quinta-feira, 24 de novembro de 2011

DIREÇÃO SEGURA = ZERO DE INGESTA DE ÁLCOOL - DIZ ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA DE TRÁFEGO.

No momento em que discutimos no Brasil a possibilidade de descriminalização de algumas substâncias capazes de produzir alteração do estado de consciência, como a maconha, ainda não chegamos a um consenso cultural – educacional, sobre a utilização de bebida alcoólica e direção de veículos automotores.  
O estudo abaixo publicado na  revista da Associação Médica Brasileira – AMB,volume 54, nº 5 / São Paulo, edição de setembro/outubro de 2008,  de autoria da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, publicado em 11 de julho de 2008, demonstra claramente que não há um limite seguro de alcoolemia para garantir segurança ao dirigir.
Contrariamente à tese de alguns que insistem em afirmar que conseguem dirigir mesmo após ingestão de bebidas alcoólicas, os estudos demonstram que essa afirmativa não corresponde à verdade e que quando testados, mesmo em doses menores, ocorre diminuição da capacidade de desempenhar funções cruciais para a condução de veículos, como processamento de informações, se inicia com alcoolemias baixas, e a maioria dos indivíduos se encontra significantemente debilitada com alcoolemia de 0,5 g/l.
Guardadas as diferenças individuais e demais variáveis observáveis, o estudo conclui que: “não existe concentração segura, sendo, portanto, a alcoolemia zero o único padrão proposto de dirigibilidade sem riscos.”.
Slrm
*  Grifos, sublinhados e negritos,no texto original são destaques de minha autoria.
Veja o texto original abaixo:

Rev. Assoc. Med. Bras. vol.54 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2008
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302008000500006 

Alcoolemia e direção veicular segura.

Autoria: Associação Brasileira de Medicina de Tráfego
Participantes: Adura FE, Leyton V, Ponce JC, Sabbag AF
Elaboração Final: 11 de julho de 2008
Descrição do método de coleta de evidência: Os dados que serviram de base para a elaboração desta diretriz foram obtidos por meio da revisão bibliográfica de artigos científicos e dados oficiais de órgãos governamentais e organizações internacionais de Trânsito e Saúde.
Graus de recomendação e força de evidência:
A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistência.
B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistência.
C: Relatos de casos (estudos não controlados).
D: Opinião desprovida de avaliação crítica, baseada em consensos, estudos fisiológicos ou modelos animais.

Objetivos
Avaliar as conseqüências do consumo do álcool nas funções motoras e psicológicas utilizadas na condução de veículo automotor, e definir uma orientação sobre seu consumo consciente e seguro, visando à redução de mortes e de ferimentos decorrentes do dirigir alcoolizado.
 Conflito de interesse
Nenhum conflito de interesse declarado.


