terça-feira, 18 de outubro de 2011

SEXO ENTRE O HOMO SAPIENS E NEANDERTAL FAVORECEU O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO HUMANO.

O reforço do sistema imunológico tornou-nos mais fortes  por introduzir um gene fundamental contra vírus.
Os últimos trabalhos da Antropologia apresentados na revista científica Science, uma  das mais conceituadas do mundo, parece apontar para a indicação que os primeiros seres humanos não só cruzaram os seus olhares com os Neandertais, como também mantiveram com eles estreitos laços de relação sexual.
Esses encontros renderam ao longo do tempo uma marca indelével como uma pegada genética inapagável que se traduz em 2% do genoma de todo Homo Sapiens existente no planeta, exceto para os africanos.
O cruzamento entre essas duas espécies humanas inteligentes já havia sido confirmada no ano passado pelo cientista Svante Pääbo, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva. O que não se sabia até o momento é que essa atividade sexual nos tornou mais fortes, reforço nosso sistema imunológico, protegendo contra infecções e favorecendo nossa evolução.
Esse contato sexual acabou por introduzir um gene fundamental contra vírus, reforçando o sistema imunológico, gene HLA. Segundo os pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford/EUA, cujo estudo foi publicado na revista Science, a distribuição dos genes HLA em humanos modernos relaciona-se a atividade sexual com Neandertais e outros parentes próximos, particularmente o hominídeo Denisova, cuja existência veio á tona em 2008 coma descoberta de um osso de dedo e um dente em uma caverna na Sibéria, onde foi detectado o gene HLA que teria sido introduzido pela primeira vez nas formas do genoma humano,  sendo ele responsável pelo combate contra patógenos, o que fortaleceu o sistema imunológico.
Embora os seres humanos modernos, os neandertais e os hominídeos Denisova compartilhem  um ancestral comum na África, os grupos foram divididos em populações separadas e distintas em torno de 400.000 anos atrás. A linhagem Neandertal migrou para a Europa e Ásia Ocidental, enquanto o Denisova deslocou-se para o Leste Asiático. Os ancestrais do  homem moderno na África permaneceram até próximo de 65 mil anos atrás, quando se expandiu para a Eurásia e misturou-se com outros grupos. Em alguns casos os encontros foram de índole amorosa.
COMBATE AOS PATÓGENOS.
            No ano passado foi demonstrada uma sequência do genoma dos Neandertais, que se extinguiram aproximadamente a 30.000 anos, revelando que de 2 a 4 % do ADN desse grupo está presente no mapa genético de qualquer um de nós. No caso do hominídeo de Denisova a marca genética pode atingir até 6%. Essas duplas tiveram um efeito positivo sobre a saúde dos humanos modernos.
            Isso contribuiu para a introdução de novas variantes de genes do sistema imunológico, essenciais para que o corpo possa reconhecer e destruir agentes patogênicos. Estes genes,os HLA, são alguns do mais variáveis e flexíveis de nosso “código de barras”, em parte devido a que a rápida evolução dos vírus exige uma flexibilidade de nosso sistema imunológico. Os antígenos estenderam-se entre os descendentes das populações misturadas na Europa e Ásia. Hoje em dia, as combinações  e novas formas desses antigos HLA se podem ver em mais da metade dos genomas dos euroasiáticos modernos . A isso tem-se   atribuído uma das causas para que possamos suportar e vencer com facilidade, por exemplo, uma manifestação catarral.
 HOMEM DE NEANDERTAL
Fonte:
j. de jorge / madrid =  Día 29/08/2011 - 21.03h
SLRM

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