sexta-feira, 29 de julho de 2011

NOVE DICAS PARA UNIR PAIS E FILHOS

Recebí de um amigo psicanalista, uma mensagem com essas dicas que constam do livro de Anderson Cavlcante, " O que realmente importa?", publicado pela editora Gente que considero bastante relevantes para o dia-dia de pais e filhos. Portanto aí vai:

9 DICAS PARA UNIR PAIS E FILHOS
1.       Esteja junto
Focar na criança o tempo que está em casa é primordial. “O filho é curioso e valorizará todos os seus ensinamentos”, descreve Colin Cooper. Para o médico, uma boa ideia é investir nesta área do relacionamento e levá-lo, por exemplo, para explorar a natureza e aprender sobre plantas e animais em primeira mão.
2.       Faça parceria com a mãe
É importante que pais e mães estejam em harmonia na conduta de criação dos filhos. Segundo a pediatra Maria Cristina Senna Duarte, chefe do CTI Pediátrico do Hospital da Lagoa (RJ), frequentemente o casal passa dupla mensagem no que estão ensinando. O velho “se você fizer isso, vou contar para o seu pai” deixa as crianças em conflito e não as aproxima da figura paterna.
3.       Valorize as brincadeiras física
De acordo com Cooper, descer ao nível do pequeno – sentado ou deitado no chão – proporciona momentos de relax em conjunto. Isso sem contar que as mães geralmente fogem de atividades mais “violentas”. “Tire proveito dessa oportunidade de criação de vínculos com uma boa e velha luta, jogos de bola e pega-pega”, escreve ele.
  4. Encaixe-o na agenda cotidiana
Levar a criança à escola durante a semana constrói um vínculo único. “Participar da vida acadêmica e saber o que está acontecendo no dia a dia dos filhos é tão importante quanto resolver problemas ou se divertir”.
4.       Abra espaço para atividades intelectuais
Contar histórias ou colorir livros são exercícios silenciosos e que exigem concentração. No “Guia do papai”, o autor afirma que tais atividades podem ser surpreendentemente relaxantes, assim como montar quebra-cabeças. Acima de tudo, as práticas também são úteis no desenvolvimento infantil.
5.       Repreenda com bom senso
O diálogo é fundamental, assim como os limites. “Bater nunca é aconselhável, nem proibir tudo o que ela deseja fazer. Isso desorienta, angustia e a impede de delimitar espaço. O pai deve impor os limites, com respeito e bom senso”.
6.       Diga “eu te amo”
“Este não é um assunto que deixa todos os papais confortáveis, tendo perdido esse sentimento ‘feminino’ no decorrer dos anos”, analisa Cooper em seu livro. O que ajuda é deixar qualquer inibição de lado e mostrar claramente que ama o filho, dizendo e fazendo disso um hábito durante toda a vida.
7.       Tenha momentos a sós
Conversas descontraídas, uma refeição diária em um local tranquilo, escolher uma receita e chamá-lo para ajudar na cozinha ou até mesmo levá-lo para abastecer o carro indicam a participação e a preocupação em estar presente. E os filhos sentem isso.
9. Confie
“Não é preciso ser um detetive do seu filho para saber informações sobre ele. Por que simplesmente não perguntamos e acreditamos na resposta?” Anderson Cavalcante, autor de “O que realmente importa?” (Editora Gente). Para ele, desenvolver uma relação de confiança constrói a amizade, verdade e respeito. “Não basta ser pai, impor regras, limites e decisões. Os pais devem criar afinidades com o seu filho e, ao mesmo tempo, entender pontos de vista diferentes”.
Coloquem em prática e curtam o resultado.
slrm.

domingo, 24 de julho de 2011

MULHERES SÃO MAIS SENSÍVEIS AOS EFEITOS DE BEIBIDAS ALCOÓLICAS.

Matéria publicada no site Ciência hoje, http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50103&op=all informa que estudos realizados pela revista Alcoholisme Clinical and Experimental Research, realizada pela Universidade da Califórnia /EUA, coordenada pela Dra. Suzan Tapert, professora de Psiquiatria da univrsidade, evidenciam que o uso de alcool na adolescência e população jovem, traz mais prejuízos á atividade cerebral em moças que em rapazes.
Confira abaixo o teor da matéria publicada, lembrando sempre que independente da pesquisa constatar maiores danos nas mulheres, a utilização rotineira de bebidas álcoolicas é deletéria ao organismo, levando a depêndencia química, cujo tratamento é complexo e de resultados não muito concretos na maioria dos casos. Portanto o ideal, principalmente para jovens, é não fazerem a iniciação em bebidas contendo álcool e caso já tenham feito, utilizá-la com moderação e buscar auxilio profissional competente tão logo perceba estar perdendo o controle.




Texto publicado:

FONTE : CIÊNCIA HOJE / 19JULHO/2011
Excesso de álcool é mais prejudicial para as raparigas
Danos neuronais podem provocar problemas de orientação
2011-07-18
Beber álcool em excesso, de uma só vez, pode danificar parte do cérebro que controla a memória e a percepção espacial dos adolescentes, revela um estudo publicado na revista “Alcoholism: Clinical and Experimental Research”.
Além disso, estes danos – que podem resultar em problemas ao conduzir, praticar desportos que exijam movimentos complexos, usar mapas ou no sentido de orientação - são maiores nas raparigas do que nos rapazes, visto que os seus cérebros desenvolvem-se mais cedo, comparativamente aos do sexo oposto.
O estudo foi realizado por investigadores de várias universidades americanas que fizeram testes neuro-psicológicos e de memória espacial a 95 adolescentes entre os 16 e os 19 anos.
Neste grupo, 40 dos voluntários - 27 rapazes e 13 raparigas – revelaram beber muito de uma só vez , sendo que, em média, os do sexo feminino consumiam mais de um litro e meio de cerveja ou quatro copos de vinho e os do sexo masculino bebiam mais de dois litros de cerveja ou uma garrafa de vinho.
Estes testes foram ainda repetidos com 31 rapazes e 24 raparigas que não bebiam em grandes quantidades, para que os resultados pudessem ser então comparados.
Os investigadores recorreram a aparelhos de ressonância magnética e constataram assim que as adolescentes que bebiam em excesso tinham menos actividade em várias áreas do cérebro do que as que não bebiam, durante o mesmo teste de percepção espacial.
Para Susan Tapert, professora de psiquiatria na Universidade da Califórnia e líder do estudo, estas diferenças na actividade cerebral podem afectar negativamente outras funções, como a concentração e o tipo de memória a que se recorre para fazer cálculos, o que também influencia o pensamento lógico e a capacidade de raciocínio.
Já os jovens rapazes não parecem ter sido afectados da mesma forma, de acordo com Tapert. "Os adolescentes que bebiam demais mostraram alguma anormalidade, mas menos, em comparação com os rapazes que não bebiam”, explicou a investigadora, acrescentando que “o sexo feminino é particularmente vulnerável aos efeitos negativos do excesso de álcool".