Introdução
O álcool é uma substância psicoativa que pode alterar percepções e comportamentos, aumenta a agressividade e diminui a atenção1(B). Estima-se que no mundo dois bilhões de pessoas sejam consumidoras de bebidas alcoólicas e já é de consenso que o uso de álcool está relacionado com vários tipos de violência, incluindo os acidentes de trânsito2,3(B)4( D).
O Código de Trânsito Brasileiro vigente estabelece como limite para criminalização do ato de beber e dirigir a concentração de álcool no sangue (alcoolemia) igual ou superior a 0,6 g/l. Motoristas que estiverem dirigindo com essa concentração estão impedidos de conduzir veículo automotor5(D). Essa Lei é pouco conhecida pela população e apenas 13% a 22% dos condutores souberam responder de forma correta o limite legal6,7(B).
Uma dose (uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou meio copo de uísque) corresponde a aproximadamente 12 g de álcool.
Um adulto médio (homem, 70 kg ou mulher de 62 kg, em bom estado de saúde), consumindo duas doses, atingirá uma alcoolemia de 0,3-0,5 g/l8(B).
O segundo levantamento domiciliar sobre o consumo de drogas psicotrópicas do CEBRID indica que 74,6% da população brasileira consumiram álcool durante sua vida, 12,3% são dependentes e 7,3% se envolveram em situações de risco físico. Todas essas porcentagens foram maiores para o sexo masculino do que para o feminino, se analisados em separado9(B).
Os acidentes de trânsito são a décima causa de todas as mortes e a nona causa de morbidade em todo o mundo, vitimando fatalmente 1,2 milhões de pessoas todo ano, e ferindo de 20 a 50 milhões. A América Latina apresenta um panorama ainda mais preocupante, por ter as maiores taxas de fatalidades no trânsito de todas as regiões do mundo, 26,1 mortes para cada 100 mil habitantes, o dobro da média mundial10(B)11(D ).
O Brasil tem uma taxa de 6,3 acidentes para cada 10 mil veículos registrados12(C).
Estudos sobre a associação de álcool e acidentes de trânsito são numerosos na literatura; no entanto, o Brasil, apesar de apresentar uma alta taxa de acidentes, tem poucos, mas valiosos, estudos.
Estudo realizado em sala de emergência de São Paulo mostrou que 28,9% das vítimas de trauma atendidas apresentaram alcoolemia positiva13(B).
Valores variam de 19,8%, para condutores numa amostra geral que conduzem acima do limite legal, a 47%, em vítimas fatais de acidentes de trânsito6,14-16(B).
O Código de Trânsito Brasileiro acarretou em uma redução de 20% nos traumas em ocupantes de veículos, e 9% nos condutores de motocicletas, mas a diminuição de condutores alcoolizados só ocorreu neste último grupo17(B).
Estima-se que os custos anuais dos acidentes de trânsito nos Estados Unidos somaram US$ 230,6 bilhões no ano de 2000, com 41.821 mortes, 5,3 milhões de feridos e 28 milhões de veículos danificados, sendo que o álcool responde por 46% dos custos decorrentes de mortes18(D). Campanhas de prevenção e de fiscalização do motorista embriagado resultam em uma economia de seis dólares para cada dólar investido19(A).
No Brasil, dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram que o custo total dos acidentes em aglomerados urbanos chega a 5,3 bilhões de reais20(D). Custos de ferimentos no trânsito respondem por um quarto de todos os custos com empregados para as empresas americanas21(D).
No entanto, o estabelecimento de um limite de alcoolemia, mesmo que baseado em evidências, não é suficiente para coibir todos os acidentes relacionados ao álcool, especialmente se considerarmos os indivíduos que podem estar alterados com concentrações abaixo do limite legal, e que sofrem acidentes fatais. Isso foi demonstrado pela National Highway Traffic Safety Agency (NHTSA) dos Estados Unidos, que relatou que 13% dos condutores alcoolizados que morreram em acidentes estavam com alcoolemia positiva, porém abaixo do limite máximo permitido22(A).
No Brasil, estudo recente mostrou que 38% dos condutores dirigiam, naquele momento, sob efeito do álcool, sendo que 18% com valores de alcoolemia inferiores ao estabelecido por lei. Um dado alarmante é que 22,9% dos condutores acreditavam que a bebida não influenciava negativamente sua capacidade de dirigir, sobretudo se adotam medidas tidas como protetoras, como tomar café e dirigir com mais cautela6(B).
 Riscos de direção veicular devido ao uso de álcool
Os riscos de ocorrer acidentes de trânsito aumentam se o condutor ingerir bebida alcoólica.
Condutores com alcoolemia igual ou superior a 0,2 g/l ficam com as habilidades necessárias para a condução prejudicadas, como funções de atenção dividida, visuais e acompanhamento de movimento8(B)23(D ).
O risco de envolvimento em um acidente fatal para condutores com alcoolemia entre 0,2 e 0,5 g/l é de 2,6 a 4,6 vezes maior do que o de um condutor sóbrio8(B).
A diminuição da capacidade de desempenhar funções cruciais para a condução de veículos, como processamento de informações, se inicia com alcoolemias baixas, e a maioria dos indivíduos se encontra significantemente debilitada com alcoolemia de 0,5 g/l. O risco relativo de se envolver em um acidente fatal como condutor é de 4 a 10 vezes maior para motoristas com alcoolemia entre 0,5 e 0,7g/l, se comparados com motoristas sóbrios24(A)8( B).

