segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PORQUE PRECISAMOS DE UM PLANO NACIONAL DE ALZHEIMER PARA O BRASIL.

          Viver é isso que todos desejam, viver bem e viver muito. Os avanços da ciência na área da farmacologia e da medicina têm proporcionado ás pessoas em todo o mundo um aumento na expectativa de vida. O número de idosos vem aumentando significativamente nos últimos tempos e estudos apontam que países em desenvolvimento são os que apresentam os maiores aumentos nessa faixa.
        Só existe vantagem em viver mais tempo se a qualidade dessa vida for considerada boa, se o indivíduo puder envelhecer mantendo suas condições físicas, mentais e emocionais dentro de limites aceitáveis de desempenho de acordo com a idade. Entretanto, alguns fatores podem trazer alterações a essa situação de viver com qualidade, entre eles, estão várias doenças debilitantes, e nesse rol, a doença de Alzheirmer tem se destacado por ser uma das maiores preocupações dos profissionais de saúde. 
      Encontro acontecido nesse mês de agosto em Paris, com a presença de autoridades governamentais e médicas de relevância mundial, refletem uma preocupação de vários países com o aumento da idade populacional e consequentemente com a necessidade de proprcionar a essas pessoas a melhor atenção possível que o Estado possa oferecer ao nível de Saúde Pública.
      Com essa idéia é que se discute a necesidade da criação de Planos Nacionais de Assistência ao Alzheimer, como forma de prevenir e antecipar-se aos danos cerebrais que a doença provoca e que traz sérias consequências para o doente, para as famílias e para o Estado. Assim, em vários países do mundo, o Plano Nacional de Alzheirmer foi aprovado e passa a constituir política de saúde pública, buscando a otimização de vida para essa parcela significante de suas populações. É assim na França desde 2008 e atualmente a partir de 04 de janeiro de 2011 nos Estados Unidos da América.
       Países da América do Sul, como a Argentina, vêm mobilizando-se no sentido da implantação desse programa, acompanhando o movimento internacional. 
       O Brasil como um dos expoentes desse continente por certo não pode ficar atrás e deve quanto mais breve mobilizar-se no sentido de implementar políticas públicas de qualidade que atendam essa significante parcela da população brasileira, hoje estimada segundo a http://www.alzheimeronline.com.br/, em aproximadamente 1.200.000 famílias.
      O texto abaixo reproduz a matéria publicada no Jornal Clarin, da Argentina e divulgado no site médico Intra Med em 22 de agosto de 2011 de autoria do diretor do Instituto de Neurologia Cognitiva (INEC) e Instituto de Neurociências Favaloro Foundation - Cadeira de Pesquisa em Neurologia Cognitiva da Federação Mundial de Neurologia, Dr. Facundo Manes.
        Os grifos no texto são de nossa autoria. Ao final, apresentamos uma petição pública da Associação Brasileira de Alzheimer e da Alzheimeronline, que visa mobilização social para implementação no Brasil de medidas idênticas ás adotadas por países da Europa e EUA.

NECESSITAMOS DE UM PLANO NACIONAL DE ALZHEIMER?
Reflexões após a reunião da Associação de Alzheimer Conferência Internacional em Paris.
Clarin.com
A Doença de Alzheimer é uma doença crônica degenerativa que afeta o cérebro e progressivamente a memória, comportamento, funções cognitivas (isto é, linguagem) e causa impacto na vida diária dos pacientes e suas famílias.
A alguns dias, em uma semana de verão chuvoso, em Paris, foi realizada a The Alzheimer’s Association International Conference (Conferência Internacional da Associação de Alzheimer), um dos maiores congressos do mundo que reúne pesquisadores e clínicos de todo o planeta  com o objetivo de partilhar e discutir a pesquisa atual, as causas, diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. Como em anos anteriores, tive a honra de participar e registrar com satisfação que este ano houve um número recorde de participantes, mais de 5.000 cientistas de todo o mundo. Meios de comunicação  de várias nações refletiu em suas páginas os avanços científicos relatados na reunião em Paris.
 O Presidente Nicolas Sarkozy fez um discurso detalhado explicando o Plano Nacional de Alzheimer na França.
Criado em 2008, o plano francês tem três pilares: (1) melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas e suas famílias, (2) a mobilização da sociedade francesa na luta contra o mal de Alzheimer, e (3) apoiar o progresso na investigação desta doença.
Cientistas dos EUA informaram que, em 4 de janeiro de 2011 Projeto Nacional de país Alzheimer para o país foi aprovado por unanimidade pelas duas casas do Congresso e assinado em lei pelo Presidente Obama. Essa lei cria um plano estratégico nacional para fazer frente á crise devido a rápida escalada da doença de Alzheimer. Estas iniciativas e outras, como na  Inglaterra, Austrália, Alemanha e Coréia pode servir como modelos para criar planos semelhantes em outras nações ao redor do mundo.
Por que tanto interesse na doença de Alzheimer? O principal fator de risco para esta doença é a idade, atingindo quase 50% daqueles com idade entre 85 anos e o mundo está envelhecendo. Devido a isso, a prevalência da doença de Alzheimer está crescendo  num ritmo alarmante em todo o mundo. Esta situação cria um problema enorme, principalmente para os pacientes e famílias, mas também para a saúde pública e a economia dos países. O enorme custo de cuidar desses pacientes e os efeitos sobre sua família (depressão, stress, falta ao trabalho), sem dúvida, precipitam uma crise de saúde pública de proporções sem precedentes.
Estima-se que há 33,9 milhões de pessoas com Alzheimer no mundo, e este número dobrará nos próximos 20 anos. Em 2050 mais de 75% desses pacientes será nos países em desenvolvimento. O número de idosos no mundo em desenvolvimento está crescendo a um ritmo mais rápido do que outras regiões. O maior aumento ocorrerá na Índia, China e América Latina.
Há consenso científico de que a doença deve ser interrompida em seus estágios iniciais, mesmo muito antes de os sintomas aparecerem. As mudanças ocorrem no cérebro décadas  antes que a doença se torna clinicamente evidente. Portanto, os desafios mais importantes da pesquisa atual e futura são para detectar a doença precocemente e desenvolver medicamentos eficazes que modifiquem a biologia da doença para uso em um estágio inicial.
Argentina é um país que está envelhecendo mais rapidamente em nossa região, motivo pelo qual o desenvolvimento de um plano nacional não é apenas necessário, mas urgente.
Faz-se necessário que a ciência e o Estado formem alianças estratégicas que nos permitam não só viver mais tempo, mas também viver bem. Torna-se essencial portanto um Plano Nacional para Alzheimer na Argentina.
* Diretor do Instituto de Neurologia Cognitiva (INEC) e do Instituto de Neurociências, Favaloro Foundation. Cadeira de Pesquisa em Neurologia Cognitiva da Federação Mundial de Neurologia.
Publicado em Intramed :
22/agosto/2011
– boletim nº 665

Um plano para o Brasil.
Tendo em vista que a doença de Alzheimer vitimiza cerca de 1 milhão e 200 mil famílias no nosso País e considerando que são urgentes ações políticas para o enfrentamento dessa verdadeira epidemia que devasta o paciente e suas famílias:
Considerando a necessidade imperiosa de ações práticas a curto e médico prazo no sentido de amenizar o impacto da doença em nosso meio:
Nós, familiares e profissionais de saúde da área , convocamos as autoridades a estabelecerem, de imediato, seu apoio em implantar ações práticas considerando as seguintes prioridades:
Reconhecimento da doença de Alzheimer e de outras formas de demência como uma prioridade nacional de saúde pública e de política social;
Reconhecimento da urgência da criação e implementação de um plano nacional de AÇÃO ALZHEIMER a nível Federal;
Realização de uma campanha nacional patrocinada pelo poder público em parceria com a grande mídia para alertar e informar sobre os sintomas e dos primeiros sinais da doença com vistas ao seu diagnóstico precoce e conseqüente retardo da evolução e melhoria da qualidade de vida das pessoas portadoras e de seus familiares;
Realização de um debate nacional que envolva as autoridades executivas e legislativas, cuidadores, profissionais além de formadores de opinião, políticos, sociais e econômicos que instrumentalize e ponha em curso ações emergenciais desta ação de alta e inadiável necessidade.

Os signatários
O Abaixo-assinado PLANO NACIONAL DE AÇÃO ALZHEIMER, para alzheimeronline.br@gmail.com foi criada e escrita pela comunidade www.alzheimeronline.com.br.
Este abaixo-assinado encontra-se alojado na internet no site Petição Publica Brasil que disponibiliza um serviço público gratuito para abaixo-assinados (petições públicas) online.
Caso tenha alguma questão para o autor do abaixo-assinado poderá enviar através desta página de contato
Para assinar a petição pública acesse o endereço:


ou o site da Alzheimer online  e clique em "Abaixo Assinado Ação Alzheimer Brasil ":




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