A partir do momento que o ser humano
coloca os pés nessa terra, ou seja, abre seus pulmões para respirar o primeiro
sopro do ar da vida, começa sua luta interior que se resume numa palavrinha,
segurança.
Da necessidade de segurança surgem muitos
outros problemas de ordem psicológica e emocional, destacando-se aí o medo.
O útero materno é o acolhimento seguro. Após
o nascimento o colo da mãe e a amamentação transmitem parcialmente essa sensação
anterior.
Depois é se situar no mundo. Aprender conceitos,
socializar, desenvolver dentro de cada coletividade e suas expectativas, até
virar adulto. Esse adulto precisa estar integrado ao seu contexto, consciente e
“seguro”. Segurança, entretanto, é algo relativo, existe então uma segurança
desejada, sublimada (SUBLIMAÇÃO - Mecanismo de defesa pelo qual a
energia psíquica de tendências e impulsos inaceitáveis primitivos se transforma
e se dirige a metas socialmente aceitáveis, isto é, o inconsciente desloca
energia de certas tendências condenáveis ou inaceitáveis, para realizações
consideradas "superiores".), onde
o núcleo familiar, em primeira instância, representa esse desejo.
A vida não é um mar calmo e de fácil
navegação, consequentemente a segurança absoluta não existe. Os indivíduos
inseguros, com medo, acabam encontrando maiores dificuldades no ato de viver,
porque o medo (diria que ancestral) de perderem a “segurança”, parcialmente os
inibe para diversas situações, gerando ainda de contrapeso uma enorme ansiedade
com relação ao futuro.
Essa insegurança, ou a sensação de não se
sentir seguro, pode gerar uma ansiedade antecipatória enorme, cujas repercussões
na vida da pessoa variam de acordo com a
valoração que atribui a isso, e com a associação de outras circunstâncias que
contribuam para aumentar esse sentimento.
Então se você está inseguro (a) não
adianta se desesperar, pois a ansiedade somente aumenta mais esse sentimento. Como
alguém que não soubesse nadar e se atirasse ao mar, desejando com isso
aprender, muito provavelmente acabaria afogado (a).
Assim o importante é identificar a causa
do medo, da insegurança, do porque ela surge, quando surge, como surge e como
lhe afeta. Buscando fazer com que a mente, através do intelecto, conheça e
compreenda as situações que podem gerar tais sentimentos, como no caso do
nadador, é preciso aprender a nadar, primeiro no raso, antes de tentar águas
profundas.
Buscar o aconselhamento psicológico,
controlar a ansiedade excessiva, se preciso com medicação, estabelecendo metas
e percebendo acima de tudo, que mais importante que nadar contra uma correnteza
que pode leva-lo (a) a exaustão, é saber boiar e guardar energia para o momento
certo.
Você pode começar identificando em uma
lista aquilo que lhe traz medo e insegurança. Depois você pode colocar à frente
de cada situação como você enfrenta o
que é identificado, e, em outra coluna, o
que você acredita que causa esse sentimento. Em outra coluna você pode tentar
ver o que poderia colocar para fazer, que elimine ou minimize aquilo que
atualmente está sentido.
Isso já
é um bom começo e pode ser
auxiliado por profissionais da área da psicologia, terapia cognitivo comportamental,
bio-feed-back, neurolinguística, psicanalista, médico, homeopatia e terapeuta
natural- holístico.