MÁ HIGIENE BUCAL CAUSA ATRASO NA FERTILIZAÇÃO DA MULHER, DIZ ESTUDO DA UNIVERSIDADE DO OESTE DA AUSTRÁLIA.

A higiene bucal é a primeira recmendação que o profissinal de odontologia faz ao seu paciente para conscientizá-lo da sua importância na prevnção da maioria das doenças que afetam a cavidade oral. Os cuidados com a higiene oral iniciam-se já em tenra idade quando incia-se a erupção dos primeiros dentinhos do bebê. Esse cuidado com a saúde da boca, que é a porta de entrada do organismo, extende-se por toda a vida da pessoa, sendo proporcionalmente direto o cuidado exercido e a qualidade de sua saúde oral e a preservação dos elementos dentários.
Estudo publicado pela Universidade do oeste da Austrália, demonstra que uma higiene bucal precária é perniciosa á feritilidade da mulher, tanto quanto a obesidade e pode retardar o princípio de fertilização em até dois meses.
Sobre esse assunto, o Dr. Mario Giorgi publicou no site http://solucoesemodontologia.com.br/category/atualidades-em-odontologia, uma análise sobre a pesquisa realizada, que vale conferir. Abaixo reproduzimos o texto integral.

11/07/2011 — admin
Um estudo da Austrália sugere que problemas de saúde bucal podem afetar a fertilidade feminina.
 A pesquisa da Universidade do Oeste da Austrália indica que uma higiene bucal precária é tão ruim para a fertilidade de uma mulher quanto a obesidade, fazendo com que elas demorem em média dois meses a mais para engravidar.
Os cientistas apresentaram a pesquisa em uma conferência sobre fertilidade na Suécia. Segundo os pesquisadores, mulheres com gengivas doentes precisaram de sete meses para conceber, comparados com o prazo considerado normal, de cinco meses.
De acordo com os pesquisadores, a causa pode estar ligada à doença periodontal, caracterizada por inflamação na gengiva. Se esta não for tratada, poderá desencadear uma série de reações capazes de prejudicar o funcionamento normal do corpo.
A doença periodontal já foi ligada a doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e aborto, além de baixa qualidade do esperma em homens.
“Até agora não existiam estudos publicados que investigavam se a doença nas gengivas pode afetar as chances de uma mulher conceber. Este é o primeiro relatório que sugere que a doença na gengiva pode ser um dos vários fatores a serem modificados para a mulher elevar as chances de uma gravidez”, afirmou Roger Hart, professor líder da pesquisa.
INFLAMAÇÃO
O estudo da Universidade do Oeste da Austrália contou com a participação de mais de 3.500 mulheres.
Aquelas com problemas de gengiva apresentaram níveis elevados de marcadores para inflamação no sangue.
De acordo com o líder da pesquisa, Roger Hart, mulheres que estão tentando ter um filho agora precisam passar antes no dentista além de parar de fumar, beber, manter um peso saudável e tomar suplementos de ácido fólico.
“É bom senso aconselhar a mulher a ter certeza de que está saudável se ela quer tentar ter um filho”, disse o especialista britânico em fertilidade Allan Pacey.
É importantíssimo os cuidados com a higiene oral
CUIDE-SE
Dr. Mario Giorgi
NÃO DEIXE DE CONSULTAR O SEU CIRURGIÃO-DENTISTA.
SLRM.

O QUE É ODONTOHEBIATRIA?

           O site http://solucoesemodontologia.com.br/ publicou no dia 21 de julho de 2011, matéria da Dra. Jussara Giorgi, sobre o tema: "o que é odontohebiatria", onde ela busca informar aos leitores o siginificado da palavra odontohebiatria, que é o atendimento odontológico voltado para os adolescentes, na faixa entre 10 e vinte anos de idade.
         Aborda a necessidade de uma atenção odontógica diferenciada para o adolescente que apresenta caracterísitcas especiais dessa etapa de desenvolvimento que merecem especial atenção do Cirugião-Dentista.
slrm
        Veja abaixo a reprodução do texto conforme publicado:
Você sabe o que é odontohebiatria?
21/07/2011 — Dra. Jussara Giorgi
É a Odontologia voltada para o adolescente
A adolescência é um período de profundas transformações, quando são revistos e consolidados valores e atitudes, requerendo, portanto, atenção e linguagem especiais. Nesse momento, geralmente o jovem se sente adulto e se entristece quando é tratado como criança. Ao mesmo tempo, fica angustiado quando se sente criança e lhe são exigidos comportamentos adultos. A palavra hebe, em grego, significa juventude. Em razão disso, a “hebiatria” destina-se ao estudo da juventude. Portanto a odontohebiatria direciona e insere o adolescente, na faixa etária de 10 a 20 anos de idade, num programa educativo preventivo e curativo, enfocando, quando necessário, os aspectos estético e cosmético tão valorizados nessa fase, levando em consideração que o direcionamento e o apoio nessa etapa são inestimáveis, pois estaremos contribuindo para a formação de uma geração saudável no conceito mais amplo da palavra. A odontologia voltada para o adolescente requer algo mais que técnico-científico, uma vez que se ocupa de um indivíduo passando por intensas modificações biológicas, psicológicas e sociais. Temos que desenvolver uma linguagem específica e um tratamento adequado aos seus anseios. Devem-se respeitar suas necessidades específicas em relação à própria linguagem e modificações comportamentais, estimulando um modelo de promoção da saúde associado à valorização do sorriso em saúde pública.
  Quando realizo o exame  clínico verifico se o paciente apresenta sintomas como: erosão dental, aumento do índice de cárie, inflamação da mucosa, rachaduras nos cantos da boca, ranger de dentes, pouca saliva, entre outros.

Estes sinais odontológicos sozinhos não são suficientes para indicar a ocorrência dos transtornos. Assim, os jovens também passam por uma anamnese mais detalhada, pois também como sou Cirurgiã dentista homeopata faço perguntas para que eu conheça melhor seus hábitos alimentares, sua auto-estima, vaidade, perfeccionismo e outros fatores ligados aos transtornos. Os pacientes com indicativos de transtornos alimentares são encaminhados a nutricionista, realizando assim um tratamento multidisciplinar.
 Dra. Jussara Jorge Giorgi

          

TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS, SINDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL EM PACIENTES COM ASMA - ESTUDO.

