CIENTISTAS ENCONTRAM NO CÉREBRO O LOCAL DO AMOR.
O final do século
XX e início do século XXI vem sendo marcado por grandes avanços na área médica
e em especial por fundamentais descobertas na área da neurociência,
descortinando muitos segredos do cérebro até então desconhecidos.
De fundamental
importância nesse sentido tem sido as descobertas constatadas por experimentos
realizados em Ressonância Magnética Funcional, que permite verificar o
funcionamento e respostas do cérebro a diversos estímulos e emoções.
Os avanços da
neurociência já foram capazes de demonstrar os locais do cérebro responsáveis
por armazenar recordações, sensações como a raiva, o medo e como reagimos para
solucionar esses problemas.
Muito pouco se
sabia até então, onde se localizava uma das mais importante e poderosa emoção
do ser humano: o amor.
Estudos
científicos da Universidade de Concórdia, no Canadá, parece ter localizado o
local no cérebro onde se manifesta o amor, que está vinculado ao local onde se
origina o desejo sexual, porém, ambos estão separados.
O estudo demonstrou
que o amor está na mesma zona cerebral relacionada a adicção de drogas,
assinalam os investigadores.
Estudos do cérebro
demonstram que as emoções humanas se originam no chamado sistema límbico, um conjunto de estruturas
importantes que incluem o hipocampo e a amígdala, entre outras. Nesta região se
controlam uma série de funções que incluem as emoções, a conduta, a atenção, o
estado de ânimo, a memória, o prazer, a adicção, etc.
Segundo os
pesquisadores até o momento era muito difícil localizar o sítio exato no
cérebro onde encontrava-se o amor, já que essa emoção, ao contrário de outras emoções
concretas como a ira ou o prazer, é muito mais complexo e abstrato e parece
envolver muitas áreas cerebrais.
Dentro da nova
investigação da qual também participaram neurocientistas das Universidades de
Sycaruse e Virginia Ocidental nos EUA, e o Hospital Universitário de Genebra na
Suíça, foram revisados 20 estudos que haviam analizado a atividade cerebral do
amor e do desejo sexual.
Os estudos
submeteram os participantes a escaneamento cerebral FMRI (Imagens de
Ressonância Magnética Funcional) para observar a atividade do cérebro enquanto
estavam comprometidos em tarefas relacionadas a imagens eróticas oua observar a
fotografia da pessoa por quem estavam enamorados.
Segundo o
Professor Jim Pfaus, o amor realmente é um hábito que se forma com o desejo
sexual e que recompensa esse desejo.No cérebro o amor funciona da mesma forma
como quando uma pessoa se vê adicta às drogas.
Os resultados dos
estudos revelaram que duas estruturas do cérebro, em particular a ínsula e o
núcleo estriado, são os responsáveis tanto pelo desejo sexual como pelo amor.
A ínsula é uma porção do córtex cerebral que está dobrada
(pregueada) em uma zona entre o lóbulo temporal e o lóbulo frontal, enquanto
que o núcleo estriado está localizado perto do cérebro anterior.
Os cientistas
puderam observar que tanto o desejo sexual quanto o amor ativam diferentes
áreas do núcleo estriado. A área que se ativa com o desejo sexual, ativa-se
também com outras coisas que produzem prazer, como a comida. A área do núcleo
estriado que se ativa com o amor é muito mais complexa, e embora também se
ative com o prazer ou desejo sexual, só funciona quando existe algo com “um
valor inerente” para ativá-la, afirmam os cientistas.
Para o professor
Jim Pfaus, que dirigiu os estudos, ninguém havia colocado estes dois sentimento
juntos para ver quais eram os padrões de ativação cerebral. “Não sabíamos o que
encontraríamos, pensamos que ambos estariam completamente separados, porém,
resultou que o amor e o desejo ativam áreas específicas porém vinculadas no
cérebro.
Enquanto o prazer
sexual tem um objetivo muito específico, o amor é mais abstrato e complexo,
portanto, menos dependente da presença física de outra pessoa, conclui Pfaus.
O que surpreendeu
os cientistas foi encontrar que a zona do núcleo estriado que se ativa com o
amor também está associada a adicção de drogas.
Para o professor
Pfaus, isso faz sentido: “ O amor realmente é um hábito que se forma com o
desejo sexual e que recompensa esse desejo.” No cérebro o amor funciona da
mesma forma como quando uma pessoa torna-se viciada de drogas, adiciona o
professor Pfaus.
Sendo o amor,
portanto, uma droga ou não, estando ligado ao desejo sexual e ao prazer,
continuará a ser cantado em verso e prosa, e ainda será a melhor forma de se
extrair prazer da vida e dela aproveitar o máximo possível de felicidade.
Slrm
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