Intervenções
Estratégias como suspensão da carteira, ações coercitivas realizadas pela polícia como blitz de checagem de alcoolemia, diminuição do limite máximo permitido e proibição da condução com qualquer concentração alcoólica têm efeito de reduzir até 62% o número de vítimas fatais em acidentes relacionados ao álcool25,26(D).
Há pesquisas que demonstram que nos países desenvolvidos tem havido uma apreciável diminuição no número de vítimas fatais nas ocorrências de trânsito26,27(D). A melhoria na conservação das estradas, equipes de APH (Atendimento Pré-Hospitalar) melhor treinadas, leis mais severas e a nova tecnologia embarcada nos veículos (cintos multipontos, air-bags, carrocerias que absorvem impacto, etc.) foram fatores determinantes nesta diminuição.
Uma supervisão rigorosa do cumprimento das leis sobre o consumo e a venda do álcool também contribui para diminuir as taxas de óbitos por acidentes de trânsito27(D).
Apesar das leis acerca de níveis máximos permitidos para condução desencorajarem mais fortemente os "bebedores sociais" de dirigirem após consumirem uma pequena quantidade de álcool, há certo efeito sobre os "bebedores pesados", visto que há diminuição também de acidentes com condutores com alcoolemias mais altas19(A).
As leis não devem ser somente promulgadas, mas divulgadas e aplicadas (fiscalização) de forma constante. Mesmo quando há um efeito considerável na redução de acidentes devido à entrada em vigor de uma lei, esse efeito pode ser anulado após certo período de tempo, se houver percepção pública de impunidade e/ou desconhecimento da lei vigente. Campanhas de publicidade e educação pública e fiscalização severa são capazes de manter o sentimento de risco de punição e resultam em um cumprimento maior da lei28(D).
Pessoas que morreram em acidentes relacionados ao álcool (concentração no sangue do condutor de 0,2 g/l ou maior) tinham maior probabilidade de terem sido condenadas por uma infração de direção sob efeito de álcool nos cinco anos anteriores29(B).
Do exposto acima, refletindo sobre a quantidade de informações existentes e sabendo que há uma grande variabilidade dos efeitos devido à susceptibilidade individual dos condutores (sexo, peso, etnia, hábito ou não de consumir bebidas) nos leva a afirmar que não existe concentração segura, sendo, portanto, a alcoolemia zero o único padrão proposto de dirigibilidade sem riscos.

Referências
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 O texto completo da Diretriz: Alcoolemia e Direção Veicular Segura está disponível nos sites: www.projetodiretrizes.org.br e www.amb.org.br.



PODE ALGUÉM SER IGNORADO PELA SUA PROFISSÃO?

Essa matéria recebi de um amigo por email, parece ter sido publicada no diário de São Paulo, por Plínio Delphino,mas não sei a data.
O importante nela é que trata-se de uma tese de mestrado da USP,  feita pelo psicólogo  social Fernando Braga da Costa, que durante um mês trabalhou como gari, varrendo as ruas do campus da USP.
O interessante e triste desse trabalho é mostrar o lado sombrio daquelas pessoas que se tornam esquecidas pela sociedade, parecendo não existir como ser humano, desvalorizadas em sua profissão, perdem também o valor como pessoa humana.
O homem é um ser social, mas dentro dessa sociedade organizada, por critérios de valore culturais e econômicos, alguns seres e  profissões são mais valorizados que outros. Assim, aqueles que abraçam profissões de caráter mais braçal, que exige menos capacidade intelectual, acabam de certa forma esquecidos ou desprezados pelos outros membros da sociedade com melhor padrão devida.
Estes indivíduos, seres como todos nós, exercem funções que embora relevantes e necessárias, são desclassificadas no imaginário social, tornando-se assim, indivíduos anônimos,  quase invisíveis publicamente.
São pessoas que estão ao nosso lado diariamente, mas que na maioria das vezes sequer percebemos, sem mesmo dirigir-lhes um olhar ou um bom dia, como se na realidade não existissem, ou fossem meras peças de decoração.
Essa triste realidade constatada no trabalho desse psicólogo leva-nos à reflexão do quanto nos distanciamos daquele sentimento humanitário que integra as pessoas, relegando nossos irmãos de profissões consideradas menos nobres, a uma condição de existência ignorada, como se nem mesmo existisse.
slrm

Veja o trabalho abaixo:
·        Os grifos e sublinhados são de minha autoria
TESE DE MESTRADO NA USP POR UM PSICÓLOGO
'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'
'FINGI SER GARI POR UM MÊS E VIVI COMO UM SER INVISÍVEL'
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.                     
 O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.  Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'.
Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.
'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, algunsse aproximavam para ensinar o serviço.
Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.
Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. 
Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. 
Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
 E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. 
Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. 
Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. 
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. 
Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
Respeito: passe adiante!

NOVO ESTUDO MOSTRA QUE RADIOFREQUÊNCIA DE CELULARES PODE ALTERAR A GLICOSE CEREBRAL

Um estudo de fevereiro de 2011, conduzido pela Nora D. Volkow, MD, da National Institute on Drug Abuse, em Bethesda, Maryland/USA, traz importantes informações sobre alterações produzidas no metabolismo de glicose cerebral por uso de telefones celulares, cuja antena de recepção de ondas de rádio frequência estão muito próximas às áreas cerebrais.
Embora o estudo não seja conclusivo, a proximidade do aparelho com o cérebro é capaz de aumentar o metabolismo de glicose cerebral, mesmo que ainda não se saiba que significados biológicos e funcionais isso representa.
Um alerta importante sobre a utilização desses aparelhos é para que seu uso mantenha limites mínimos de pelo menos 30 cm do cérebro e limitação de uso por crianças e adolescentes, cuja estrutura cerebral ainda não está totalmente formada.
Abaixo a matéria traduzida que fi publicada no site médico medscape – Mediacal-News>Neurologia,por Susan Jeffrey, em 23 fevereiro 2011.
Slrm.

Uso do telefone celular afeta o metabolismo da glicose cerebral
Susan Jeffrey

23 DE FEVEREIRO DE 2011 - UTILIZAÇÃO DE UM TELEFONE CELULAR POR APENAS 50 MINUTOS DE CADA VEZ PARECE AFETAR O METABOLISMO DA GLICOSE CEREBRAL NA REGIÃO MAIS PRÓXIMA À ANTENA DO CELULAR, MOSTRA UM NOVO ESTUDO.
Pesquisadores usaram tomografia por emissão de pósitrons (PET) durante o uso do celular  e depois desligado em várias posições e descobriram que, embora o metabolismo de todo o cérebro não foi afetado, o metabolismo foi aumentado no córtex órbito-frontal e as áreas do pólo temporal do cérebro, enquanto o telefone celular estava ligado, áreas que estão perto de onde a antena do telefone encontra a cabeça.
"Nós não sabemos o que o significado clínico deste achado representa, tanto com respeito ao efeito terapêutico potencial deste tipo de tecnologia, mas também potenciais consequências negativas da exposição telefone celular", disse o principal autor do estudo, Nora D. Volkow, MD, da National Institute on Drug Abuse, em Bethesda, Maryland, durante uma teleconferência.
Nesse ínterim, porém, ela recomenda o uso de dispositivos viva-voz ou alto-falante  de modo a evitar o contato direto do telefone com a cabeça. Trabalho anterior sugere que, se o telefone estiver a aproximadamente 30,4 cm ou mais de distância, é muito improvável que tenha algum efeito, disse ela. "Portanto, há algumas soluções muito simples que não custam nada para quem quer manter-se seguro".
Cuidado pode ser particularmente necessário para crianças e adolescentes cujo tecido neural ainda está em desenvolvimento, Dr. Volkow observou. Esta é também uma população que começou a sua vida com telefones celulares e pode esperar para ser exposta para os próximos anos, acrescentou.
Seu relatório aparece na edição 23 de fevereiro do Journal of the American Medical Association
Efeito de ferramentas de imagem?
A proliferação do uso do telefone celular tem levantado a questão dos efeitos de campos eletromagnéticos de radiofreqüência modulada (RF-CEM), em particular os efeitos cancerígenos. Estudos epidemiológicos olhando para a relação entre celulares e tumores cerebrais têm sido inconsistentes com alguns resultados, mas não todos, estudos buscam mecanismo de encontrar um maior risco ", e a questão continua por resolver", afirmam os autores.
A Dra. Volkow é bem conhecida por seu trabalho na área de vícios, e não dos efeitos adversos gerados do uso do telefone celular, mas este novo estudo, no entanto, que resultou da pesquisa,  têm sido realizada paraa estudar se as tecnologias de imagem, incluindo PET e ressonância magnética (MRI), que são usados ​​para estudar o cérebro podem afetar diretamente o seu funcionamento. "Nos últimos 15 anos, fizemos uma série de estudos para tentar realmente avaliar se os campos magnéticos afetam o metabolismo da glicose cerebral", explicou Dra. Volkow.
Eles descobriram, por exemplo, que o campo magnético estático de um MRI 4-T não afeta o metabolismo cerebral, disse ela. No entanto, quando os campos magnéticos foram mudados rapidamente, o que produz correntes elétricas, houve um aumento significativo no metabolismo da glicose no cérebro. Perguntavam-se se o RF-CEM produzidos por telefones celulares pode fazer a mesma coisa.
O presente estudo foi um estudo cruzado randomizado, que envolveu 47 pessoas saudáveis, indivíduos moradores da comunidade. Todos foram submetidos à  PET com ( 18 F) de injeção fluorodesoxiglicose duas vezes durante 50 minutos a uma hora, uma vez que com um telefone celular em cada orelha, com apenas um telefone na orelha direito, com um dos telefones silenciado, e uma vez com dois telefones celulares desligado.
Eles descobriram que o metabolismo do cérebro inteiro não foi significativamente diferente com o telefone no off . No entanto, o metabolismo nas regiões mais próximo da antena, o córtex órbito-frontal e pólo temporal, foi significativamente maior quando o celular estava ligado.