 O site Medical service, publicou em 21 de junho de 2011, notícia que refere a estudo realizado  de Role of Psychiatric Disorders and irritabele bowel syndrome in asthma patients - clinics/2001/66:591-597, em que estabelece uma correlação entre a possibilidade de pacientes asmáticos,com síndrome do intestino irritável estarem mais sujeitos a apresentarem transtornos psiquiátricos.
O estudo que avaliou 101 pacientes com asma bronquica e 67 pacientes saudáveis, concluiu que tanto a síndrome do intestino irritável quanto transtornos psiquiátricos foram mais comumns em indivíduos portadores de asma bronquica que nos saudáveis.
 Os pesquisadores alertam para a atenção dos clínicos com referencia a associação dessas comorbidades (intestino irritável e transtornos psiquiátricos) com a asma bronquica como fator relevante a prejuízo funcional aditivo.
fonte:


SLRM.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

PESQUISA MOSTRA AÇÃO DELETÉRIA DE RESÍDUO DE CHUMBO RETIDO NO ORGANISMO DE POLICIAIS VÍTIMAS DE CONFRONTO.

EFEITOS DOS RESÍDUOS DE CHUMBO NO CORPO HUMANO – PESQUISA.

                Em pesquisa interessante publicada em 13 de junho de 2011 no site da FIOCRUZ
(http://www.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=template%5Ffiocruz&infoid=5998&sid=112 ), relata-se a condição de risco á saúde que correm, no caso, policiais militares, e também outros, assim como civis, quando por serem alvejados em confrontos com marginais, mantêm em seu organismo resíduos de chumbo; e a correlação entre a localização desses projéteis e o nível de vascularização da área atingida.
         O trabalho foi apresentado por  Marcio Luís Soares Bezerra, em sua dissertação de mestrado em Saúde Pública na ENSP/FIOCRUZ.  O trabalho, que tem como tema A exposição ao chumbo de militares alvejados por arma de fogo e foi orientado pela pesquisadora Maria de Fátima Ramos Moreira e pelo professor Eduardo Borba Neves, mostra a correlação entre a localização dos projéteis nos corpos dos policiais e os níveis de vascularização das regiões atingidas, cujos efeitos no organismo podem causar também aumentos significativos nos sintomas neurológicos dos expostos.
         O chumbo é um dos elementos mais comuns no meio ambiente, principalmente por conta das inúmeras atividades industriais que favorecem a sua distribuição, podendo penetrar no organismo por meio da inalação, ingestão e por via dérmica. Os efeitos tóxicos deste metal sobre os homens e animais afetam praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo, ocasionando a hiperatividade, perda da coordenação motora ou de memória, entre outros. 'A exposição excessiva e prolongada ao chumbo pode levar a doenças renais progressivas e irreversíveis', alerta o pesquisador em sua dissertação.(*)
         De acordo com a pesquisa, o constituinte metálico de munições e granadas militares é basicamente o chumbo, uma vez que suas propriedades - dentre as quais a ductilidade e a fácil associação com outros minerais polimetálicos, como zinco, cobre e ferro - permitem melhor desempenho mecânico e físico do produto final. 'Sujeitos alvejados por munição de arma de fogo e que possuem projétil ou fragmentos alojados em seus corpos apresentam uma fonte endógena de chumbo. Já policiais militares que frequentemente passam por situações de fogo cruzado estão mais suscetíveis a serem alvejados e, dependendo da situação, acabam permanecendo com projéteis alojados nos seus organismos', destaca Marcio Luís Soares Bezerra.
         Com o apoio da Diretoria Geral de Saúde (DGS) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), o estudo comparou os níveis de chumbo no sangue de 15 policiais alvejados por armas de fogo com um grupo controle, formado por aqueles que não relataram contato ocupacional ou acidental com o metal. Através de questionário de pesquisa e análise biológica de materiais, a pesquisa atenta para a principal medida a ser tomada no caso de policiais com munição e/ou fragmentos alojados em seus corpos, ou seja, a retirada destes, uma vez que esta permanência pode prejudicar os diversos sistemas do corpo, especialmente o neurológico.(*)
         O autor formula equações que predizem a quantidade de chumbo que pode ser mensurada em exame de sangue dos policiais atingidos por disparos de arma de fogo e com resíduos no interior do organismo, recomendando mais estudos sobre o assunto, já que pode concluir que a contaminação por chumbo é uma realidade no ambiente de trabalho desses profissionais, tanto quanto de outros profissionais da área de Segurança Pública.
         Alerta para os riscos potenciais do Chumbo no organismo e incentiva ações de saúde que venham a prevenir ou reduzir os fatores de contaminação por esse metal, contribuindo para a preservação da saúde e qualidade de vida nos quadros policiais, além de reduzir os custos relativos ao tratamento daqueles afetados.
Fonte: FIOCRUZ, Publicação de 13 de junho de 2011.
ENSP, publicada em 10/06/2011 - Isabela Martins .
NOTA:
  1. Os grifos e a formatação atual do texto é de minha autoria, procurando manter fidelidade ao publicado em seu aspecto mais relevante.
  2. Considero extremamente relevante esse trabalho tendo em vista que as conseqüências de intoxicação por chumbo são bastante graves, especialmente no que corresponde a sua ação deletéria sobre o sistema nervoso, podendo levar o indivíduo ao total absenteísmo no trabalho e a altos custo de tratamento no sistema público de saúde.
  3. Como homeopata não poderia deixar de relatar aqui importantes estudos e pesquisas feitas sobre a patogenesia do chumbo, conhecido na homeopatia como “Plumbum metallicum” e que juntamente com outros medicamentos como:  “cobaltum” e o “Cuprum metallicum” podem prestar grande auxílio aos indivíduos que estejam sofrendo ação tóxica desse elemento, por incorporação de fragmentos no organismo, ou exposição permanente.
Slrm.

USO DE TINTURA DE CABELO E ALISANTES, NO PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO PODE AUMENTAR O RISCO DE LEUCEMIA EM LACTENTE.

