sábado, 29 de setembro de 2012
DENTISTAS PODEM IDENTIFICAR OSTEOPOROSE PREVENTIVAMENTE.
ARCADA DENTÁRIA PODE
IDENTIFICAR COM ANTECDÊNCIA O RISCO DE OSTEOPOROSE.
Por Roger
Dobson /// Publicado em: 21:51 GMT, 22 de setembro de 2012
Leia mais:
http:www.dailymail.co.ukhealtharticle-2207134Dental-records-identify-osteoporosis-risk.htmlixzz27t4LkwOT
Dentistas
na Universidade de Manchester são pioneiros de uma tecnologia chamada Osteodent
que pode detectar aqueles em risco de osteoporose, olhando os exames
odontológicos anos antes da condição se desenvolver.
A
osteoporose, que afeta mais de 3 milhões de britânicos, é uma doença na qual a
densidade dos ossos é reduzida, tornando-os fracos e mais propensos a quebrar.
Até
agora, não houve nenhuma maneira de prever se uma pessoa está em risco de doença
de desgaste ósseo, com diagnósticos somente ser feitos após uma fratura óssea.
No
entanto, um estudo britânico mostrou que a deterioração óssea na maxila - que é
rotineiramente radiografada antes do tratamento odontológico - pode revelar se
a deterioração óssea está ocorrendo em outras partes do corpo também.
A
pesquisa analisou 5.000 raios-x dentais dos pacientes com idade entre 15 e 94
anos. Nenhuma mudança na densidade óssea foi observada em mulheres até a idade
de 42, após a qual ocorre acelerada perda de densidade.
Comparar
radiografias de outras partes do corpo revelou que a mesma perda de densidade
óssea que estava ocorrendo nos maxilares ocorria em outros lugares.
Usando
os resultados do estudo, dentistas desenvolveram o software que pode
imediatamente avaliar um risco de osteoporose, que por sua vez, alertam o
paciente sobre a necessidade de
encaminhamento a um especialista para
maiores investigações.
«Dentistas
são singularmente posicionadas para oferecer tal serviço já que eles vêem
pacientes regular e rotineiramente, realizam exames de raio-x,' é o que diz
Hugh Devlin, professor de Dentística Restauradora na Universidade de Manchester
e co-criador da nova técnica.
Software
como o Osteodent pode salvar vidas e, com o diagnóstico precoce e tratamento,
incluindo terapia preventiva, isso poderia salvar o NHS (Serviço de Saúde Pública
do Reino Unido) de muitos milhões de libras também.'
Leia mais:
http:www.dailymail.co.ukhealtharticle-2207134Dental-records-identify-osteoporosis-risk.htmlixzz27t5PnKfn
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Irritado, Sepúlveda Pertence pede demissão do Conselho de Ética Pública | Jornal Correio do Brasil
Irritado, Sepúlveda Pertence pede demissão do Conselho de Ética Pública | Jornal Correio do Brasil
Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Sepúlveda Pertence renunciou, nesta segunda-feira, à presidência da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, alegando “mudança radical” na composição do grupo. A comissão possui sete integrantes, mas estava com apenas dois conselheiros após saídas decorrentes do término ou da não renovação de mandatos. Sepúlveda, que deixará o grupo, tinha mandato até dezembro de 2013.
– Não há um motivo determinante apenas houve uma mudança radical na composição da comissão – disse Sepúlveda a jornalistas, no Palácio do Planalto.
O anúncio foi feito após a posse de três conselheiros indicados pela presidenta Dilma Rousseff: Marcello Alencar de Araújo, Mauro de Azevedo Menezes e Antonio Modesto da Silveira. Eles terão um mandato de três anos, podendo ser reconduzidos por uma única vez.
– Não tenho nada contra os designados, lamento, devo ser sincero, lamento a não recondução dos dois membros que eu havia indicado para a comissão e que a honraram e a dignificaram – disse o ex-ministro.
Dilma não teria gostado das decisões tomadas pelo grupo, que abriu diversos processos contra ministros. Um caso particular que incomodou a presidente foi a decisão do grupo de pedir a demissão do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT-RJ). Na ocasião, ela solicitou os argumentos para o pedido. O mandato da relatora do processo contra Lupi, Marília Muricy, venceu no último dia 24 de agosto e Dilma decidiu não renovar seu mandato pelo período de três anos. Outro conselheiro foi Fábio Coutinho. Ele foi relator do procedimento de investigação contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e vinha trabalhando na relatoria do caso de supostas consultorias prestadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Fernando Pimentel.
Ambos foram indicados à recondução por Sepúlveda, mas seus nomes foram rejeitados por Dilma. No ano passado, a comissão recomendou a Dilma que exonerasse o então ministro do Trabalho Carlos Lupi, alvo de denúncias de irregularidades na pasta. Lupi pediu demissão dias depois. O caso de Pimentel segue na pauta da comissão.
A comissão é composta, ainda, por Américo Lourenço Masset Lacombe, cujo mandato vence em março de 2015. O grupo atua como instância consultiva da presidenta Dilma Rousseff e ministros de Estado sobre ética pública, e tem, entre outras atribuições, administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal. No último dia 31, Pertence cancelou uma reunião do Conselho por falta de quórum. Desfalcada, a comissão contava com apenas dois dos sete membros.
– Não tem reunião. Por que não vai perguntar à autoridade que pode responder? Sem quórum não tem reunião – já visivelmente irritado com a questão.
Dos sete membros previstos para a comissão, somente o próprio Sepúlveda e Américo Lacombe – indicado em março deste ano – continuavam no colegiado.
Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Sepúlveda Pertence renunciou, nesta segunda-feira, à presidência da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, alegando “mudança radical” na composição do grupo. A comissão possui sete integrantes, mas estava com apenas dois conselheiros após saídas decorrentes do término ou da não renovação de mandatos. Sepúlveda, que deixará o grupo, tinha mandato até dezembro de 2013.
– Não há um motivo determinante apenas houve uma mudança radical na composição da comissão – disse Sepúlveda a jornalistas, no Palácio do Planalto.
O anúncio foi feito após a posse de três conselheiros indicados pela presidenta Dilma Rousseff: Marcello Alencar de Araújo, Mauro de Azevedo Menezes e Antonio Modesto da Silveira. Eles terão um mandato de três anos, podendo ser reconduzidos por uma única vez.
– Não tenho nada contra os designados, lamento, devo ser sincero, lamento a não recondução dos dois membros que eu havia indicado para a comissão e que a honraram e a dignificaram – disse o ex-ministro.
Dilma não teria gostado das decisões tomadas pelo grupo, que abriu diversos processos contra ministros. Um caso particular que incomodou a presidente foi a decisão do grupo de pedir a demissão do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT-RJ). Na ocasião, ela solicitou os argumentos para o pedido. O mandato da relatora do processo contra Lupi, Marília Muricy, venceu no último dia 24 de agosto e Dilma decidiu não renovar seu mandato pelo período de três anos. Outro conselheiro foi Fábio Coutinho. Ele foi relator do procedimento de investigação contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e vinha trabalhando na relatoria do caso de supostas consultorias prestadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Fernando Pimentel.
Ambos foram indicados à recondução por Sepúlveda, mas seus nomes foram rejeitados por Dilma. No ano passado, a comissão recomendou a Dilma que exonerasse o então ministro do Trabalho Carlos Lupi, alvo de denúncias de irregularidades na pasta. Lupi pediu demissão dias depois. O caso de Pimentel segue na pauta da comissão.
A comissão é composta, ainda, por Américo Lourenço Masset Lacombe, cujo mandato vence em março de 2015. O grupo atua como instância consultiva da presidenta Dilma Rousseff e ministros de Estado sobre ética pública, e tem, entre outras atribuições, administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal. No último dia 31, Pertence cancelou uma reunião do Conselho por falta de quórum. Desfalcada, a comissão contava com apenas dois dos sete membros.
– Não tem reunião. Por que não vai perguntar à autoridade que pode responder? Sem quórum não tem reunião – já visivelmente irritado com a questão.
Dos sete membros previstos para a comissão, somente o próprio Sepúlveda e Américo Lacombe – indicado em março deste ano – continuavam no colegiado.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
VACINA CONTRA O HPV AINDA NÃO RECOMENDADA NO BRASIL
A
União Européia incentiva seus países a
procederem a vacinação contra o Papiloma Virurs Humano (HPV), em meninas, numa
tentativa de reduzir o câncer de colo de útero em mulheres.
O
Centro Europeu de Enfermidades (ECDC) emitiu hoje uma informação, segundo o
jornal El País – Espanha, em que lamenta a baixa cobertura de vacinação nos 19
países estudados, afirmando não haver dúvidas sobre sua segurança.
Na
Espanha a vacinação de meninas não é uniforme, já que as idades variam entre as
comunidades. A idéia é unificar essas idades para que atinja todas as meninas.
Segundo a ECDC é recomendável vacinar todas entre os 10 e 14 anos, antes que
iniciem manter relações sexuais.
No
mercado europeu existem dois tipos de vacina, uma que cobre dois tipos e outra
com cobertura para quatro tipos papiloma, objetivando prevenir o câncer de colo
de útero e outros problemas ginecológicos devidos ao vírus. A cada ano são
produzidos cerca de 30.000 casos na União Européia, com mortalidade de 15.000
mulheres. O programa de vacinação deve vir associado com outros programas
preventivos, como o exame de Papanicolau.
Existe
ainda uma discussão se a vacina deveria ser dada também a meninos. Embora os
estudos mostrem que a inclusão de meninos encareceriam muito os programas de
imunização. A idéia de vacinar-se os menos possui uma dupla função de
protegê-los do câncer buco-faríngeo, do pênis e anal, e ao mesmo tempo para que
não se tornem veículo de transmissão do HPV para as mulheres.
Nos
EUA a vacinação para os meninos foi aprovada e recomenda-se que sejam vacinados
entre a idade de 11 a 21 anos.
No
Brasil, segundo o Portal Saúde do Ministério da Saúde, foi criado um comitê
para avaliação da necessidade de recomendação da vacinação em larga escala no
país. Este Comitê, formado por diversas instituições ligadas à saúde, decidiu
até o momento, pela não incorporação da vacina contra o HPV no SUS.
slrm
Fontes:
http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/faq/faqcategoria.cfm?idcat=122&idquest=2086
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
O AMOR É UMA DROGA?
CIENTISTAS ENCONTRAM NO CÉREBRO O LOCAL DO AMOR.
O final do século
XX e início do século XXI vem sendo marcado por grandes avanços na área médica
e em especial por fundamentais descobertas na área da neurociência,
descortinando muitos segredos do cérebro até então desconhecidos.
De fundamental
importância nesse sentido tem sido as descobertas constatadas por experimentos
realizados em Ressonância Magnética Funcional, que permite verificar o
funcionamento e respostas do cérebro a diversos estímulos e emoções.
Os avanços da
neurociência já foram capazes de demonstrar os locais do cérebro responsáveis
por armazenar recordações, sensações como a raiva, o medo e como reagimos para
solucionar esses problemas.
Muito pouco se
sabia até então, onde se localizava uma das mais importante e poderosa emoção
do ser humano: o amor.
Estudos
científicos da Universidade de Concórdia, no Canadá, parece ter localizado o
local no cérebro onde se manifesta o amor, que está vinculado ao local onde se
origina o desejo sexual, porém, ambos estão separados.
O estudo demonstrou
que o amor está na mesma zona cerebral relacionada a adicção de drogas,
assinalam os investigadores.
Estudos do cérebro
demonstram que as emoções humanas se originam no chamado sistema límbico, um conjunto de estruturas
importantes que incluem o hipocampo e a amígdala, entre outras. Nesta região se
controlam uma série de funções que incluem as emoções, a conduta, a atenção, o
estado de ânimo, a memória, o prazer, a adicção, etc.
Segundo os
pesquisadores até o momento era muito difícil localizar o sítio exato no
cérebro onde encontrava-se o amor, já que essa emoção, ao contrário de outras emoções
concretas como a ira ou o prazer, é muito mais complexo e abstrato e parece
envolver muitas áreas cerebrais.
