A
opinião de Eduardo Aquino nessa matéria é bastante coerente, em especial quando
pessoas, ou mesmo grupos, ou até mesmo
nações, como as nações indígenas,preferem optar pelo papel de vítimas
históricas a assumir um posicionamento de libertação junto aos antepassados e
construir um novo paradígma. Vivendo na dor, na mágoa e na culpa do outro ficam
esperando uma compensação que não liberta e não traz crescimento.
Pois, à exceção de qualquer outro mamífero cujo cérebro busca sempre situações de prazer, recompensa e evita o desprazer e punição seguindo apenas as leis divinas, escritas numa "bíblia" chamada natureza. Nenhum homem, por mais sagrado que seja, escreveu, pois, um Deus maior nos legou sem precisar de interpretação.
Mas nós, mamíferos, superiores cismamos buscar e apertar sempre o botão preto. Adoramos a dor, a culpa, as punições, o desprazer. Selecionamos as piores notícias na TV, no jornal, no rádio e na internet e, com um ar de masoquismo e satisfação, falamos para o vizinho:
"Tá vendo: é o fim do mundo!"
Reclamamos de tudo e de todos. Nos sentimos vítimas, coitadinhos e todo dia vamos à noite enfiar o dedo no botão preto, forçar o choque e curtir a víbora da novela "Avenida Brasil". Adoramos o sangue do UFC, o acidente da Fórmula 1, o drama da vizinha chata.
O
SER HUMANO TENDE A OPTAR PELA DOR E PELO SOFRIMENTO
Eduardo
Aquino (Publicado no Super Notícia em 30/09/2012)
Mamíferos, ao contrário
dos peixes, aves, anfíbios e répteis, desenvolvem algo incrível: produzir e
extrair do próprio corpo o alimento sagrado, ou seja, o leite, que permite a
sobrevida de sua cria do inicio da vida até que possam ir desenvolvendo
habilidade para a sobrevivência. Com isso, associaram o estresse ao sistema de
emoções, ao vinculo família e dominaram a Terra. Mas o cérebro deles passou a
desenvolver a complexidade afetiva, o mundo dos sentimentos e, a partir de nós,
a lógica, o pensamento e os raciocínios complexos.
Mas, no fundo, está lá feito
uma tatuagem divina: centro do prazer (ou recompensa) que vive competindo com o
centro do desprazer (ou punição). Isso, há milhões de anos. Vamos dar o exemplo
pegando o mamífero básico: os ratinhos de laboratório. Ele foi colocado numa
caixinha e, de um lado ele apertava um botão branco e caía queijo e, de outro
lado, apertava o botão preto e levar um choque elétrico.
Ora, o ratinho, que não era
bobo, sempre passou a apertar o botão branco que dava prazer e recompensa. E
nunca mais apertou o botão preto, afinal, o natural do comportamento mamífero é
evitar e fugir de estímulos desprazerosos, que levem à punição, à sensação de
dor e à culpa desconforto.
Somos seres humanos, mas somos mamíferos evoluídos pensantes, falantes, reacionais e lógicos. Mas, ao mesmo tempo, submetidos a estresse, emoções, sentimentos, aspectos morais, éticos, culturais, religiosos e sociais.
Então pergunto: o que é certo ou errado? Pecado que deva ser punido? Erro que deva ser castigado? Quais os prazeres que são lícitos, liberados? Como me recompensar no sexo, na vida familiar, no trabalho, comendo chocolate, dormindo e acordando tarde sem sentir culpa ou temer ser punido?
Somos seres humanos, mas somos mamíferos evoluídos pensantes, falantes, reacionais e lógicos. Mas, ao mesmo tempo, submetidos a estresse, emoções, sentimentos, aspectos morais, éticos, culturais, religiosos e sociais.
Então pergunto: o que é certo ou errado? Pecado que deva ser punido? Erro que deva ser castigado? Quais os prazeres que são lícitos, liberados? Como me recompensar no sexo, na vida familiar, no trabalho, comendo chocolate, dormindo e acordando tarde sem sentir culpa ou temer ser punido?
Pois, à exceção de qualquer outro mamífero cujo cérebro busca sempre situações de prazer, recompensa e evita o desprazer e punição seguindo apenas as leis divinas, escritas numa "bíblia" chamada natureza. Nenhum homem, por mais sagrado que seja, escreveu, pois, um Deus maior nos legou sem precisar de interpretação.
Mas nós, mamíferos, superiores cismamos buscar e apertar sempre o botão preto. Adoramos a dor, a culpa, as punições, o desprazer. Selecionamos as piores notícias na TV, no jornal, no rádio e na internet e, com um ar de masoquismo e satisfação, falamos para o vizinho:
"Tá vendo: é o fim do mundo!"
Reclamamos de tudo e de todos. Nos sentimos vítimas, coitadinhos e todo dia vamos à noite enfiar o dedo no botão preto, forçar o choque e curtir a víbora da novela "Avenida Brasil". Adoramos o sangue do UFC, o acidente da Fórmula 1, o drama da vizinha chata.
Reclamamos que a vida é
"uma cruz pesada demais". Estranho tudo isso, pois, pela lógica do
cérebro, a luz da neurociência é baseada em todos os outros mamíferos.
Deus nos criou para buscar o prazer, a alegria e o relaxamento
Deus nos criou para buscar o prazer, a alegria e o relaxamento
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