradores tivessem acesso às crianças por décadas além do que deveria ter sido. O Papa deveria ser diretamente desafiado por causa disso. Contudo, é algo que seu status como líder religioso impede que aconteça. Ele nunca seria protegido dessa forma se ele estivesse em qualquer outra posição na sociedade. Imagine o que aconteceria se descobrissem que o reitor da Universidade de Harvard [uma das universidades americanas mais respeitadas do mundo] tivesse permitido que empregados da universidade estuprassem crianças por décadas e ele tivesse mudado essas pessoas de departamento para protegê-las da justiça secular? Ele estaria na cadeia agora. E isso é impensável quando se fala do Papa. Isso acontece por que nos ensinaram a tratar a religião com deferência.

EXERCÍCIOS PARA O CÉREBRO - NEURÓBICA


ALGUNS EXERCÍCIOS QUE AUXILIAM O CÉREBRO.

 O cérebro como outras partes do nosso corpo necessita de treinamento constante para manter-se em forma. Da mesma forma que praticamos exercícios físicos para obter um corpo e uma imagem saudável, também necessitamos exercitar o cérebro para que possamos manter uma mente saudável. Esse treinamento cerebral pode ocorrer em qualquer idade, mas nas idades mais avançadas torna-se imprescindível para manter uma adequada função mental.
            A Neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia-a-dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina.                                    
O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá “bom dia”, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo.                                                                                                                                     
“São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável”, explica Mariuza Pregnolato, psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, em matéria publicada no site: http://demodelando.wordpress.com/tag/neurociencia/ .
A finalidade da Neuróbica é oferecer ao cérebro experiências que fujam da rotina, com uma combinação de sentidos da visão, olfato, tato, paladar e audição, além das percepções de cunho emocional e social. Os exercícios da neuróbica buscam estimular o cérebro através dos cinco sentidos, buscando ativar o cérebro a formar associações em diferentes tipos de informações, dificultando uma área para promover a ativação de outras menos trabalhadas.
Algumas dicas para treinar:
Estimulando o cérebro através de exercícios que contrariem ações automáticas, obrigando-o a exercer um trabalho adicional.
1. Use o relógio de pulso no braço direito;
2. Ande pela casa de trás para frente;
3. Vista-se de olhos fechados;
4. Estimule o paladar, coma comidas diferentes;
5. Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em
     detalhes nos quais nunca tinha reparado;
6. Veja as horas num espelho;
7. Troque o mouse do computador de lado;
8. Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda – ou
     a direita, se for canhoto;
9. Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do
     habitual;
10. Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos,
       transformando-os em desafios para o seu cérebro;
11. Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame
       a atenção. Agora pense em 25 adjetivos que ache que
       descrevam a imagem ou o tema fotografado;
12. Quando for a um restaurante, tente identificar os   
  ingredientes que compõem o prato que escolheu e
  concentre-se nos sabores mais sutis. No final tire a     
  prova dos nove junto ao garçom ou chef.
13. Ao entrar numa sala onde estejam muitas pessoas, tente
       determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do
       lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala,
       feche os olhos e enumere-os;
14. Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase
       diferente utilizando as mesmas palavras;
15. Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer
       atividade que nunca tenha tentado antes.
16. Compre um quebra-cabeças e tente encaixar as peças
       corretas o mais rapidamente que conseguir,      
       cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se
       progrediu;
17. Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no
       supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize
       técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de
       produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os    
       métodos são válidos;
18. Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova
       todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas
       conversas que tiver;
19. Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar.
       Durante o dia escreva os pontos principais que se lembrar;
20. Ao ler uma palavra, pense em outras cinco que começam
        com a mesma letra;
21. A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça
       alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e
       estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever
       com a outra mão? 
            O cérebro e a memória dependem também de algumas outras condições que não devemos esquecer, tais como exercícios saudáveis, uma alimentação balanceada, evitar as situações estressantes, reduzir ou abolir os vícios como tabagismo e ingestão de bebidas alcoólicas, manter uma atitude positiva que aumente a autoestima para que a memória funcione de forma amplificada.


slrm.