Dentro da nova
investigação da qual também participaram neurocientistas das Universidades de
Sycaruse e Virginia Ocidental nos EUA, e o Hospital Universitário de Genebra na
Suíça, foram revisados 20 estudos que haviam analizado a atividade cerebral do
amor e do desejo sexual.
Os estudos
submeteram os participantes a escaneamento cerebral FMRI (Imagens de
Ressonância Magnética Funcional) para observar a atividade do cérebro enquanto
estavam comprometidos em tarefas relacionadas a imagens eróticas oua observar a
fotografia da pessoa por quem estavam enamorados.
Segundo o
Professor Jim Pfaus, o amor realmente é um hábito que se forma com o desejo
sexual e que recompensa esse desejo.No cérebro o amor funciona da mesma forma
como quando uma pessoa se vê adicta às drogas.
Os resultados dos
estudos revelaram que duas estruturas do cérebro, em particular a ínsula e o
núcleo estriado, são os responsáveis tanto pelo desejo sexual como pelo amor.
A ínsula é uma porção do córtex cerebral que está dobrada
(pregueada) em uma zona entre o lóbulo temporal e o lóbulo frontal, enquanto
que o núcleo estriado está localizado perto do cérebro anterior.
Os cientistas
puderam observar que tanto o desejo sexual quanto o amor ativam diferentes
áreas do núcleo estriado. A área que se ativa com o desejo sexual, ativa-se
também com outras coisas que produzem prazer, como a comida. A área do núcleo
estriado que se ativa com o amor é muito mais complexa, e embora também se
ative com o prazer ou desejo sexual, só funciona quando existe algo com “um
valor inerente” para ativá-la, afirmam os cientistas.
Para o professor
Jim Pfaus, que dirigiu os estudos, ninguém havia colocado estes dois sentimento
juntos para ver quais eram os padrões de ativação cerebral. “Não sabíamos o que
encontraríamos, pensamos que ambos estariam completamente separados, porém,
resultou que o amor e o desejo ativam áreas específicas porém vinculadas no
cérebro.
Enquanto o prazer
sexual tem um objetivo muito específico, o amor é mais abstrato e complexo,
portanto, menos dependente da presença física de outra pessoa, conclui Pfaus.
O que surpreendeu
os cientistas foi encontrar que a zona do núcleo estriado que se ativa com o
amor também está associada a adicção de drogas.
Para o professor
Pfaus, isso faz sentido: “ O amor realmente é um hábito que se forma com o
desejo sexual e que recompensa esse desejo.” No cérebro o amor funciona da
mesma forma como quando uma pessoa torna-se viciada de drogas, adiciona o
professor Pfaus.
Sendo o amor,
portanto, uma droga ou não, estando ligado ao desejo sexual e ao prazer,
continuará a ser cantado em verso e prosa, e ainda será a melhor forma de se
extrair prazer da vida e dela aproveitar o máximo possível de felicidade.
Slrm
Fonte:
MODERNÍSSIMO APARELHO DE ESCANEAMENTO CEREBRAL LEVA NEUROCIENTISTAS A COLOCAR EM CHEQUE FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA E PSICANÁLISE.
Um trabalho publicado no site da BBC-mundial,
na áreas de ciências, redigido por Tom Feilden, em 08 de setembro de 2012,
relata o que ele considera a era dourada do avanço das descobertas em
neurociências.
Ele apresenta o novo
aparelho para obtenção de imagens do departamento Nullfeild de Excelência
Clínica em Obtenção de Imagens Cerebrais do Hospital John Radcliffe, em Oxford,
Reino Unido, que custou a bagatela de 12 milhões de dólares.
Essa super máquina de
escaneamento cerebral, que pesa cerca de
40 toneladas existe somente no Reino Unido. Seu componente central é uma imenso
imã cilíndrico que para ser introduzido no local tiveram que retirar todo o
teto.
Sua supervisão está a
cargo da Dra. Irene Tracey que afirma: “é muito mais poderoso que qualquer
coisa que já tivemos, e os detalhes que se pode ver, bem como a resolução das
imagens, são simplesmente fantásticos. Nos levou a um nível superior em termos
de obtenção de imagens do cérebro.”
O aparelho está sendo
preparado para que os estudos com pacientes tenha início no outono inglês. Faltam
apenas alguns ajustes que vem sendo feitos com ratos de laboratório, numa
revisão de áreas cerebrais.
O uso dessa
aparelhagem não se reflete apenas na beleza das imagens que produz, podendo
promover avanços no entendimento da genética, da bioquímica do cérebro,
capacitando a possibilidade de entendimento de uma série de desordens
neurológicas anteriormente incorrigíveis. Promete uma melhor compreensão de
condições psicológicas como esquizofrenia e autismo.
Conforme afirmações
de Colin Blakemore, professor de neurociências da Universidade de Oxford, a
investigação do cérebro está passando por um extraordinário desenvolvimento. “Uma
era dourada de descobrimentos alimentados por uma combinação de conhecimento
novo que chega da genética e das dramáticas melhorias da tecnologia de obtenção
de imagens.”
Submeter pacientes ao
escaneamento cerebral tem sido um procedimento quase rotineiro, e como a
ressonância magnética funcional permite aos investigadores ver o que está
passando no cérebro, isso está transformando nossa compreensão sobre a base
bioquímica da atividade neuronal.
A pesquisadora Belinda
Lewis utiliza a ressonância magnética funcional para estudar desordens
bipolares no Centro Wolfson de Imagens Cerebrais na Universidade de Cambridge.
Enquanto seus
pacientes permanecem recostados dentro do escâner, vão sendo mostrados imagens
que representam uma variedade de emoções humanas. Este estudo revela que o
cérebro das pessoas que apresentam desordens cerebrais são estimulados de
maneira excessiva por estas imagens e são menos capazes de processar ou interpretar
a informação de forma precisa.
Este estudo pode
mostra que a desordem bipolar é uma desordem mental de natureza biológica.
Estes estudos podem
colocar em cheque uma série de teorias que tem sustentado até hoje as ciências
da psicologia e da psicanálise de Freud e Jung. Leonard Mlodinow falando sobre
determinismo biológico que levou ao extremo em seu livro “How your Unconscious
Mind Rules Your Behaviour” (Subliminar: como sua mente subconsciente determina
seu comportamento), sugere que a invenção da ressonância magnética funcional
finalmente elevou a psicologia ao status de ciência puramente empírica. “De
repente, os cientistas podem ver como funciona o cérebro. Isto causou uma
revolução em nossa compreensão da mente subconsciente.”
De acordo com
Mlodinow, o que revela esta nova compreensão da mente subconsciente, baseada em
evidências, é que não há um significado oculto de valor emocional vinculado ao
processamento subliminar que se leva a termo no cérebro.
A pessoa não pensa
conscientemente cada vez que respira ou quando as ondas de som atingem o
tímpano. O cérebro simplesmente processa essa informação. Finalizando, somos
simplesmente máquinas bioquímicas, embora complexas e maravilhosas. Freud é um
puro conto, explica.
O que descobrimos,
afirma Mlodinow, é que a mente subconsciente não trabalha da maneira como
pensaram Freud, Jung e outros no século XX. Eles não tinham acesso a essas
novas tecnologias e de fato não eram realmente científicos porque extrapolavam
e formavam idéias e teorias com base nos diálogos de seus pacientes. Porém o
subconsciente não está escondido por razões emocionais ou de motivação, e não
se pode revelar através da introspecção ou da terapia.
Ainda segundo ele, é compreensível
que os psicanalistas rechacem o que muitos consideram uma interpretação
limitada e determinista do desenvolvimento em neurociências.
Para a professora de
psicologia da Universidade College London, Rachel Blass, argumenta que é muito errado rejeitar os
sentimentos ou as emoções das pessoas simplesmente porque não aparecem bem na
ressonância magnética funcional. “Tudo o que fazemos deve ser o resultado de
todas as influências sobre o estado de nosso cérebro no momento em que o
fazemos.”