Mesa. Metabolismo cerebral em área mais próxima Antena Com Cell Phone On vs Off
Endpoint
O Modo
Modo Off
Diferença média (95% CI)
P
Metabolismo na área mais próxima à antena, g μmol/100 por minuto
35,7
33,3
2,4 (0,67-4,2)
0,004
CI = intervalo de confiança
A diferença entre  modo ativo e inativo era de um aumento de 7% no metabolismo da glicose, dentro da faixa de ativação fisiológica durante a fala, por exemplo.
Os aumentos na ativação também se correlacionaram significativamente com as amplitudes de campo eletromagnético estimado para o metabolismo absoluto ( R = 0,95) e para o metabolismo (normalizados R = 0,89, P <0,001 para ambos).
É possível que a ativação seja ainda maior em indivíduos que estão realmente falando ao telefone, mas no presente estudo, não avaliou-se a fala durante os exames, o que pode ter ativado outras áreas do cérebro e confundidos os efeitos do telefone celular, ela disse .
Infelizmente, a Dra. Volkow observou, esses achados não lançam qualquer luz sobre a controvérsia sobre se a exposição ao  celular produz ou não produz câncer. "O que ele nos diz é que o cérebro humano é sensível a esta radiação eletromagnética", disse ela. Se isto tem quaisquer consequências negativas precisa ser avaliada.
Impulsionamos o estudo para detectar os efeitos, mesmo que pequenos, acrescentou a Dra. Volkow. Se  não tivéssemos visto nenhum efeito após 50 minutos de exposição ",  teria sido muito mais fácil descaracterizar qualquer preocupação negativa em potencial dos telefones celulares", disse ela. "Mas o fato de que estamos observando mudanças realmente destaca a necessidade de fazer os estudos para sermos capazes de responder corretamente a questão sobre se a exposição de telefone celular pode ter efeitos nocivos ou não."
É também possível que possa  haver efeitos benéficos, ela especula. "Poderia uma utilização, por exemplo, desse tipo de tecnologia,  para ativar áreas do cérebro que podem não ser corretamente ativado e explorar potenciais aplicações terapêuticas deste tipo de tecnologia? Mas isso exigiria uma comprovação que não existem efeitos indesejáveis."
Adicionar à preocupação
Em um editorial que acompanha a publicação, Henry Lai, PhD, do Departamento de Bioengenharia da Universidade de Washington, Seattle, e Lennart Hardell, MD, PhD, do Departamento de Oncologia do Hospital Universitário, Orebro, Suécia, salienta que esta é a primeira investigação em seres humanos do metabolismo da glicose no cérebro após o uso de telefone celular.
"Os resultados apontados  por Volkow et al, vem  adicionar a preocupação com possíveis efeitos na saúde de forma  aguda e de longo prazo, das emissões de radiofreqüência a partir de telefones sem fio, incluindo telefones móveis e sem fio área de trabalho", escrevem eles.
"Embora o significado biológico, se houver, do metabolismo de glicose aumentado, após exposição aguda á telefone celular seja desconhecido, os resultados justificam uma investigação mais aprofundada."
Os efeitos não são susceptíveis de ser mediado pelo aumento substancial da temperatura, observados com os telefones celulares, devido a ativação ter sido  "bastante distante" de onde o celular fez contato,  especulam. Além disso, como os sujeitos estavam  apenas ouvindo, em vez de falar ao telefone, "o efeito observado poderia, assim, potencialmente, ser mais pronunciado em situações de uso normal."
O estudo foi financiado pelo Programa de Pesquisa Intramural dos Institutos Nacionais de Saúde e pelo apoio de infra-estrutura do Departamento de Energia dos EUA. Os pesquisadores e editorialistas não declararam relações financeiras relevantes.
 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

