segunda-feira, 4 de junho de 2012

SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS - UM ESTUDO DO HOSPITAL JOHN HOPKINS.

Síndrome das Pernas Inquietas
A síndrome das pernas inquietas é a mais comum das doenças do sono, da qual poucos ouviram falar. Afeta cerca de 7% da população e se caracteriza principalmente por uma profunda sensação desagradável nas pernas, nos ossos e, às vezes, como se fosse uma coceira ou friagem, choque, formigamento, e eventualmente dor. Estes sintomas são acompanhados de uma sensação de angústia e imensa necessidade de mover as pernas, ou ainda massageá-las, alongá-las ou mesmo espancá-las em algumas situações.
Os sintomas ocorrem principalmente na hora de se deitar, mas podem ocorrer em qualquer momento em que o indivíduo fica parado (sentado ou deitado), seja para descansar ou qualquer outra atividade que não exija movimentos. Os sintomas da síndrome das pernas inquietas podem ser tão intensos que o paciente não consegue iniciar o sono.
Alguns pacientes quando dormem apresentam abalos nas pernas (chutes) durante quase toda a noite. Isto não deve ser confundido com SPI, assim como não é SPI o comportamento de algumas pessoas caracterizado por movimentos repetitivos das pernas ou pés, os quais podem ser apenas maneirismos ou estratégias para aumentar o grau de alerta após uma noite mal dormida.



Estudo recente do Hospital Johns Hopkins, com 76 pacientes, procurou caracterizar os estudos clínicos e eletrofisiológicos e o resultado de tratamento de pacientes com a denominada SPI - Síndrome das Pernas Inquietas. 
Os resultados analisados, os pesquisadores puderam afirmar que a síndrome das pernas inquietas é uma síndrome clínica debilitante, não devido aos movimentos, mas acima disso devido à dor causada aos pacientes, que constantemente é indiferente ao tratamento.
Abaixo o resultados do estudo apresentado no site médico MEDICALSERVICE.


SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS - UMA SÉRIE DE CASOS DE 76 PACIENTES
São Paulo, 27 de Abril de 2012
Para melhor caracterizar os fatores clínicos, eletrofisiológicos e resultados de tratamentos da síndrome das pernas inquietas (SPI), pesquisadores do The Johns Hopkins Hospital publicaram no Archives of Neurology um estudo de ampla série de casos, realizado em um ambulatório neurológico de um centro terciário de referência , de 1983 a 2011. Todos os casos de SPI observados na instituição durante um período de 18 anos foram identificados utilizando-se registros de relatórios médicos.
O desfecho principal do estudo era mensurar as principais características demográficas, clínicas, radiológicas, e eletrofisiológicas da SPI. Os desfechos de tratamentos e acompanhamentos a longo prazo foram relatados no estudo também.
Os resultados demonstraram que dos 76 casos identificados (incluindo 50 mulheres [66%]), a idade média dos indivíduos no início do estudo era de 58 anos (faixa de 24 - 86 anos) e na avaliação neurológica era de 63 anos (faixa de 26 - 88 anos). O envolvimento apenas do membro inferior era mais comum (69 pacientes [91%]) e 44 casos (58%) era bilateral. As causas diagnósticas mais frequentes eram neuropatias periféricas (21 casos [28%]), trauma prévio (8 [11%]) e radiculopatia (7 [9%]); 32 casos (42%) eram criptogênicos. A eletromiografia consistentemente demonstrou picos irregulares de 50 milissegundos a 1 segundo de potenciais na unidade motora disparando numa frequência de  2 a 200 Hz, acompanhando os movimentos. Dor foi o primeiro sintoma na maioria dos pacientes e era mais incômoda aos pacientes do que os movimentos constantes. Ambos os sintomas eram difíceis de serem tratados, sem um benefício consistente de uma variedade de remédios e medidas terapêuticas. A síndrome persistiu na maioria dos pacientes (83%) durante o acompanhamento médio de 4.6 anos, sugerindo pouca probabilidade de melhora espontânea.
Com os resultados analisados, os pesquisadores puderam afirmar que a síndrome das pernas inquietas é uma síndrome clínica debilitante, não devido aos movimentos, mas acima disso devido à dor causada aos pacientes, que constantemente é indiferente ao tratamento. Envolvimento segmental do membro inferior é mais comum e achados neurofisiológicos apoiam o processo patofisiológico localizado em um gerador central na medula espinal ou a nível de tronco encefálico.
Uma resenha de Painful Legs and Moving Toes Syndrome - A 76-Patient Case Series - Archives of Neurology; Published online April 9, 2012.
FONTE:

 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário