quarta-feira, 7 de setembro de 2011

QUANTA ÁGUA MEU CORPO NECESSITA POR DIA?


O texto de Ivan Lessa publicado no site IG-Último Segundo, em 17 de julho de 2011 é bastante interessante pois refere-se a um dos costumes adotados pela população em geral e mesmo por médicos e terapêutas, com referência a necesidade diária de ingesta de água que o ser humano necessita.
             É interessante que certas idéias vêm prevalescendo mesmo que a respeito delas nada do considerado científicamente correto possa ser corroborado.  Esse é o caso da necessidade diária de ingestão de água e seus benefícios ou malefícios, no caso do excesso.
            Como mostrado no texto que reproduzo abaixo, estudos da doutoura Margaret MacCartney, de Glasgow, Escócia, constata o que muitos de nós já sabemos, o próprio organismo humano é capaz por si próprio de controlar sua necessidade real de ingestão de líquidos, incluído aquí a boa água pura. Tudo o mais, não passa de idéias disseminadas, muitas vezes pelos próprios médicos e terapêutas, mas que em verdade não encontram respaldo científico. Se tiver sede, beba, se não, para quê?
OITO COPOS DE ÁGUA
(IVAN LESSA) : BBC Brasil | 18/07/2011 09:22
Médica escocesa acaba com a lenda da necessidade diária de líquido do corpo humano.
Exatamente. Oito copos de água. É o que médicos e a lenda urbana recomendam para o bom funcionamento do corpo humano.
Nós todos, a humanidade, para sobrevivermos, precisamos de oito copos de água (cada um de 8 onças líquidas) por dia. A isso chamam de “a lei dos 8 x 8”.
Não me canso de ver gente, principalmente agora, no verão, carregando sua garrafinha, ou garrafona, de água na mão. Nas ruas, teatros, cinemas, na condução, onde estiverem.
Há inclusive, pegando uma bela carona na superstição (já chego lá), cinturões especiais de fino material e acabamento, muitos de grife, que vêm com o espaço para encaixar aquele que já foi o “precioso líquido” e hoje substitui, com desvantagem, creio, o cigarrinho ora proibido.
Os médicos recomendam os tais “8 x 8”. Aqueles mesmos senhores que não sabem o que é nem como atua no organismo humano a aspirina.
Felizmente, como em toda profissão, há, aqui e ali, lampejos de sensatez. Que é o caso da doutora Margaret McCartney, de Glasgow, na Escócia, que, em artigo publicado há pouco na mais respeitada publicação, talvez mundial, do gênero, o British Medical Journal, revelou o que nós, pessoas sóbrias e equilibradas, sempre desconfiamos – mais: sempre soubemos –: qual seja, isso é exagero.
A dra. McCartney vai mais longe, pois como boa escocesa não tem meias-palavras, só palavras completas. Diz ela, a uma certa altura que esses 8 copos de água por dia constituem “um absurdo que chega ao ridículo”.
Enfileirando com o devido rigor sua argumentação, ela afirma o que seus colegas de profissão sempre souberam: não há nenhuma prova científica de que o corpo humano precisa de tanta água por dia. E prossegue dizendo que o corpo humano regula seu próprio consumo de água quando necessita substituir o consumo do fluido em questão.
A ilustre doutora McCartney é definitiva em seu esboço de tratado. O corpo humano quando precisa mesmo de água tem sede. Esse o mecanismo básico a ser posto em funcionamento.
Tudo depende da atividade em que o indivíduo está envolvido e quanta água contém o que ele ingere na comida. Isso para não falar de fatores como o calor e as condições médicas da pessoa.
Para os que, além de viciados (não há outra palavra) em água, são ainda chegados a uma reciclagem, saibam que 1 tonelada e 500 milhões de quilos de plástico são utilizados pela indústria potável em recipientes plásticos, por sinal de difícil e dispendiosa reciclagem.
Parabéns pois à Volvic e à Evian por contribuir para a ignorância da plebe dita “esclarecida”, para não dizer maníaca também, pelo produto inodoro e insípido que faz, para uns poucos, lucros de milhões e aufere para um dinheirinho razoável para seus acionistas.
Heinz Valtin, fisiologista americano, não encontrou em suas pesquisas, motivadas pelo ensaio da dra. McCartney, nenhuma referência aos tais 8 copos de água diários “imprescindíveis” para nossa saúde.
Apenas que, em 1945, a Junta de Nutrição de seu país opinou (eram mais tolerantes então) que o que comemos já possui os fluidos necessários para o nosso funcionamento adequado.
No que voltamos ao lendário popular. Consta das crendices dos menos dotados de luz que 8 copos de água diários são sensacionais para tratar de infecções do trato urinário e melhorar a tonalidade da pele, além de reduzir as dores de cabeça e auxiliar nos casos de constipação, que, aliás, acrescenta Valtin, os rins cuidam do problema diretinho, sem auxílio de qualquer copo de água de grife ou sem grife.
Portanto, vamos parar de fazer rolar esse aguaceiro desatinado. E, com a devida moderação, optar pela boa e velha água de bica. Que é grátis

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