21 DE NOVEMBRO - DIA DA HOMEOPATIA

" O organismo material, sem a força vital, é incapaz de sentir, agir ou conserar-se; todas todas as sensações nascem e todas as funções vitais se realizam através do ser imaterial (o princípio vital) que o anima, tanto no estado de saúde como no de doença." 
§ 10 - Organon da ate de curar de Samuel Hahnemann


 
slrm
“A função principal do médico é curar. Todos os seus conhecimentos inerentes ao seu patrimônio intelectual devem cooperar harmoniosamente para este mesmo ideal – estabelecer a saúde dos enfermos.” (*)
(Garamond)

DIA 21 DE NOVEMBRO – DIA DA HOMEOPATIA.
PARABÉNS DOUTOR!
(*) - (A citação acima encontra-se no preâmbulo do opúsculo "Aos Meus Colegas" de autoria do Dr. Penna Ribas, onde ele apresenta a sua tese "As Espiritopatias à Luz da Doutrina Espírita".)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Governo lança Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - CBN

Governo lança Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - CBN

ESTUDO MOSTRA QUE VACINAR AINDA É MAIS SEGURO QUE CORRER O RISCO DA DOENÇA.

Entre os grandes avanços da medicina no último século podemos afirmar que o sistema de vacinação coletiva foi um dos grandes baluartes médico no combate a doenças infectocontagiosas e para evitar epidemias.
Doenças que dizimavam milhões de pessoas em todo mundo passaram a ficar controladas e muitas chegaram a desaparecer.
Apesar dos benefícios declarados da vacinação adotada hoje em todo o mundo, nas últimas décadas tem surgido controvérsias e denuncias que afirmam não só os efeitos colaterais graves das vacinações periódicas, como chegam mesmo a afirmar em alguns casos que estas podem ser responsáveis pelo surgimento de doenças como o autismo.
Nesse sentido torna-se relevante o estudo publicado no site WebMD Health News, abaixo reproduzido, de autoria de Kathleen Doheny, Avaliado por Laura J. Martin, MD, de 25 de agosto de 2011, trazendo importantes revelações sobre avaliações de mais de 1.000 artigos sobre vacinas e suas relações com doenças, choque anafilático e efeitos colaterais.
A conclusão final, deixa claro que mesmo contra qualquer possibilidade rara de efeito colateral produzido pelas vacinas, ainda é muito mais seguro vacinar que correr o risco de enfrentar novas epidemias.
SLRM
Confira o texto:

RELATÓRIO DIZ QUE VACINAS SÃO SEGURAS  E RARAMENTE PODEM CAUSAR ALGUM PROBLEMA DE SAÚDE
Por Kathleen Doheny
WebMD Health News
Avaliado por Laura J. Martin, MD25 de agosto de 2011 –

