Muito
se fala sobre a pouca água potável hoje existente no planeta terra.
para muitos, inclusive as grandes potências, os estudos e cientistas que
fazem tais afirmativas são classificados como alarmistas. Entre as duas
correntes há muita discussão.
matéria
recente de 20 de maio passado, publicada no jornal francês Le Mond,
traz interessante relação entre a massa do planeta terra e a devida
proporção de água, considerada água salgada, doce e potável.
O texto abaixo e imagens, reproduzem o publicado.
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A informação fala por si mesma. Imagine que um
poderoso feiticeiro, graças a suas habilidades na feitiçaria, retirou toda a
água na Terra e acumulou-a em uma esfera, um pequeno satélite líquido posicionado
sobre nosso globo que subitamente secou. De repente, nosso planeta azul
tornou-se marrom e, com surpresa, percebemos os oceanos, mares, lagos, calotas
polares, geleiras e rios, que normalmente cobrem mais de 70% dos 510 milhões km2
que compõem a superfície daTerra, ficarem reduzidos a uma esfera de apenas 1385
km de diâmetro, aproximadamente a distância entre Argel e Paris em linha reta.
A água sobre a Terra é como uma folha de papel de
que envolve uma bola de boliche. Do espaço praticamente só se vê esta água; ela
dá cor ao nosso planeta, mas representa apenas uma pequena fração (0,023%) de
sua massa. Qual é o número exato? Voltando à nossa imagem, a tal esfera contém
1,386 bilhões km3 de H20. De que ela é formada? Os maiores
fornecedores são, de longe, obviamente, os oceanos e mares, com 1,338 bilhões
km3. Eles se colocam bem à frente de dois ex-acquo (cerca de 24 milhões de km3 cada um): as
calotas polares (Groenlândia e Antártida), as geleiras e as neves eternas de um
lado e a água do subsolo e da crosta do outro. As migalhas restantes são, em
ordem decrescente, o gelo do permafrost,
a água da atmosfera, dos lagos, da umidade dos solos, das zonas úmidas, dos rios
e, finalmente, toda a água que é tão importante para nós, aquela que está
dentro dos organismos vivos e que sem a qual você eu não passaríamos de múmias.
Estima-se que toda a vida terrestre abriga um pouco mais de 1100 km3
desta água assim chamada biológica.
Ao ler esta longa lista, deve-se perceber que a
água doce representa apenas a menor parte do total: cerca de 35 milhões de km3.
Entretanto, mesmo nesta pequena parcela, a maior parte da água está inacessível
aos seres vivos porque está congelada ou porque está depositada nas entranhas
da Terra. Se levarmos em consideração somente a água de fácil acesso, a
encontrada em lagos não salgados, pântanos, rios e córregos, não resta muita
coisa. Você já reparou no pequeno ponto azul à direita de esfera azul na figura abaixo?
Pois
esta cabeça de alfinete tem um diâmetro inferior a 60
km. Ela contém toda a água doce ainda facilmente acessível à vida terrestre. É
nestas minúsculas reservas que 7 bilhões de pessoas são chamadas a beber,
irrigar suas plantações, dar água para seu gado beber, para movimentar suas
fábricas, abastecer suas usinas de energia, etc. Se deixamos de lado o Homo Sapiens, muitos outros organismos vivos
também dependem dela. Observar este tipo de imagem permite que percebamos que entre
nós e a seca não há quase nada. A água é mais escassa do que parece. A Terra é uma
morena tingida de azul.
Pierre Barthélémy (@PasseurSciences
noTwitter)
(Créditos : Jack Cook, Woods Hole Oceanographic
Institution.)
Tradução: Argemiro
Pertence
http://passeurdesciences.blog.lemonde.fr/2012/05/20/combien-y-a-t-il-d-eau-sur-terre/
Le
Monde, 20 mai 2012
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