segunda-feira, 24 de outubro de 2011

OBESIDADE DIGITAL OU INTOXICAÇÃO TECNOLÓGICA

            
O mundo hoje torna-se cada vez mais rápido, a velocidade com que a informação é capaz de atravessar o planeta de um extremo a outro, em questão de segundos, seria impensável há  vinte anos atrás.
            Essa facilidade de informação, sua rapidez e eficácia embora traga eficácia em muitas de suas utilizações, acaba também pelo seu acúmulo, fazendo com que as pessoas permaneçam muito tempo conectadas a aparelhos virtuais, levando à perda de qualidade de vida e mesmo em certos casos ao desenvolvimento de situações psicológicas semelhantes aos dependentes químicos. Isso significa dizer que toda essa gama imensa de tecnologia, renovada quase diariamente, pode transformar-se num vício, capaz de conduzir a estados obsessivos que em muitos países já tornaram-se objeto de atenção das autoridades de saúde pública.
              o texto abaixo, publicado no site médico Intramed News, de autoria de Diego Geddes, publicado no Clarin.com/Argentina, em 06 de agosto de 2011, sob o tópico de hiperconectividade, dá uma boa idéia do que falo acima e dos cuidados que precisamos ter quanto a aquisição e utilização de toda essa tecnologia que nos é oferecida diariamente.
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Vide a matéria traduzida.


AVANÇOS DE UMA NOVA DOENÇA: INTOXICAÇÃO TECNOLÓGICA.
É causada pelo uso excessivo de aparelhos eletrônicos e uso da Internet.
Clarin.com
Por Diego Geddes
Acontece na redação. Internet cai é como se o mundo tivesse acabado. Nossas vidas estão cada vez mais relacionadas a dispositivos eletrônicos e redes sociais, de acordo com estimativas, que apontam parece não haver volta. Em 2015, será de 15 bilhões de dispositivos (incluindo computadores, telefones celulares, tablets e aparelhos) que será conectado à web. E essa obsessão com estar online o tempo todo pode se tornar uma armadilha. Em alguns casos, os especialistas falam agora de uma nova doença dos tempos e, assim, surgem os praticantes da "dieta digital" uma receita para a desintoxicação da tecnologia.
Especialistas internacionais da JWT Intelligence consultoria acabam de publicar um estudo abrangente, que alerta para "obesidade digital."
A obesidade não é no sentido literal,  a que é produzida por horas sedentárias geradas por estar no computador, porém é uma obesidade por estar consumindo cada vez mais de tudo o que esteja relacionado com tecnologia.
A conclusão do estudo é a necessidade de começar com o "de-teching", um neologismo que representa a idéia de se livrar da tecnologia. Como primeiro passo, eles propõem que este 2011 seja o ano de início do desarmamento, "Prepare sua mente para um começo mais racional e saudável."
A relação com a tecnologia pode levar a um cansaço simples ou até mesmo se tornar uma perigosa obsessão.
Checar minuto a minuto e-mails, ver o nosso perfil em redes sociais ou respostas do Twitter que também podem se tornar incontroláveis.
"Há consultas de mães que vêem seus filhos trancados por várias horas, até mesmo perdendo toda a noite perto do monitor. Angustiam-se e pedem uma solução para este problema moderno ", diz o psiquiatra Hugo Marietta. "É uma luta entre o virtual e o real. A máquina é um refúgio para as desilusões da vida cotidiana ", acrescentou.
O conceito de Digital Diet não foi criado por um guru de meditação, muito pelo contrário. É um livro escrito pelo jornalista Daniel Sieberg, especializada em tecnologia e tem como alvo aqueles que têm esse tipo de compulsão para verificar e ver tudo na web.
De acordo com o Interactive Advertising Bureau de Argentina (IAB), uma organização que reúne os líderes da Internet e publicidade interativa, os argentinos passaram 27,4 horas por mês conectado à Internet. O uso médio da Internet em nosso país é maior em 4 horas que a média mundial (23,1) e é o mais elevado na região, ao longo dos 25,4 horas gasto por brasileiros e 25,1 horas mensais mexicanos.
30% do tempo é gasto em redes sociais, enquanto 18% são de mensagens instantâneas e 7% para a verificação de e-mail. Na Argentina também há 13 milhões de usuários no Facebook e Twitter que  estão crescendo em ritmo forte, e acima de 600 000.
O livro Superfície ". O que a internet está fazendo nossas mentes? "de  Nicholas Carr, tenta dar uma resposta científica para as mudanças de  nosso comportamento. "Nosso cérebro, como demonstrado por evidência científica e histórica, ele explica, muda em resposta a nossas experiências e da tecnologia que usamos para descobrir, armazenar e compartilhar informações, pode literalmente alterar nossos processos neurais. Além disso, cada tecnologia da informação carrega uma ética intelectual. Assim como o livro impresso serviu para concentrar a atenção, promover o pensamento profundo e criativo, a internet estimula o pensamento rápido e de pequenos fragmentos de informação de diversas fontes. Sua ética é uma ética industrial, rapidez e eficiência. "
Não há uma posição definitiva para tratar essa nova enfermidade, mas começa a reunir consenso para considerá-la como tal. "Se nós pensamos que há algo bom e algo que é errado, perdemos a perspectiva. Pode ser que se dê um excesso em alguns usos pontuais, mas tenha cuidado se você colocá-lo em termos de sanções e proibições. Para os nativos digitais tudo isso que acontece é um ponto de partida, aponta o psicanalista Julio Moreno. Porém, em países como Estados Unidos, China e Coréia do Sul, já existem clínicas que atendem pacientes com as mesmas técnicas que se usam  nos casos de tratamento contra adicção.
O centro Heavensfield de reabilitação nos EUA., Tem um tratamento específico para dependência de Internet, videogames e mensagens de texto. Pacientes recebem tratamento com base na meditação, yoga e massagem, para restaurar a saúde mental. Na China, estima-se cerca de 4 milhões de viciados em Internet e um dos melhores centro de reabilitação conhecido é liderado por Teo Ran, um cientista militar que se especializou durante anos na desintoxicação de viciados em drogas. Na Coréia do Sul, o centro de atenção tem como objetivo capturar as crianças que começam a mostrar sinais de dependência. A terapia é tão simples como voltar a utilizar jogos de mesa ou ao ar livre.
O que denomina-se “De-theching”.
Palavra de origem Anglo-Saxonica, mas sobretudoum  híbrido surgida das redes sociais. O conceito de- teching não tem vocação fundamentalista nem se destina a demonizar a Internet, mas o oposto: desconectar-se dos dispositivos tecnológicos com proposta para retornar mais tarde, com uma utilização mais racional dos elementos. Também é uma tendência que está começando a ser refletida no surgimento de hotéis nos quais não é permitido a utilização de gadgets digitais.
Fonte :
INTRAMED(639)
07 AGO 11 | Hiperconectividad

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