Quase duas décadas de pesquisas sobre a segurança de vacinas descobriu-se que os efeitos secundários graves são raros e que as vacinas não causam autismo , diabetes , asma, ou paralisia de Bell.
Embora os temores sobre a segurança das vacinas sejam comuns, o novo estudo do Instituto de Medicina sem fins lucrativos, encontra que as vacinas causam poucos problemas de saúde.
"As descobertas devem ser reconfortantes para os pais ao saberem que poucos problemas de saúde são claramente ligados a imunizações , e esses efeitos tem ocorrência relativamente rara ", diz Ellen Wright Clayton, MD, JD, diretor do Centro para Ética Biomédica e Sociedade da Universidade Vanderbilt." E estudo repetido deixou claro que alguns problemas de saúde não são causados ​​por vacinas. "
"MMR [sarampo, caxumba, rubéola] não causa autismo, MMR não causa diabetes tipo 1 ", diz ela. "DTaP [difteria-tétano-pertussis] não causa diabetes tipo 1.
"A vacina contra a gripe não agravar a asma, e a vacina contra a gripe não causa paralisia de Bell ", diz ela. Paralisia de Bell é uma doença de um nervo controlar os músculos faciais de um lado do rosto.
O Instituto de Medicina observou mais de 1.000 artigos de pesquisa para o estudo. O trabalho foi feito a pedido do governo federal, Programa de Compensação Vaccine Injury (VICP). As conclusões servirão de base científica quando o VICP, administrado pelo Departamento  de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, efetuar as revisões de  reivindicações legais sobre acidentes com vacinas e decidir se irá compensar as pessoas que ingressaram na justiça com ações ou se  arquivam as reivindicações.
EFEITOS COLATERAIS DAS VACINAS: DETALHES DO RELATÓRIO
O comitê analisou oito vacinas dadas às crianças ou adultos:
MMR
Varicela (catapora para)
Gripe
Hepatite A
Hepatite B
Papilomavírus humano (HPV)
Difteria-tétano-pertussis
Meningocócica
A comissão de revisão da literatura médica atuou para ver se havia alguma evidência de que as vacinas fossem associadas com 14 resultados de saúde diferentes. Estes resultados incluem convulsões, inflamação do cérebro, desmaios e outros problemas.
Para cada resultado de saúde, os especialistas olharam para estudos científicos e outras provas. Eles decidiram o quão forte era a evidência e se ela apontava para uma relação de causa-efeito.
Por exemplo, os peritos consideraram 22 estudos que analisaram o risco de autismo depois da vacina MMR , mas não encontraram nenhuma evidência de uma ligação entre eles.
O painel buscou encontrar algumas ligações entre as vacinas e os efeitos colaterais graves.
"Várias vacinas podem produzir anafilaxia como causa", diz Clayton. A anafilaxia é uma reação com risco de vida que podem ocorrer em segundos ou minutos após a exposição ao alérgeno.
"Entre elas", diz ela, "são MMR, varicela, gripe, hepatite B, antitetânica e meningococo.”
Quando essas vacinas são dadas, é prática comum instruir o paciente a esperar no consultório por alguns minutos, Clayton diz WebMD. Tipicamente, a reação de anafilaxia ocorre rapidamente, diz ela, e o tratamento pode ser dado.
Clayton diz que outro possível efeito colateral grave de a vacina MMR é um tipo de ataque chamado de convulsão febril, provocada por febres. "Isso é conhecido há duas décadas, nas relações entre uma mãe e um pediatra, e pode ser assustador."
No entanto, ela diz, não há quase nunca maiores conseqüências de longo prazo causadas pelas convulsões febris.
Crianças com sistema imunológico comprometido, como aqueles que recebem a quimioterapia para o câncer, pode sofrer uma variedade de efeitos colaterais das vacinas, Clayton diz.
SEGURANÇA DAS VACINAS: PERSPECTIVAS
O relatório tem algumas inconsistências, diz Lyn Redwood, RN, vice-presidente da Coligação para SafeMinds. A organização é dedicada a erradicar o autismo e outros problemas de saúde que acredita ser causados ​​pelo mercúrio e outras toxinas.
"Para mim, é incoerente o que o relatório diz , enquanto reconhecemos uma associação entre inflamação e apreensão de vacinas, não reconhecemos uma associação entre vacinas e autismo", diz ela.

Ela cita uma pesquisa que encontra crianças e adultos com autismo ou transtorno do espectro do autismo que podem ter uma inflamação no cérebro em curso. "Um esforço total é necessário para entender melhor por que algumas crianças são prejudicadas por vacinas e o que pode ser feito para torná-las mais seguras", diz ela.
"É igualmente inaceitável para uma criança ser prejudicada por uma doença imunoprevenivel, como é para uma criança ser prejudicada por uma vacina", diz ela.
Neal Halsey, MD, diretor do Instituto para a Segurança de Vacinas da Universidade Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health University, trabalhou como revisor independente do relatório, mas não fez recomendações ou conclusões.
"No geral, eu acho que é um relatório excelente e ajuda a responder muitas das questões de segurança", diz a  WebMD. "Eu acho que é um relatório justo,  honesto e bastante completo."
Para os pais, ele diz, "Eu acho que a notícia importante é que as vacinas são geralmente muito seguras e que muitas das afirmações sobre vacinas terem causado coisas como diabetes e autismo não são suportadas pela evidência científica. Vacinas, Mas, como qualquer outra intervenção médica que temos, trazem consigo alguns riscos adversos. Mas os riscos de não serem vacinados são muito maiores do que o risco raro de complicações graves para a vacina.”
Relatórios de Halsey receberam fundos de pesquisa da Merck para a pesquisa da vacina contra o HPV e serve em comitês de avaliação de segurança para Novartis e Merck. Ele conduziu estudos para segurança da vacina para o CDC.
Fonte:
Webmed
http://children.webmd.com/vaccines/news/20110825/report-vaccines-generally-safe-cause-few-health-problems?ecd=wnl_nal_prg_082511