Ainda para ela, é uma
posição extremamente materialista, essa que assegura que a enfermidade mental
se baseia em identificar um desequilíbrio químico no cérebro e desenvolver uma
droga de solução rápida para corrigi-lo. Isso não ajuda o paciente a tratar os
temas ou problemas que esteja enfrentado e aceitá-los em sua vida.
Independentemente dos
aspectos psicológicos do comportamento humano poderem descrever-se
adequadamente em termos de atividade bioquímica no cérebro, parece claro que a
neurociência irá jogar um papel cada vez mais importante em nossas vidas. Essa
foi a conclusão do projeto Brain Waves
(ondas cerebrais) da Royal Society.
“Tudo o que fazemos
deve ser resultado de todas as influências sobre o estado de nosso cérebro no
momento em que o fazemos.”
“Pode incluir o
passado familiar, a genética, nossas circunstâncias sociais, quanto dinheiros
podemos ganhar, as recordações de eventos particulares.”
Quanto ao exame em
si, Tom Feilden, que foi convidado para participar de um exame experimental,
afirmou que o mais difícil foi ficar quieto no interior da máquina, sem coçar o
nariz. Segundo ele, mesmo se sentindo confortável dentro de uma das máquinas
mais poderosas para obtenção de imagens cerebrais do país, a única sensação que
sentiu foi um pequeno aquecimento estranho na parte alta da cabeça. Nada mal,
segundo ele, para uma experiência em que colocou o seu corpo a serviço da
ciência, tal como Hooke ou Faraday.
Somente o futuro e
novos e mais aprofundados estudos, dirão quem está com a razão nessa área tão
nobre que a cada dia se desvenda mais, o cérebro humano e suas emoções.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
PARALISIA FACIAL DE BELL (ESTUDO)
Apresento o trabalho do Dr. Tarso Adoni, Neurologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, que oferece uma boa revisão atualizada sobre a Paralizia Parcial Periférica, comumente conhecida por Paralizia Facial de Bell. Texo publicado no site médico Medicina.net.
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
Figura 1: A. paralisia facial central (por exemplo, secundária a acidente vascular cerebral). B. PFP. Notar que na paralisia facial central os músculos da metade superior da face são poupados.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Tabela 4: Causas de PFP bilateral
EXAMES COMPLEMENTARES
PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
Autor:
Tarso Adoni
Neurologista pelo Hospital da Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Médico Colaborador do Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
A paralisia facial periférica (PFP) refere-se ao acometimento do nervo facial (VII nervo craniano) em qualquer ponto de seu trajeto, que se inicia a partir de seu núcleo, localizado na ponte, e vai até as suas ramificações mais distais.
A causa mais comum de PFP é a forma idiopática, também conhecida por paralisia de Bell, cuja incidência é de 20 a 30 casos por 100 mil habitantes por ano e que responde por cerca de 70% de todos os casos de PFP. Ambos os sexos são afetados igualmente, e a idade média de ocorrência é por volta dos 40 anos. Embora possa ocorrer em qualquer idade, a paralisia de Bell é rara na infância e adolescência e mais comum após os 70 anos de idade. O prognóstico é geralmente bom, havendo recuperação completa em torno de 80% dos casos. Fatores de mau prognóstico são conhecidos (tabela 1) e podem ocasionar seqüelas graves.
Tabela 1: paralisia de Bell – Fatores de mau prognóstico
Idade maior que 60 anos
|
Hipertensão arterial sistêmica (HAS)
|
Alteração do paladar
|
Dor difusa, além da região retroauricular do lado acometido
|
Fraqueza hemifacial total (força muscular grau zero)
|
A causa da paralisia de Bell permanece desconhecida, embora exista certa tendência a vinculá-la à infecção pelo herpes vírus simples do tipo 1. De certa maneira, todas as teorias convergem para a inflamação do nervo como evento final, o que causaria edema e compressão do nervo facial no interior de seu canal, de pequeno diâmetro, no osso temporal. Antigamente, acreditava-se que o súbito resfriamento do ambiente poderia desencadear a paralisia de Bell, o que era chamado de paralisia a frigore. Tal denominação não deve ser mais usada.