    Pesquisa importante e pioneira no Brasil, revela o risco que a mães correm ao utilizarem colorantes para os cabelos e alisantes durante os primeiros meses de gravidez, o que pode levar ao aumento de risco de leucemia em seus filhos na primeira infância. A pequisa foi realizada pela Fiocruz com a colaboração do Instituto Nacional do Câncer - INCA e da Escola Nacional de saúde Pública - ENSP, sendo dissertação de Mestrado do Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da ENSP, e seu autor, o biólogo Arnaldo Couto,  foi  premiado pela Sociedade Brasileira de Cosmetologia -SBC, durante o XVII Congresso Brasileiro de Toxicologia, realizado em Ribeirão Preto/SP, como o melhor estudo na área de Cosmetotoxicologia. 
     Veja abaixo, com formatção desse autor,  uma resenha do trabalho publicado no site da FIOCRUZ, em 13 de julho de 2011.

O USO DE TINTURA DE CABELO E ALISANTES DURANTE O PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO E O AUMENTO DO RISCO DE DESENVOLVER LEUCEMIA EM LACTENTE.

O biólogo Arnaldo Couto, Em sua dissertação de mestrado no Programa de Saúde Pública e Meio Ambiente da Escola Nacional de Saúde PublicaENSP, em conjunto com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, analisou uma possível associação entre o uso de produtos de tintura e alisamento de cabelo durante a gravidez e o desenvolvimento de leucemia aguda em menores de dois anos.
O estudo revelou evidências sugestivas entre a relação do uso de produtos de tintura e alisamento de cabelo durante a gravidez  em seu período inicial e o desenvolvimento de leucemia aguda em lactente, com uma estimativa de risco duas a três vezes mais elevada em gestantes que se expuseram àqueles cosméticos durante o 1º e 2º trimestres da gravidez.
Exposição parental à tinturas e produtos de alisamento de cabelo e leucemias agudas em lactentes foi o título da dissertação, premiada pela Sociedade Brasileira de Cosmetologia como o melhor estudo na área de Cosmetotoxicologia, durante o XVII Congresso Brasileiro de Toxicologia realizado em Ribeirão Preto/SP. O estudo foi orientado pelo pesquisador da ENSP e coordenador da Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente (SPMA), Sergio Koifman, e pela pesquisadora do Instituto Nacional do Câncer Maria do Socorro Pombo-de-Oliveira. Também contou também com a colaboração acadêmica de Jeniffer Dantas Ferreira e Ana Cristina Rosa, ambas alunas do doutorado em SPMA da ENSP.
A dissertação é um estudo de caso-controle de base hospitalar, realizado em nível nacional, que recrutou os casos e controles de todas as regiões do Brasil, exceto a região Norte. Os participantes foram constituídos por crianças menores de 2 anos, tendo os casos o diagnóstico de leucemia aguda estabelecido pelos métodos morfológico, imunofenotípico e moleculares; e os controles foram selecionados entre crianças hospitalizadas nas mesmas regiões de proveniência dos casos, tendo a mesma faixa etária e em tratamento para doenças não neoplásicas. (*) Em relação às mães dos casos e controles, estas foram entrevistadas, obtendo-se informações padronizadas sobre o perfil socioeconômico da família, história ocupacional dos pais e hábitos de vida e de saúde da família, incluindo a exposição à tinturas/alisamentos de cabelo no período preconcepcional, na gestação e durante a lactação.
Estudos de efeitos tóxicos de tinturas são realizados no mundo inteiro, com resultados contraditórios, mas esse estudo feito com crianças torna-se pioneiro por analisar a exposição de leucemias em lactantes, especialmente quando ocorre durante os primeiros meses de gestação. Pesquisas anteriores, dede os anos 70, eram realizadas com pessoas de mais idade, quando surgiam os cabelos brancos, o que difere muito da atualidade quando o uso de produtos para coloração de cabelos inicia-se de forma precoce já mesmo na adolescência.
De acordo com Arnaldo Couto, foram realizadas análises três meses antes da gravidez, durante a própria gestação, que foi dividida em três trimestres, e três meses após o parto. Além disso, os dois principais tipos de leucemias na infância são: a leucemia linfóide aguda (LLA) e a leucemia mielóide aguda (LMA), sendo a LLA a mais frequente (75% dos casos pediátricos).
O dados encontrados foram significativos, demonstrando um aumento na estimativa de risco durante o primeiro trimestre da gestação, em torno de 70% . para a Leucemia Linfóide Aguda – LLA foi constatado um aumento da estimativa de risco de 80%, para mães que confirmaram o uso de tinturas e alisantes de cabelos durante o primeiro e o segundo trimestre da gravidez.
A relação desses produtos no caso dos lactantes (crianças amamentando), observou-se um aumento do risco de Leucemia Mielóide Aguda – LMA,  2,59 vezes maior, para mulheres que fizeram uso desses produtos para cabelos.
Ainda segundo Arnaldo, que atualmente é aluno de doutorado do Programa de Saúde Publica e Meio Ambiente da ENSP, o estudo analisou as marcas comerciais de produtos para tintura de cabelo e realizou uma estimativa do risco a partir dos compostos químicos neles presentes. "Observamos uma diversidade de produtos, com cerca de 150 compostos diferentes nas tinturas. Destes, aproximadamente 32 apresentaram aumento na estimativa de risco." (*) Por conta disso, o trabalho alerta para uma maior fiscalização dos órgãos de vigilância sobre esses produtos cosméticos.  (*)
O trabalho conclui a importância do órgãos de fiscalização e controle de cosméticos ficarem atentos aos produtos do mercado, bem como de alertarem a população para a composição dos mesmos, ressaltando a possibilidade aumentada de ocorrência de leucemia no lactente quando as mães são expostas á toxidade desses produtos. O trabalho sugere ainda que haja um aumento na estimativa de risco, e isso revela a importância das agências reguladoras verificarem a composição química dos produtos, já que algumas substâncias presentes já são definidas como cancerígenas. Esses fatos necessitam ser claramente explicados para a sociedade."
(*) Os grifos do texto foram por nós adicionados.
Fonte:
ENSP, publicada em 13/07/2011
Filipe Leonel
Fiocruz : http://www.fiocruz.br/   

quarta-feira, 20 de julho de 2011

ÚLTIMO DIA PARA A VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO

HOJE, 21 DE JULHO DE 2011, É O ÚLTIMO DIA DA VACINAÇÃO CONTRA O SARAMPO. SE VOCÊ TEM FILHOS NAS IDADES DE UM A SETE ANOS, E AINDA NÃO VACINOU, PROCURE O POSTO DE SAÚDE MAIS PRÓXIMO. O SARAMPO É UMA DOENÇA INFECTO CONTAGIOSA DE ORIGEM VIRAL, ATINGE PRINCIPALMENTE CRIANÇAS . OS SINTOMAS DESSA DOENÇA SÃO FEBRE, MANCAHS VERMELHAS NO CORPO, BOLINHAS BRANCAS NA BOCA E CONJUNTIVITE. QUANDO O SARAMPO SE AGRAVA PODE LEVAR Á PNEUMONIA   E ATÉ A INFLAMAÇÃO DAS MEMBRANAS CEREBRAIS, PODENDO SER INCLUSIVE LETAL.
A VACINAÇÃO PREVINE CONTRA A DOENÇA E SALVA VIDAS.
SLRM.

