A
Coca-Cola brasileira vem apresentando em sua comercialização um teor
altíssimo, 69,9 vezes acima do máximo recomendado, da substância 4_MI
que participa da composição do corante caramelo. Essa substância foi
reconhecida por pesquisas de laboratório, cientificamente confirmadas,
como potencialmente indutoras de tumores cancerígenos, motivo pelo qual
sua suspensão e redução vem sendo recomendada em vários países do mundo.
Veja a matéria abaixo publicada pela Agência Reuters.
26/06/201219h13
Coca-Cola
no Brasil tem substância suspeita de causar câncer
26 Jun
(Reuters) - A Coca-Cola vendida em vários países, inclusive no Brasil, continua
apresentando níveis elevados de uma substância química associada a casos de
câncer em animais, e que já foi praticamente eliminada na versão do
refrigerante comercializada na Califórnia, disse na terça-feira o Centro para a
Ciência no Interesse Público, com sede nos EUA.
A entidade
disse que amostras da Coca-Cola recolhidas em nove países mostraram
"quantidades alarmantes" da substância 4-metilimidazole, ou 4-MI, que
entra na composição do corante caramelo. Níveis elevados dessa substância foram
relacionados ao câncer em animais.
Em março, a
Coca-Cola e sua rival PepsiCo anunciaram ter pedido aos fornecedores do corante
para que alterassem seu processo industrial, de modo a atender a uma regra
aprovada em plebiscito na Califórnia para limitar a exposição de consumidores a
substâncias tóxicas.
A Coca-Cola
disse na ocasião que iniciaria a mudança pela Califórnia, mas que com o tempo
ampliaria o uso do corante caramelo com teor reduzido de 4-MI. A empresa não
citou prazos para isso.
Na terça-feira,
a Coca-Cola repetiu que o corante usado em todos os seus produtos é seguro, e
que só solicitou a alteração aos fornecedores para se adequar às regras de
rotulagem da Califórnia.
Segundo o CCIP,
amostras da Califórnia examinadas recentemente mostravam apenas 4 microgramas
de 4-MI por lata da bebida. A Califórnia agora exige um alerta no rótulo de um
alimento ou bebida se houver a chance de o consumidor ingerir mais de 30
microgramas por dia.
Nas amostras
brasileiras, havia 267 microgramas de 4-MI por lata. Foram registrados 177
microgramas na Coca-Cola do Quênia, e 145 microgramas em amostras adquiridas em
Washington.
"Agora que
sabemos que é possível eliminar quase totalmente essa substância carcinogênica
das colas, não há desculpa para que a Coca-Cola e outras empresas não façam
isso no mundo todo, e não só na Califórnia", disse em nota Michael
Jacobson, diretor-executivo do CCIP.
A FDA (agência
de fiscalização de alimentos e remédios dos EUA) está avaliando uma solicitação
do CCIP para proibir o processo que cria níveis elevados de 4-MI, mas disse que
não há razão para crer em riscos imediatos aos consumidores.
Neste ano, um
porta-voz da FDA disse que uma pessoa teria de consumir "bem mais de mil
latas de refrigerante por dia para atingir as doses administradas nos estudos
que demonstraram ligações com o câncer em roedores".
A Coca-Cola
disse na terça-feira que continua desenvolvendo a logística para adotar o novo
corante caramelo.
"Pretendemos
ampliar o uso do caramelo modificado globalmente, para nos permitir agilizar e
simplificar nossa cadeia de fornecimento e os sistemas de fabricação e
distribuição", disse a empresa em nota.
Uma porta-voz
não quis comentar os custos dessa mudança.
(Reportagem de
Brad Dorfman
NÃO SÓ A COCA-COLA COMO QUALQUER REFRIGERANTE É PREJUDICIAL.. CADA UM COM A LIVRE ESCOLHA USA A CONSCIÊNCIA EM PROL, OU NÃO, DA SAÚDE.
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