segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O AMOR É UMA DROGA?


CIENTISTAS ENCONTRAM NO CÉREBRO O LOCAL DO AMOR.
            O final do século XX e início do século XXI vem sendo marcado por grandes avanços na área médica e em especial por fundamentais descobertas na área da neurociência, descortinando muitos segredos do cérebro até então desconhecidos.
            De fundamental importância nesse sentido tem sido as descobertas constatadas por experimentos realizados em Ressonância Magnética Funcional, que permite verificar o funcionamento e respostas do cérebro a diversos estímulos e emoções.
            Os avanços da neurociência já foram capazes de demonstrar os locais do cérebro responsáveis por armazenar recordações, sensações como a raiva, o medo e como reagimos para solucionar esses problemas.
            Muito pouco se sabia até então, onde se localizava uma das mais importante e poderosa emoção do ser humano:  o amor.
            Estudos científicos da Universidade de Concórdia, no Canadá, parece ter localizado o local no cérebro onde se manifesta o amor, que está vinculado ao local onde se origina o desejo sexual, porém, ambos estão separados.
            O estudo demonstrou que o amor está na mesma zona cerebral relacionada a adicção de drogas, assinalam os investigadores.
            Estudos do cérebro demonstram que as emoções humanas se originam no chamado sistema  límbico, um conjunto de estruturas importantes que incluem o hipocampo e a amígdala, entre outras. Nesta região se controlam uma série de funções que incluem as emoções, a conduta, a atenção, o estado de ânimo, a memória, o prazer, a adicção, etc.
            Segundo os pesquisadores até o momento era muito difícil localizar o sítio exato no cérebro onde encontrava-se o amor, já que essa emoção, ao contrário de outras emoções concretas como a ira ou o prazer, é muito mais complexo e abstrato e parece envolver muitas áreas cerebrais.

            Dentro da nova investigação da qual também participaram neurocientistas das Universidades de Sycaruse e Virginia Ocidental nos EUA, e o Hospital Universitário de Genebra na Suíça, foram revisados 20 estudos que haviam analizado a atividade cerebral do amor e do desejo sexual.
 

            Os estudos submeteram os participantes a escaneamento cerebral FMRI (Imagens de Ressonância Magnética Funcional) para observar a atividade do cérebro enquanto estavam comprometidos em tarefas relacionadas a imagens eróticas oua observar a fotografia da pessoa por quem estavam enamorados.
            Segundo o Professor Jim Pfaus, o amor realmente é um hábito que se forma com o desejo sexual e que recompensa esse desejo.No cérebro o amor funciona da mesma forma como quando uma pessoa se vê adicta às drogas.
            Os resultados dos estudos revelaram que duas estruturas do cérebro, em particular a ínsula e o núcleo estriado, são os responsáveis tanto pelo desejo sexual como pelo amor.
A ínsula é uma porção do córtex cerebral que está dobrada (pregueada) em uma zona entre o lóbulo temporal e o lóbulo frontal, enquanto que o núcleo estriado está localizado perto do cérebro anterior.
            Os cientistas puderam observar que tanto o desejo sexual quanto o amor ativam diferentes áreas do núcleo estriado. A área que se ativa com o desejo sexual, ativa-se também com outras coisas que produzem prazer, como a comida. A área do núcleo estriado que se ativa com o amor é muito mais complexa, e embora também se ative com o prazer ou desejo sexual, só funciona quando existe algo com “um valor inerente” para ativá-la, afirmam os cientistas.

            Para o professor Jim Pfaus, que dirigiu os estudos, ninguém havia colocado estes dois sentimento juntos para ver quais eram os padrões de ativação cerebral. “Não sabíamos o que encontraríamos, pensamos que ambos estariam completamente separados, porém, resultou que o amor e o desejo ativam áreas específicas porém vinculadas no cérebro.
            Enquanto o prazer sexual tem um objetivo muito específico, o amor é mais abstrato e complexo, portanto, menos dependente da presença física de outra pessoa, conclui Pfaus.
            O que surpreendeu os cientistas foi encontrar que a zona do núcleo estriado que se ativa com o amor também está associada a adicção de drogas.
            Para o professor Pfaus, isso faz sentido: “ O amor realmente é um hábito que se forma com o desejo sexual e que recompensa esse desejo.” No cérebro o amor funciona da mesma forma como quando uma pessoa torna-se viciada de drogas, adiciona o professor Pfaus.
            Sendo o amor, portanto, uma droga ou não, estando ligado ao desejo sexual e ao prazer, continuará a ser cantado em verso e prosa, e ainda será a melhor forma de se extrair prazer da vida e dela aproveitar o máximo possível de felicidade.

Slrm

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