ACHADOS CLÍNICOS
História Clínica
O primeiro passo é estabelecer o diagnóstico diferencial entre PFP e paralisia facial central.
Classicamente, a PFP acomete toda a hemiface, enquanto a paralisia facial central poupa a metade superior da face. Isso ocorre em virtude da dupla inervação do andar superior da hemiface, pois há fibras córtico-nucleares provenientes de ambas as metades do córtex que se dirigem para cada um dos núcleos do nervo facial (figura 1 e tabela 2). Além disso, cerca de metade de todos os pacientes com PFP relatam dor na região da mastóide ipsilateral ao lado paralisado, que pode ser concomitante ao déficit facial ou precedê-lo em 24 a 48 horas. Alterações do paladar (lembre que o nervo facial é responsável pela sensibilidade gustativa nos dois terços posteriores da língua), olho seco (por perda da inervação das glândulas lacrimais ipsilaterais por acometimento do nervo petroso superficial maior) e hiperacusia (por perda da função do músculo estapédio) também são característicos da PFP, somente.
Figura 1: A. paralisia facial central (por exemplo, secundária a acidente vascular cerebral). B. PFP. Notar que na paralisia facial central os músculos da metade superior da face são poupados.
Exame Físico
O diagnóstico é relativamente fácil já à inspeção. Nota-se apagamento dos sulcos frontais e nasogeniano ipsilateralmente ao lado acometido, além de diminuição do piscamento. Deve-se pedir ao paciente que feche os olhos (haverá impossibilidade de realizar tal ação em virtude da fraqueza do músculo orbicular da pálpebra), mostre os dentes (haverá desvio da rima bucal para o lado normal, não paralisado, por perda da ação dos músculos risorius e quadrado do mento) e tente assobiar (não será capaz de realizar essa tarefa por perda da ação dos músculos bucinador e orbicular dos lábios). O sinal de Bell caracteriza-se pelo deslocamento do globo ocular para cima e para fora na tentativa de fechamento com força do olho, que é incompleto em decorrência da fraqueza do músculo orbicular da pálpebra.
O exame físico deve incluir ainda exame neurológico completo, com atenção para o acometimento de outros nervos cranianos, além de inspeção do canal auditivo, otoscopia e palpação da parótida que, se alterados, poderão sugerir outras causas ao invés de paralisia idiopática de Bell.
Tabela 2: PFP versus paralisia facial central
Periférica
|
Central
| |
Fraqueza na metade superior da face
|
Sim
|
Não
|
Fraqueza na metade inferior da face
|
Sim
|
Sim
|
Local da lesão
|
Nervo ou ponte ipsilateral
|
Hemisfério cerebral contralateral
|
Os principais diagnósticos diferenciais estão listados na tabela 3. Alguns dados ajudam a suspeitar de causas secundárias, que são menos comuns do que a paralisia idiopática de Bell. Uma apresentação insidiosa e prolongada, por exemplo, pode sugerir tumor ou colesteatoma, visto que a paralisia de Bell costuma ter início abrupto em poucas horas. Deve-se procurar por doenças do ouvido médio e massas parotídeas, que também podem dar pistas da doença de base. A presença de vesículas no meato acústico externo sugere a síndrome de Ramsay Hunt, que é o herpes zosterdo meato acústico externo associado à PFP.
A ocorrência de PFP bilateral sempre deve levar o médico à busca de diagnósticos etiológicos alternativos outros que não a paralisia idiopática de Bell (tabela 4).