Bullying. Você já praticou? - REDE AMIGO ESPÍRITA

Bullying. Você já praticou? - REDE AMIGO ESPÍRITA

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESTUDOS MÉDICOS COLOCAM EM DÚVIDA A EFICÁCIA DE NEUROLÉPTICOS E ANTIDEPRESSIVOS NO TRATAMENTO DE DEMÊNCIA.

Neuroléticos e antidepressivos colocados em dúvida no tratamento de demência
Fonte: jornal de Notícias / Portugal – 19/julho/2011
Dois estudos distintos publicados em revistas médicas britânicas colocam em causa a utilização dos neuroléticos e anti depressivos no tratamento dos doentes de demência, foi revelado numa conferência internacional, em Paris, sobre a doença de Alzheimer.
Sube Banerjee, do King"s College de Londres, autor em 2009 de um relatório sobre a utilização abusiva dos anti psicóticos (neurolépticos) na doença de Alzheimer, revela que dois anti depressivos (os mais prescritos para doentes afectados de demência) não trazem benefícios, pelo contrário, provocam efeitos secundários.
Para este estudo, publicado pela revista "The Lancet", Banerjee recrutou pacientes britânicos com uma provável doença de Alzheimer e que sofriam de uma depressão, no total de uma centena.
Os mesmos foram repartidos em três grupos, dois dos quais medicados com um anti depressivo (sertralina ou mirtazepina) e o terceiro com um placebo (sem princípio activo).
Os investigadores não encontraram diferenças na redução da depressão ao fim de três meses de experiência nos diferentes grupos. Em contrapartida, os doentes medicados com um anti depressivo apresentaram desvantagens de efeitos secundários relativamente aos que tomaram o placebo.
"As duas classes de anti depressivos - os mais prescritos para a depressão derivada da doença de Alzheimer - não são mais eficientes do que um placebo", concluem os investigadores citados no artigo. "Os médicos deverão repensar o tratamento dos doentes com Alzheimer e reconsiderar os seus hábitos de prescrição de antidepressivos", acrescentam.
Um outro estudo, publicado em paralelo pelo "British Medical Jounal", demonstra, por seu turno, que os analgésicos como o paracetamol podem ter resultados mais positivos que os neuroléticos para aclamar a agitação dos doentes com demência.
A agitação e a agressividade são os sintomas mais frequentes das formas avançadas de demência, como a doença de Alzheimer. Os comportamentos perturbantes são tratados habitualmente com neuroleticos.
Este estudo foi elaborado por investigadores britânicos do King's College e noruegueses num universo de 352 doentes noruegueses acometidos de doença moderada ou severa.
A maioria dos doentes sujeitos ao estudo continua a tomar a sua medicação normal, que inclui os neuroléticos e os anti depressivos. Os restantes estão a ser tratados, em 70% dos casos, com paracetamol, 20% com buprenorfiva (um substituto químico da heroína) e os restantes 10% com analgésicos com base na morfina.
De acordo com o estudo, os investigadores verificaram uma "significativa redução" da agitação ao fim de oito semanas de tratamento no segundo grupo em relação ao primeiro.
Os cientistas sublinham que o alívio da dor, dificilmente exprimida pelos doentes de demência, pode ter um papel relevante no tratamento da agitação e permite reduzir a prescrição inútil de neuroléticos

sábado, 9 de julho de 2011

COQUELUCHE: A DOENÇA ESTÁ VOLTANDO?


