sexta-feira, 16 de março de 2012

LINGUGEM CORPORAL: O QUE ELA SIGNIFICA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE

A linguagem corporal é umas das ferramentas de comunicação humana que já recebeu diversos estudos por especialistas na área do comportamento. Ela reflete muitas vezes aspectos emocionais que são encobertos ou passam despercebidos na comunicação verbal.
O profissional de saúde aprende desde cedo a observar determinadas característica corporais, como tics, gestual, posição do corpo, etc. como formas expressivos daquela pessoa que podem sugerir estados que, numa consulta, não se apresentem claramente na exposição dos sintomas.
Entretanto essa comunicação corporal é uma via de mão dupla, pois tanto pode representar posições do paciente para o médico, como seu inverso.
É sobre esse interessante assunto que transcrevo a matéria publica no site Dr. Teuto, http://www.drteuto.com.br/post/1001+O+corpo+dos+m%C3%A9dicos+tamb%C3%A9m+fala , que nos dá uma idéia sobre como podem os profissionais de saúde expressar-se não verbalmente através do corpo.
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Veja a abaixo a transcirção:



O CORPO DOS MÉDICOS TAMBÉM FALA?

Com a mercantilização da medicina, as consultas se tornaram cada vez mais rápidas e os médicos, menos atentos. Isso não é novidade e já vem sido corrigido há anos. Desde o começo do curso, as faculdades de medicina enfatizam o ensino da habilidade de boa comunicação. Se comunicar bem não é somente falar alto e em bom tom, mas, especialmente no caso da medicina, é se fazer entender pelo paciente, ou seja, utilizar uma linguagem acessível e permitir que o paciente interaja e tire dúvidas.

Todavia, existe outro aspecto da comunicação médica que passou despercebido e vem sido pesquisada nos últimos anos: a comunicação não-verbal - os gestos sutis, um olhar, um cruzar de braços. Por timidez, sobrecarga do trabalho ou diferenças culturais, são corriqueiras as cenas de médicos que desviam o olhar, cruzam os braços ou gesticulam excessivamente.

Estudo recente publicado no Journal of General Internal Medicine analizou as interações entre um grupo de médicos de Atenção Primária e pacientes idosos. No grupo dos idosos, especificamente, a comunicação não-verbal desempenha um papel ainda maior, porque há dificuldades de linguagem e audição. Essa pesquisa revelou também que médicos negros tinham contradições de comunicação com pacientes brancos, como sorrisos prolongados durante conversas sérias ou braços cruzados. Esse tipo de fato é especialmente presente nos EUA, onde ainda há muito preconceito racial.

Outro grupo no qual também se vê conflitos de comunicação é entre médicas do sexo feminino e pacientes masculinos. Devido ao machismo, o viés de gênero (assim como o racial) se expressa muito mais facilmente através dos gestos, pois as pessoas tendem a amenizar essas dificuldades na comunicação verbal, mas na não-verbal esse comportamente não é controlado conscientemente.

Na situação de fragilidade deixada pela doença, os pacientes se sentem vulneráveis e buscam pistas nos gestos do médico. Se um médico está conversando com o paciente, mas olha constantemente para o prontuário, ele vai desconfiar se o médico realmente tem segurança daquelas informações que está passando. Por isso mesmo é que a comunicação não-verbal deve ser cada vez mais abordada no ensino da relação médico-paciente. Entretanto, os pesquisadores do tema acreditam que será uma tarefa desafiadora: há poucos estudos na área e poucos professores são treinados para repassar esse conhecimento. Além disso, como medir e calcular as nuances e complexidades das relações entre as pessoas?!

Se você já enfrentou dificuldades de comunicação com seus pacientes, compartilhe conosco!

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