Tabela 3: Causas de PFP
Infecciosas
|
Colesteatoma
Tuberculose
HIV
Lues
Borreliose
Hanseníase
VZV (síndrome de Ramsay Hunt)
Mononucleose infecciosa
|
Tumorais
|
Infiltração carcinomatosa da meninge (raramente de forma isolada)
|
Traumáticas
|
Laceração facial
Fratura da mandíbula
|
Auto-imunes
|
Lúpus eritematoso sistêmico
Síndrome de Sjögren
|
Idiopática
|
paralisia de Bell
Síndrome de Melkersson-Rosenthal (edema orofacial recidivante, língua plicata e episódios recorrentes de PFP)
|
Outras
|
HAS
Diabetes melito
Amiloidose
Eclâmpsia
|
Sarcoidose (uveoparotidite de Heerfordt)
|
Polirradiculoneurite inflamatória desmielinizante aguda (síndrome de Guillain-Barré)
|
Parotidite bilateral
|
Agenesia congênita do núcleo do nervo facial
|
Deve-se sempre ter em mente que, apesar da paralisia idiopática de Bell ser a causa mais comum de PFP, outras causas podem ser responsáveis. Às vezes, pode haver dúvida na diferenciação entre PFP e paralisia facial central, cujas diferenças podem não ser tão nítidas. Nesse caso, tomografia computadorizada (TC) de crânio ou, idealmente, ressonância magnética (RM) de crânio devem ser solicitadas. Quadros em que a apresentação não é típica de paralisia de Bell também devem ter exames de imagem realizados, por exemplo quando o quadro é insidioso, quando não melhora após período de observação inicial ou quando há outras alterações de exame neurológico. Exames laboratoriais devem sempre ser solicitados (tabela 5) para a exclusão de outras causas, e coleta de líquido céfalo-raquidiano deve ser realizada em casos selecionados – por exemplo, quando se suspeitar de tumor, tuberculose ou quadros imunológicos.
Tabela 5: Exames laboratoriais para a investigação de PFP
Hemograma completo
|
VHS
|
Glicemia
|
TSH / T4 livre
|
VDRL*
|
Fator antinúcleo*
|
Sorologias*: HIV, varicella-zoster vírus, doença de Lyme, hepatite A, hepatite B, hepatite C, Mycoplasma pneumoniae, Borrelia burgdorferi
|
Líquor*
|
*Casos selecionados
TRATAMENTO
O tratamento da paralisia de Bell baseia-se no uso precoce (até o quinto dia da instalação dos sintomas) de corticosteróides por via oral. O uso de antivirais é discutível e, até o presente momento, parece não modificar o curso da doença quando utilizado. Há certa tendência para o uso de valaciclovir em associação à prednisona.
O tratamento prescrito deve ser prednisona, 60 a 80 mg/dia (média de 1 mg/kg), por cinco dias, com retirada gradual em 7 a 10 dias. O uso de valaciclovir na dose de 500 mg a 1 grama três vezes ao dia parece ser melhor que o uso de aciclovir, embora mais estudos sejam necessários para responder à questão sobre o real benefício do uso desses antivirais.
Cuidados adicionais devem ser tomados para proteger o olho e são uma das prioridades do tratamento, pois a manutenção do olho aberto pode levar à úlcera de córnea. Assim, deve-se prescrever um colírio lubrificante tópico a cada 2 horas, pelo menos, durante o dia. Ao dormir, enquanto não houver capacidade de oclusão total da pálpebra, devem-se orientar pomada lubrificante ocular e curativo oclusivo ao dormir.
TÓPICOS IMPORTANTES E RECOMENDAÇÕES
A causa mais comum de PFP é a forma idiopática, também conhecida por paralisia de Bell. As causas permanecem desconhecidas, mas parece haver participação de infecção pelo herpes vírus do tipo 1.
É fundamental diferenciar PFP de paralisia facial central. A principal diferença é que a paralisia facial central poupa os músculos da metade superior da face, devido à dupla inervação desses músculos.
Devem-se realizar exames de imagem (preferencialmente RM) quando a apresentação não for típica de paralisia idiopática de Bell (por exemplo, em quadros com evolução insidiosa), se não houver melhora após algumas semanas de observação ou quando houver alterações de outros nervos cranianos ou sinais neurológicos além do nervo facial.
O tratamento da paralisia de Bell baseia-se no uso precoce de corticosteróides por via oral. O uso de antivirais é discutível, mas pode-se associar ao corticosteróide o valaciclovir, que pode ser considerado principalmente em casos mais graves.
Os cuidados oculares são uma das prioridades do tratamento, para se evitar úlcera de córnea.
ALGORITMO
Algoritmo 1: Abordagem da PFP
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