         O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América, divulgou recentemente nota sobre o aumento significativo de casos, naquele país, de Coqueluche (B. Pertussis), afetando principalmente crianças menores de três anos e que não hajam recebido a vacinação dTpa.
         A Coqueluche é uma doença infecciosa altamente contagiosa que atinge o trato respiratório causando intensa bronquite. Tem como agentes etiológicos bactérias chamadas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis. As queixas iniciais são de sintomas semelhantes aos do resfriado comum: febre moderada, coriza, espirros e tosse irritativa. A tosse evolui em aproximadamente duas semanas para um estado paroxístico, com espasmos de tosse que podem se repetir sem inalação em até vinte a trinta tossidas, seguida de ruído inspiratório (guincho). A face pode tornar-se pletórica (avermelhada) ou cianótica (azulada), podendo levar a criança a uma perda momentânea de consciência após uma crise de tosse. Pode ocorrer vômito e grande produção de muco.
         A infecção é disseminada pelo ar por meio de gotículas respiratórias (fomites) de uma pessoa infectada. O homem é o único hospedeiro da Bordetella pertussis ou da Bordetella parapertussis.
O período de incubação é de 6 a 21 dias. As complicações mais frequentes incluem: convulsões, pneumonias, encefalopatias e morte. A taxa de mortalidade é mais elevada até o segundo mês de vida diminuindo gradativamente até um ano de idade.
         Os estudos demonstram a efetividade da vacina dTpa na ocasião de um surto e sugerem que a mesma oferece efetiva proteção contra a doença, recomendando utilização da vacina em hospitais, postos de saúde, em puérperas (mulheres grávidas) e em contatos próximo a recém nascidos.
         O texto foi publicado no site médico Medical Service, em 14 de junho de 2011 e vale conferí-lo  abaixo:
Coqueluche: uma doença que vem aumentando sua incidência e uma vacina efetiva para o controle de surtos.
São Paulo, 14 de Junho de 2011
No último dia 9 de julho, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos publicou um relatório no qual estabelece que o número de casos de coqueluche (pertussis) reportados ao Departamento de Saúde Pública da Califórnia (CDPH) aumentou substancialmente em 2010. O aumento dos casos foi observado pela primeira vez no final de março entre os pacientes que deram entrada num hospital pediátrico. Entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2010, foram reportados um total de 1.337 casos, o que representa um aumento de 418% em relação aos 258 casos reportados durante o mesmo período em 2009. Todos os casos preencheram as definições de casos confirmados ou prováveis de coqueluche ou doença com tosse aguda e a detecção de ácido nucleico específico de Bordetella pertussis em amostras nasofaríngeas por PCR (reação de polimerase em cadeia) estabelecidas pelo Conselho de Epidemiologistas Estaduais e Territoriais.
Durante o período que vai de janeiro a junho na Califórnia, a incidência de coqueluche foi de 3,4 casos para cada 100.000 habitantes. As taxas por estados oscilaram de 0 a 76,9 casos por 100.000 habitantes (média: 2,0 casos). Por grupo etário, a incidência foi mais alta (38,5 casos por 100.000 habitantes) entre as crianças menores de 1 ano de idade; 89% dos casos correspondiam a lactentes menores de 6 meses de idade, que são muito pequenos para estar completamente imunizados. A incidência entre crianças e adolescentes de 7 a 9 e de 10 a 18 anos de idade foi de 10,1 casos e 9,3 casos por 100.000 habitantes, respectivamente.
Dos 634 casos reportados com dados disponíveis, 105 (16,6%) pacientes foram hospitalizados, dos quais 66 (62,9%) eram menores de 3 meses de idade. A incidência entre os lactentes hispânicos (49,8 casos por 100.000 habitantes) foi maior do que em outros grupos étnicos. Foram registrados cinco óbitos, todos correspondentes a lactentes hispânicos menores de 2 meses de idade previamente saudáveis e nenhum tinha recebido vacinas com componente pertussis.
A incidência de coqueluche é cíclica, com picos que se apresentam a cada 3 e 5 anos nos Estados Unidos. O último pico foi no ano 2005, quando foram reportados aproximadamente 25.000 casos a nível nacional e aproximadamente 3.000 casos na Califórnia, incluindo oito mortes em crianças menores de 3 meses. Se as taxas da primeira metade do ano persistem ao longo de 2010, a Califórnia teria a sua maior taxa anual de coqueluche notificada desde 1963, e o maior número de casos reportados desde 1958.
O CDPH está tratando de prevenir a transmissão da coqueluche aos lactentes vulneráveis mediante a difusão de material educativo e guias clínicos, a conscientização da sociedade e o oferecimento da vacinação gratuita contra difteria, tétano e coqueluche com a vacina tríplice bacteriana acelular (dTpa) em hospitais, maternidades e em departamentos locais de saúde para incentivar a vacinação das puérperas e os contatos próximos dos recém nascidos.
Em junho de 2010, Wei e colaboradores publicaram um trabalho no qual estudaram um surto de coqueluche ocorrido entre 30 de setembro e 19 de dezembro de 2007 na décima segunda série de uma escola em St. Croix, Ilhas Virgens - EUA. Neste trabalho, foram examinados todos os estudantes com tosse e foram coletados seus históricos clínicos e feito um registro daqueles que tinham recebido a vacina dTpa. Foi feita uma prova diagnóstica naqueles estudantes com tosse. Foi definido como caso clínico, estudantes com tosse de 14 ou mais dias de duração, paroxismos ou vômitos pós tosse, e definiu-se como caso confirmado, estudantes com qualquer tipo de tosse com o isolamento de Bordetella pertussis ou aqueles casos clínicos com PCR ou sorologia positiva para pertussis; outros casos clínicos foram definidos como prováveis.
Os resultados do estudo mostraram 51 casos confirmados ou prováveis entre os 499 alunos (taxa de ataque de 10%). A doença se agrupou nas séries com estudantes de 6 a 12 anos de idade, com um pico na taxa de ataque de 38% entre os estudantes de 10 anos de idade. De 266 estudantes com 11 anos ou mais, com dados completos, somente 31 (12%) tinham recebido a vacina dTpa. Quarenta e um estudantes não vacinados (18%) tinham coqueluche confirmada ou provável, em comparação com 2 (6%) dos estudantes vacinados (risco relativo de 2,9); a efetividade da vacina foi de 65,6% (intervalo de confiança de 95% - 35,8% ao 91,3%; P=0,092).
Esta avaliação da efetividade da vacina dTpa na ocasião de um surto sugere que esta vacina proporciona proteção contra a coqueluche. Também demonstra a importância de aumentar as coberturas de vacinação e destaca que as provas sorológicas são um instrumento importante para a identificação de casos e sua inclusão deve ser considerada para a definição de caso por parte do Conselho de Epidemiologistas Estaduais e Territoriais.
Uma resenha de Notes from the Field: Pertussis - Morbidity and Mortality Weekly Report – CDC; July 9, 2010 / 59(26);817

ESTRESSE EMOCIONAL EM MULHERES COM PROBLEMAS DE INFERTILIDADE.

        O estudo abaixo refere-se ao resultado de uma pesquisa com 3.583 muheres inférteis, submetidas a um ciclo de tratamento, baseados em dados pulbicados num período de  vinte e cinco anos - 1985 a 2010, publicado no site Medical Service, com data de 30 março de 2011 e comentários da Dra. Maria Cristina Bechelany Dutra, Psiquiatra, Mestre em Psicologia Social, preceptora da residência de psiquiatria do Hospital de Ensino Instituto Raul Soares/FHEMIG, Belo Horizonte.
        os grifos no texto são de nossa autoria, nos aspectos que consideramos importantes como resultado conclusivo do trabalho realizado.
vide texto:


30-03-2011 - Estresse emocional em mulheres inférteis e falha nas tecnologias de reprodução assistida: meta-análise de estudos psicossociais prospectivos.
Emotional distress in infertile women and failure of assisted reproductive technologies: meta-analysis of prospective psychosocial studies. Boivin J, Griffiths E, Venetis CA. BMJ. 2011 Feb 23;342:d223.
Objetivo: Examinar se o estresse emocional pré-tratamento em mulheres submetidas a procedimentos de reprodução assistida está associado ao alcance de gestação após um ciclo.
 Desenho: Meta-análise de estudos psicossociais prospectivos.
Fontes de dados: PubMed, Medline, Embase, PsycINFO, PsychNET, ISI Web of Knowledge e ISI Web of Science foram pesquisadas por artigos publicados de 1985 a março de 2010 (inclusive). Também foram pesquisadas as listas de referência e 29 autores foram contatados. Os estudos elegíveis foram estudos prospectivos que relataram a avaliação da associação entre estresse emocional pré-tratamento (ansiedade ou depressão) e gravidez em mulheres submetidas a um único ciclo de tecnologia de reprodução assistida. Métodos de revisão: dois autores avaliaram de forma independente a elegibilidade e a qualidade dos estudos (usando critérios adaptados da escala de qualidade Newcastle-Ottawa) e extraíram os dados. Os autores contribuíram com dados adicionais não incluídos na publicação original.
Resultados: Quatorze estudos com 3.583 mulheres inférteis submetidas a um ciclo de tratamento foram incluídos na meta-análise. A magnitude do efeito usada foi a diferença média padronizada (ajustada para o tamanho da amostra) na depressão ou ansiedade pré-tratamento (prioridade na ansiedade, quando as duas fossem mensuradas) entre mulheres que alcançaram gestação (definida como teste de gravidez positivo, identificação de batimento cardíaco fetal ou nascido vivo) e aquelas que não engravidaram. O estresse emocional pré-tratamento não se associou aos desfechos após um ciclo de tecnologia de reprodução assistida (diferença média padronizada -0,04, IC 95% -0,11 a 0,03 [modelo de efeitos fixos]; heterogeneidade 14%, P = 0,30). Análises de subgrupos de acordo com a experiência prévia de tecnologia de reprodução assistida, composição do grupo sem gestação e tempo de avaliação emocional não foram significativas. A magnitude do efeito não variou de acordo com a qualidade do estudo, mas uma análise de subgrupo significativa no momento do teste de gravidez indicou a presença de viés de publicação moderado.
Conclusões: Os achados dessa meta-análise devem ser transmitidos às mulheres e médicos, informando que o estresse emocional causado pelos problemas de fertilidade ou outros eventos da vida, concomitantes ao tratamento, não irá comprometer a chance de gravidez.
(grifos nossos).
Comentários
Maria Cristina Bechelany Dutra
Psiquiatra, mestre em psicologia social, preceptora da residência de psiquiatria do Hospital de Ensino Instituto Raul Soares/FHEMIG, Belo Horizonte.

Este artigo trata de tema de grande interesse: as relações entre infertilidade, reprodução assistida e estresse emocional. Trata-se de tema cercado de muitas crenças e tabus e uma das crenças mais comuns é a idéia de que o estresse emocional e a ansiedade podem ser extremamente prejudiciais para os casais que desejam engravidar, sobretudo quando se trata de reprodução assistida. Histórias de casais que engravidam justamente quando desistem de ter filhos, depois de várias tentativas de fertilização in vitro frustradas, são “frequentes”. Mas o estudo científico, como sabemos, não pode se basear no senso comum e nem aceitá-lo sem questionamento. E esse artigo é um claro exemplo disto. Como demonstrado, contrariamente ao que se pensava, os fatores ansiedade e estresse emocional, relacionados ou não à infertilidade, parecem não interferir nas chances de gravidez durante a reprodução assistida.
Um dos estudos que corrobora esta conclusão é o estudo de Lovely et als(1). Estes autores demonstraram que marcadores bioquímicos relacionados ao estresse falharam em demonstrar um efeito deletério do estresse no resultado de gravidez em mulheres que se submeteram à reprodução assistida. Além disso, demonstraram também que medidas subjetivas de estresse não diferiram entre as mulheres que conseguiram engravidar e aquelas que não conseguiram.
Clinicamente, um casal só é considerado infértil após no mínimo um ano de tentativas de gravidez, sem sucesso, evidentemente sem utilizar nenhum método contraceptivo. Segundo estudo realizado na Dinamarca(2), ainda é escasso o conhecimento sobre a prevalência da infertilidade e são poucos os estudos longitudinais que versam sobre as consequências psicossociais da infertilidade e seu tratamento. Entretanto, sabe-se que, se as taxas de estresse não alteram o sucesso do tratamento contra a infertilidade como demonstrado anteriormente, certamente o estresse pode se manifestar durante o período de constatação da infertilidade e o seu tratamento. Segundo Wichman et als(3), sintomas depressivos, estados de ansiedade, angústia relacionada à infertilidade e estresse geral são bastante comuns nas mulheres que estão se preparando para ser submetidas ao tratamento da infertilidade, sendo portanto fundamental o desenvolvimento de intervenções psicossociais que possam ser indicadas nestas situações.
Referência
1. Lovely LP, Meyer WR, Ekstrom RD, Golden RN. Effect of stress on pregnancy outcome among women undergoing assisted reproduction procedures. South Med J. 2003 Jun;96(6):548-51.
2. Schmidt L. Infertility and assisted reproduction in Denmark. Epidemiology and psychosocial consequences. Dan Med Bull. 2006 Nov;53(4):390-417.
3. Wichman CL, Ehlers SL, Wichman SE, Weaver AL, Coddington C. Comparison of multiple psychological distress measures between men and women preparing for in vitro fertilization. Fertil Steril. 2011 Feb;95(2):717-21.


DEAMBULÇÃO MELHORA OS RISCOS DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO?

        Pacientes hospitalizados, acamados ou que sofreram intervenção cirurgica e que necessitam de tratamento de tromboprofilaxia, podem obeter benefícos com a deambulação, porém, somente o fato de começarem a caminhar não elimina o risco de trombose venosa.
         Esse é o resultado de trabalho publicado no JOURNAL OF THROMBOSIS AND HAEMOSTHASIS, de março de 2011, publicado no site Medical Service, com comentários do Dr. Anderson Ferreira Leite, Clínico Geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. 
Vide texto:


30-03-2011 - A deambulação modifica o risco de tromboembolismo venoso em pacientes agudamente enfermos?
Does ambulation modify venous thromboembolism risk in acutely ill medical patients? Amin AN, Girard F; Samama MM. Blood Coagulation, Fibrinolysis and Cellular Haemostasis, 2010.
Nos Estados Unidos, a deambulação é frequentemente utilizada como critério para a interrupção da profilaxia para tromboembolismo venoso (TEV). Em uma análise sobre profilaxia nos pacientes do estudo MEDENOX, a deambulação foi investigada como desfecho e os pacientes foram agrupados para posterior análise. Foram avaliadas as taxas de TEV e de sangramento. Usando um modelo de regressão logística multivariada, foram investigadas as relações entre tromboprofilaxia, risco de TEV e deambulação.
Foi possível obter dados sobre deambulação de 607/1.084 pacientes, em um tempo médio de 4,4 dias. A tromboprofilaxia foi fornecida durante 7,3 e 7,7 dias nos grupos com e sem deambulação. Embora as taxas de TEV tenham sido menores nos pacientes que deambulavam, o uso de enoxaparina 40mg/dia vs placebo reduziu significativamente o risco de TEV nos pacientes que deambulavam (3,3% vs 10,6%; risco relativo [RR] = 0,31; intervalo de confiança [IC] 95%, 0,13-0,78; p = 0,008) e nos pacientes que não deambulavam (9,0% vs 19,7%; RR = 0,46; IC 95%, 0,23-0,91; p = 0,02). A taxa de sangramento maior não foi significativamente diferente entre enoxaparina e placebo em nenhum dos grupos. Por meio de análises de regressão, o risco de TEV nos pacientes que deambulavam foi menor com enoxaparina vs placebo (razão de chances [RC] = 0,28; IC 95%, 0,11−0,74; p = 0,01), mas maior nos pacientes com história de TEV (RC = 3,74; IC 95%, 1,59−8,84; p = 0,003) ou câncer (RC = 2,12; IC 95%, 1,00−4,48; p = 0,049).
Apesar da mobilização precoce, os pacientes que deambulam estão sob risco de TEV e experimentam uma redução significativa no risco com enoxaparina 40mg. Assim, é essencial que os pacientes que deambulam recebam a tromboprofilaxia recomendada.
Comentários
Anderson Ferreira Leite
Clínico Geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os benefícios da profilaxia de tromboembolismo venoso (TEV), incluindo trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar, são nítidos para pacientes hospitalizados, sendo recomendados pelos guidelines atuais1. A despeito dessa evidência, a tromboprofilaxia é pouco prescrita e o TEV tem-se tornado a principal causa de morte inesperada em pacientes agudamente enfermos2. Alguns estudos mostram que menos de 40% dos pacientes hospitalizados sob risco recebem a profilaxia recomendada pelo ACCP (American College of Chest Physicians)3.

No momento em que o paciente começa a deambular, em geral a profilaxia para TEV é empiricamente suspensa considerando-se que a deambulação estimula o retorno venoso e reduz o risco de TEV, conclusão não baseada em evidência de estudos randomizados4,5. Esta prática foi questionada na publicação realizada por Amin et al, que consistiu uma análise post-hoc do estudo MEDENOX (MEDical patients with ENOXaparin), avaliando risco de TEV entre pacientes hospitalizados, recebendo profilaxia com enoxaparina 40 mg/dia ou placebo, que deambulavam ou ainda estavam restritos ao leito.
O estudo prospectivo, randomizado, duplo-cego e placebo-controlado MEDENOX envolveu 1.102 pacientes e demonstrou redução de 63% na incidência de TEV entre pacientes hospitalizados que receberam enoxaparina 40 mg/dia (incidência de 5,5%) vs placebo (incidência de 14,9%), numa média de 7,6 dias. Não houve diferença na taxa de sangramento maior entre os grupos estudados 6.
TEV foi definido como TVP ou embolia pulmonar objetivamente confirmadas ou TVP assintomática avaliada por venografia com contraste dos membros inferiores. Os pacientes eram incluídos no grupo que deambulavam caso percorressem uma distância > 10 metros no 10º + 4 dias de internação. Na atual publicação, 607 pacientes (56%) deambulavam no período analisado e 477 (44%) não deambulavam. O tempo médio para iniciar a deambulação foi de 4,4 dias. A duração média de tromboprofilaxia foi de 7,3 dias no grupo deambulação e 7,7 dias no grupo restrito ao leito.
Os resultados mostraram que, embora as taxas de TEV tenham sido menores nos pacientes que deambulavam, o uso de enoxaparina 40mg/dia vs placebo diminuiu significativamente o risco de TEV nos deambuladores (3,3% vs 10,6%; p = 0,008) e nos pacientes que não deambulavam (9,0% vs 19,7%; p = 0,02).
A taxa de sangramento maior não diferiu significativamente com uso enoxaparina ou placebo em nenhum dos grupos. Após análises multivariadas, a taxa de TEV nos pacientes que deambulavam foi menor com uso de enoxaparina vs placebo (razão de chances [RC] = 0,28; p = 0,01), todavia maior nos pacientes com história de TEV (RC = 3,74; p = 0,003) ou câncer (RC = 2,12; p = 0,049).
Devemos ressaltar, contudo, que a publicação de Amin et al apresenta uma importante limitação por se tratar de uma análise post-hoc, não definida no protocolo do estudo MEDENOX. Desse modo, os resultados não são confirmatórios, apesar de servirem de racional para um grande estudo sobre o assunto. Além disso, apesar dos achados parecerem animadores, com um NNT (número necessário para tratar) de 13,7 para prevenção de TVE com uso de enoxaparina para deambuladores, os desfechos consistiram essencialmente de TVP assintomática, com somente um caso de TVP sintomática e um caso de embolia pulmonar em cada braço de deambuladores em uso de enoxaparina ou placebo.
Portanto, o atual estudo levanta a hipótese de que a deambulação não protege pacientes agudamente enfermos com eficácia contra TEV, podendo ser necessário tromboprofilaxia com enoxaparina 40mg. Estudos maiores sobre o tema permitirão conclusões definitivas para que tal conduta possa ser incluída em guidelines.
Referência
1. Kanaan AO, Silva MA, Donovan JL, Roy T, Al-Homsi AS. Meta-analysis of venous thromboembolism prophylaxis in medically Ill patients. Clin Ther. 2007 Nov;29(11):2395-405.
2. Stashenko GJ, Tapson VF. Prevention of venous thromboembolism in medical patients and outpatients. Nat Rev Cardiol. 2009 May;6(5):356-63.
3. Bergmann JF, Cohen AT, Tapson VF, Goldhaber SZ, Kakkar AK, Deslandes B, Huang B, Anderson FA Jr; ENDORSE Investigators. Venous thromboembolism risk and prophylaxis in hospitalised medically ill patients. The ENDORSE Global Survey. Thromb Haemost. 2010 Apr;103(4):736-48. Epub 2010 Feb 2.
4. Kaboli PJ, Brenner A, Dunn AS. Prevention of venous thromboembolism in medical and surgical patients. Cleve Clin J Med. 2005 Apr;72 Suppl 1:S7-13.
5. Labarere J, Bosson JL, Sevestre MA, Sellier E, Richaud C, Legagneux A. Intervention targeted at nurses to improve venous thromboprophylaxis. Int J Qual Health Care. 2007 Oct;19(5):301-8. Epub 2007 Aug 27.
6. Samama MM, Cohen AT, Darmon JY, Desjardins L, Eldor A, Janbon C, Leizorovicz A, Nguyen H, Olsson CG, Turpie AG, Weisslinger N. A comparison of enoxaparin with placebo for the prevention of venous thromboembolism in acutely ill medical patients. Prophylaxis in Medical Patients with Enoxaparin Study Group. N Engl J Med. 1999 Sep 9;341(11):793-800.